sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Panaca Zé - 1988

Série humorística criada por Benedito Veloso para o Jornal Valeparaibano em 1988. Panaca Zé era publicada junto com outras tiras nacionais de ótima qualidade como Rango, de Edgar Vasques e O Condomínio, de Laerte.

Veloso foi muito atuante na área dos quadrinhos no final da década de 1960 e início de 1970, principalmente em parcerias com o desenhista Paulo Hamasaki

Para saber mais sobre Veloso leia uma ótima entrevista clicando aqui.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Proleta - 1988

Proleta é uma série humorística criticando a difícil situação das classes mais humildes de nossa população.

Foi criada em 1988 para o jornal O Dia - RJ pelo cartunista Adolar.

Para saber mais sobre Adolar clique aqui.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

Uberlendas - 1989

Uberlendas é uma série de de humor de cunho político criada pelo chargista Maurício Ricardo em 1989 para o jornal Correio de Domingo da cidade de Uberlândia - MG.

O autor tornou-se famoso pelas suas charges animadas, veiculadas na internet e também em canais de TV a partir do ano 2000, mas como podemos ver na imagem acima, o cartunista já fazia algo muito parecido em seus trabalhos na imprensa mineira desde a década de 1980.

Maurício Ricardo Quirino nasceu em 1963 em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, região metropolitana do Rio de Janeiro, passou uma parte da infância no Rio, até se mudar com a família para Uberlândia, em Minas Gerais, onde foi criado. A carreira de Maurício Ricardo como chargista começou aos 17 anos, no extinto jornal Primeira Hora, já em Uberlândia. No jornal Correio de Uberlândia, galgou posições de repórter a coordenador geral, sem abrir mão das charges. É também baixista, cantor, dublador, escritor e jornalista.

Conheça os trabalhos animados de Maurício clicando em charges.com.br.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Voo Para a Liberdade - 1974


Voo Para a Liberdade é mais uma das adaptações de lendas gregas produzidas por Ricardo Dutra e conta a história de Ícaro, Dédalo, do Minotauro e do sonho do homem voar.

Foi publicada primeiramente em cores no Suplemento Quadrinhos da Folha de São Paulo, em formato horizontal.

Em dezembro de 1975 foi republicada, desta vez de forma vertical no suplemento Diarinho do Diário de São Paulo. Como nesse período o suplemento saia todos o dias, a história foi concluída em 5 capítulos, uma página por dia.


Para saber mais sobre Ricardo Dutra clique aqui.

sexta-feira, 26 de novembro de 2021

Bjão Bugre - 1984

Publicado na revista Tênis Ilustrado, Bjão Bugre era uma brincadeira com o famoso tenista internacional Björn Borg, que havia abandonado a carreira prematuramente, aos 26 anos, em 1983. 

Mais um personagem criado em 1984 pelo cartunista Novaes para o universo das revistas segmentadas.

Para saber mais sobre Novaes clique aqui.

sexta-feira, 19 de novembro de 2021

Sacanésio - 1977


Publicada em 1977 no formato de um painel único, na página de quadrinhos do jornal paulistano Notícias Populares, Sacanésio é uma criação da cartunista Novaes.

Lembrando muito o clássico personagem O Amigo da Onça, de Péricles Maranhão, Sacanésio se diferencia deste por não buscar apenas prejudicar o próximo, muitas vezes Sacanésio faz maldades em proveito próprio, além de apresentar dois dentes caninos proeminentes, o que lhe conferia uma aparência vampiresca.

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Sobre o autor, encontramos em sua página pessoal

Otávio Novaes

Caricaturista, ilustrador, cartunista, artista plástico, paulistano, budista,  pisciano no zodíaco e cavalo no horóscopo chinês.

Sou filho de chargista, o Otávio, que trabalhou no jornal Última Hora do grande Samuel Wayner. Comecei no extinto jornal Notícias Populares em 1973.

Em 1976 meu primeiro registro em carteira, na Folha da Tarde, que mudou seu nome para  Agora. Saí em 1991 e tive uma rápida passagem pelo Jornal da Tarde. No mesmo ano fui para a Gazeta Mercantil que encerrou suas atividades em 2009. Paralelamente publicava charges no Jornal do Brasil até 2008 e uma página de humor na revista Forbes Brasil.

Ganhei o prêmio HQMix com um álbum de charges em forma de tiras diárias, chamado SIR NEY, que conta a história do mandato do presidente Sarney. No mesmo ano, 1991, ganhei o prêmio Ângelo Agostini como melhor roteirista de tira cômica, pelo mesmo personagem e, em 2011, fui homenageado pela AQC recebendo a medalha Jayme Cortez como mestre do quadrinho nacional.

Para conhecer outras criações de Novaes clique aqui, aqui e aqui


sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Capitão Bandeira - 1974



Capitão Bandeira apareceu pela primeira vez em dezembro de 1974 no Suplemento Quadrinhos da Folha de S. Paulo. Criado pelo cartunista Paulo Caruso e pelo arquiteto e designer Rafic Jorge Farah, Bandeira era um malandro carioca com uma filosofia bastante particular, meio esperta, meio mística, de chapéu e terno brancos. Circulava pelo morro e pelo asfalto na companhia de seu amigo Agenor Pantera e do professor Mitologicus Contemporanius, um guru e feiticeiro com práticas mágicas peculiares.

Essa aventura foi republicada em preto e branco no nº 9 da lendária revista independente Balão.


Capitão Bandeira em 1975 na revista Balão.

Em 1983, já com traça mais elaborado que viria a caracterizar Paulo Caruso em seus quadrinho políticos das série Bar Brasil e Avenida Brasil, o personagem ganhou um álbum de luxo lançado pela editora L&PM chamado As origens do Capitão Bandeira. Nessa publicação podemos conhecer a gênese do herói, sua ligação com partículas espaciais denominadas 'bolas de fogo' e com um urubu de nome Urublues. A aventura conta com a participação de várias personalidades do meio artístico, como o apresentador Chacrinha, a cantora Gal Costa e a modelo e jurada de programas de auditório Elke Maravilha.

 
Capitão Bandeira em 1983 pela editora L&PM.

Existe um filme de 1971, dirigido por Antônio Calmon, com roteiro do ator Hugo Carvana, chamado Capitão Bandeira contra o doutor Moura Brasil. Paulo Caruso declarou que o filme serviu de inspiração para os quadrinhos, mas as aventuras desenhadas têm muito pouco a ver com as histórias de Caruso e Rafic, a não ser o fato de Carvana aparecer nos desenhos 'interpretando' o personagem Charles, o ladrão honrado.

O Capitão teve ainda mais duas aventuras publicadas na revista Circo, no número 03, "O Rapto de Ipanema", e no número 04, "Miragem", em 1987 pela Circo Editorial.

Acima, Capitão Bandeira na revista Circo nº 04, 1987. 

 

Para saber mais sobre Paulo Caruso clique aqui.

sexta-feira, 5 de novembro de 2021

Os Guerreiros Estelares - 1984


Os Guerreiros Estelares, criação de Arthur Garcia, foram publicados sob o formato de tiras semanais no jornal Noticias Populares (SP), ou NP como era conhecido, (aos domingos) de 22/04/1984 até 11/11/1984. Estas tiras publicadas em 1984, eram uma remontagem de uma história em páginas, escrita e desenhada por Arthur Garcia com lápis de 3 tiras adicionais e arte final de João Pacheco, em 1982.


Os Guerreiros Estelares apareceram na série O Anjo, também de Arthur Garcia, como coadjuvantes. Neste episódio o Anjo arrasta os Guerreiros Estelares para o passado quando buscava trazer de volta da morte o seu amor perdido (a mulher de sua primeira aventura), com auxilio de uma feiticeira, acabando por envolver nesta passagem o próprio Senhor das Trevas. Ao final desta aventura, todos são arremessados de volta para o futuro, incluindo o Anjo que se descobre abandonado lá com seus novos companheiros de aventura.


Gaius, Hayliana, Swordar, Skrig-ar e Damp formavam um grupo de párias do mundo de amanhã, mais precisamente, o mundo do ano 3015, fugitivos da prisão de Ka-voon, onde foram aprisionados injustamente. Gaius é um ex legionário que viu seu amigo morrer crucificado sem que fizesse nada para impedir, Skrig-ar é um caçador de escravos fugitivos, Swordar era um bárbaro condenado ao inferno das prisões e Damp era uma aberração de circo.

Para saber mais clique aqui e aqui.

Agradecimentos ao amigo Lancellot Martins.

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Esquadrão Palmares - 1983

Zumbi  3015


Publicado no jornal Notícias Populares em forma de tiras semanais (aos domingos) de 24/07/1983 até 04/12/1983, contava a história de Zumbi que, logo após a destruição do Quilombo dos Palmares, teria sido levado para o ano de 3015 para liderar um êxodo da população da Terra rumo às estrelas, por conta da destruição do sol por uma raça alienígena. Contudo, Zumbi escolhe permanecer na Terra e liderar uma revolta contra estes mesmos alienígenas, auxiliado pela garota que o levou para o futuro, Cibelle, seu mentor, um alienígena de nome M’strre, e um capitão do mato do futuro, se autodenominando Esquadrão Palmares.
 

 
As tiras foram escritas e desenhadas por Arthur Garcia e algumas delas foram arte finalizadas por João Pacheco (1961-1995) em 1983.
 
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Sobre os autores:
 
Na Wikipedia - Arthur Garcia da Rosa (13 de agosto de 1963).

Inicou a carreira de quadrinista aos 18 anos na editora Grafipar de Curitiba, desenhando quadrinhos eróticos, posteriormente, produziu quadrinhos do Zorro para a EBAL, em 1985, formou-se em Educação Artística, e passou a desenhar Os Trapalhões para a Bloch Editores, através do estúdio de Ely Barbosa. Em 1988, muda-se para Portugal, onde ganha em 1990, o Prêmio O Mosquito, ao voltar ao Brasil, desenha para a revista Heróis da TV da Abril Jovem, histórias do super-heróis de tokusatsus da Toei Company: Jaspion, Changeman e Maskman e a revista em quadrinhos do Sergio Mallandro, também publicada pela Abril, logo em seguida, produz para diversas editoras as séries Piratininga, da revista Porrada Special, da Editora Vidente e de Os Novatos, da revista Nova Escola, Street Fighter, Pulsar, Cyborg Zeta-7 na revista Desenhe & Publique Mangá, Gamemon e Daniel – o anjo da guarda para a Editora Escala, Blue Fighter de Alexandre Nagado para a Editora Trama, no mercado franco-belga, publicou as séries Os Cruzadinhos e Jeroen et Klass no jornal belga Gazette Van Machellen, através de agenciamento da Commu International.

Em 1999, começou a produzir manuais de Como desenhar, sobretudo no ensino de técnicas do estilo mangá. Em 2000, ilustrou a revista Luana e sua Turma com roteiros de Oswaldo Faustino e Júlio Emílio Braz publicada pela Editora Toque de Midas.

Em 2003, publicou a história Um certo Cesar Bravo – Lubisome, com arte-final de Silvio Spotti na antologia Mangá Tropical, organizada por Alexandre Nagado com prefácio de Sônia Luyten e publicada pela Via Lettera, em 2004, publicou a graphic novel Nosferatus, que mistura elementos de horror, ficção científica e aventura, que teve a participação de Silvio Spotti (arte-final) e Vanderfel (coloração em tons de cinza) e Neuza Gonçalves (letras). Em 2007, fez parte do juri do 3º Salão de Humor de Paraguaçu Paulista. Publicou a série "Curso Relâmpago de Mangá nas páginas da revista Neo Tokyo da Editora Escala.

Em 2010, ilustrou a revista Didi & Lili - Geração Mangá, baseada no personagem de mesmo nome do humorista Renato Aragão e sua filha, a atriz Lívian Aragão. Em 2011, foi um dos artistas responsáveis pela arte da adaptação de Noite na Taverna de Álvares de Azevedo, roteirizada por Reinaldo Seriacopi para a série Clássicos Brasileiros em HQ da Editora Ática. Em 2013, ao lado de Flavio Soares, produziu a capa de Velozes e Vorazes, livro ilustrado escrito por Ataíde Braz com arte interna de Mozart Couto, publicado pela Editora Minuano e uma história em quadrinhos baseada em Jacques DeMolay, criação e roteiro de Fabrício Grellet, com arte de Silvio Spotti e Arthur Garcia, e cores de Carolina Pontes, publicada pelo Grupo ArteOfício.

Em 2019, para a editora Melhoramentos, ilustrou uma adaptação de O Alienista de Machado de Assis, com roteiros de de Franco de Rosa.

Venceu o Prêmio Angelo Agostini três vezes, na categoria roteirista (1994), desenhista (1995) e mestre do quadrinho nacional (2017).
 
No Guia dos Quadrinhos - João Pacheco (1961 - 12 de novembro de 1995)

Antes de trabalhar com quadrinhos, João Carlos Pacheco de Mendonça teve seu primeiro trabalho artístico no departamento de arte do Anglo Vestibulares, em São Paulo. Mas foi seu talento para a arte sequencial que o tornou respeitado. Seu primeiro trabalho de destaque foi Orion, em parceria com Mario Dimov, na revista Superficção da Editora Press, em 1986. Também desenhou os heróis japoneses Maskman e Cybercop para a editora Abril, entre 90 e 91, além de vários trabalhos de merchandising. Após desenhar algumas histórias eróticas (roteiros de Ataíde Braz), seu trabalho deslanchou: no final de 92, na revista Pau-Brasil (ed. Vidente), foi publicado o primeiro episódio de Meta-Humanos, uma saga de super-heróis que se passa no futuro do Brasil, criada em parceria com Arthur Garcia. No mesmo período, produz a série cômica Renato Cairo, outra parceria com Garcia, desta vez para a revista Interquadrinhos, da editora Ondas. Ainda em 92, publicou em um jornal da Bélgica a série de tiras policiais Zaire Connection (roteiro de Ataíde Braz).

No final de 93 lança pela editora Vidente a revista Cyber: Máquinas + Heróis. Lá, o conceito dos meta-humanos é expandido para outros personagens, como Combatrons e Super Heróis Brás S. A., que passam a constituir o Metaverso. A revista durou três números.

Em 1994, Pacheco e Arthur Garcia produzem para a editora Price a revista Esquadrilha da Fumaça, quadrinizando as aventuras dos membros do Esquadrão de Demonstração Aérea da Aeronáutica. Durante o evento de promoção da revista, João voou de carona num dos aviões da Esquadrilha, fazendo piruetas a mais de 400 Km/h. A revista da Esquadrilha durou quatro números. Na mesma época, pela editora Escala, Pacheco e Garcia lançam Força Ômega, que durou três números. Além dos heróis homônimos (roteiro de Arthur Garcia e desenhos de Pacheco), na revista também foi lançado o herói Pulsar, criação conjunta.

No final de 94, Pacheco começa a sofrer paralisia facial, que aos poucos se expande para o resto do corpo. No início de 95 é hospitalizado, quando é descoberto um tumor cerebral, sem possibilidades de ser operado.

Faleceu em 12 de novembro de 1995.

sexta-feira, 22 de outubro de 2021

O Agente 765 - 1972

Mais uma criação de Luís Bartolomeu Salvani, o Bartô, para O Jornal (RJ), O Agente 765 passou a ser publicada em 15 de abril de 1972 no diário carioca. 

Na aventura, uma nave extraterrestre cai na lagoa Rodrigo de Freitas. testemunhada por Pará, um pinguço local, o objeto passa a emitir raios elétricos causando distúrbios psiquiátricos em pessoas ao redor do mundo todo.

Jimmy, o Agente 765, espião internacional e emérito conquistador , é convocado por seu chefe para investigar o caso.

Infelizmente a série foi interrompida logo no início, em seu 14º capítulo, impedindo o desenvolvimento dessa ótima história.

 

Para saber mais sobre Luís Salvani, clique aqui.

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Telê X Tevê

No início da década de 1970 a televisão começava a se popularizar, atingindo todas as regiões do país. Os velhos tubos em preto e branco começavam a ser substituídos por aparelhos em cores. Nessa tremenda expansão comunicacional surgiam também as críticas à massificação das informações proporcionadas pela TV.

Foi nesse clima de ebulição de opiniões que surgiu a série Telê X Tevê do desenhista Maurício Moura. Telê era, obviamente, o telespectador e Tevê, quase um membro da família, o aparelho de televisão que dialogava com seu dono.

A série foi publicada aos domingos, em cores, no ano de 1974 no Suplemento Quadrinhos da Folha de S. Paulo. Seu criador Maurício Moura, havia começado a publicar seus trabalhos na lendária revista alternativa Balão, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, assinando Kou-Rah, a partir do nº 5, em 1973 ao lado dos irmãos Caruso, Laerte, Luiz Gê e muitos outros artistas, e de lá para cá, o seu traço evoluiu enormemente. 

Em novembro de 1974 houve uma espécie de crossover entre a série Telê X Tevê e a série Olimpo, do desenhista Xalberto (para saber mais sobre Olimpo clique aqui).

Maurício publicou também a HQ O Jardim em Crás! nº 4, da editora Abril, em 1975.

Maurício Moura é mais um dos artistas do Suplemento Quadrinhos que sumiram sem deixar rastros. Durante anos o pesquisador Gualberto Costa, da dupla Jal & Gual, procurou, sem sucesso, o paradeiro do autor para entrevistá-lo para o seu livro sobre a revista Balão. Nunca encontrou. Foi o único desenhista que ficou sem um depoimento no livro, ainda inédito.

Abaixo, Moura na revista Balão nº 6.


sexta-feira, 8 de outubro de 2021

Os Heróis das 3 Copas - Tostão - 1972


Enquanto ainda estava sendo veiculada a trajetória de Pelé, O Jornal (RJ) começou a publicar em 1972 a biografia de Tostão (Eduardo Gonçalves de Andrade, Belo Horizonte, 25 de janeiro de 1947). Embora não levasse o título da série Os Heróis das 3 Copas, a história de Tostão, com certeza, fazia parte da mesma iniciativa.

Com criação de Luís Salvani, também conhecido como Bartô, a vida esportiva do jogador foi contada em 50 capítulos, até 14 de abril de 1972.

Para saber mais sobre Salvani clique aqui.

sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Os Heróis das 3 Copas - O Rei Pelé - 1971

Terminada a biografia de Nilton Santos na série Os Heróis das 3 Copas, O Jornal (RJ) inicia em 4 de julho de 1971 o história de Edson Arantes do Nascimento, O Rei Pelé. Dessa vez a cargo do desenhista Cláudio Almeida, essa biografia é um trabalho de enorme fôlego, com 291 capítulos, perdurando até 29 de junho de 1972. Aliás, Cláudio Almeida nesse período era um desenhista extremamente prolífico, mantendo duas ou três séries diárias em O Jornal simultaneamente.


As tiras abordaram em detalhes toda a participação de Pelé nas três copas em que foi campeão: 1958, 1962 e 1970, saindo do Caderno de Esportes e sendo integradas à página de quadrinhos.

Para saber mais sobre Cláudio Almeida clique aqui.

sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Os Heróis das 3 Copas - Nilton Santos - 1971


Com a vitória do Brasil e a conquista do tricampeonato na Copa do México de 1970, em 21 de maio de 1971 o periódico carioca O Jornal iniciou a série Os Heróis das 3 Copas. O primeiro atleta focado foi Nilton Santos (Rio de Janeiro, 16 de maio de 1925 — Rio de Janeiro, 27 de novembro de 2013), jogador que integrou a seleção brasileira nos campeonatos mundiais de 1950, 1954, 1958 e 1962, tendo sido bicampeão nas duas últimas.
As tiras eram apresentadas em destaque na Caderno de Esportes, ocupando as 6 colunas da página.

A história e os desenhos ficaram a cargo do desenhista Francisco Ferreira Sampaio e durante praticamente dois meses, até 3 de julho daquele mesmo ano, contaram toda a carreira do jogador até o seu abandono dos campos de futebol.


Para saber mais sobre Sampaio clique aqui.


sexta-feira, 17 de setembro de 2021

Entrevista - Paulo Yokota - 2021

Paulo T Yokota foi um dos mais produtivos autores de quadrinhos no Brasil durante as décadas de 1980/1990, leia a seguir uma entrevista com o quadrinhista, realizada por meio digital em setembro de 2021. 

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Luigi Rocco: Qual seu nome completo, local e data de nascimento?

Paulo Yokota: Paulo Tomomassa Yokota. Nasci em Suzano - SP no dia 18/04/1958
 
LR: Como você começou a se interessar por quadrinhos? O que costumava ler na infância?

Paulo Yokota: Na infância sempre me interessei por desenhos como toda criança. O diferencial é que meus irmãos liam muito "mangá"; eu não sabia ler japonês, mas ficava encantado de ver esses quadrinhos. Por outro lado, lia os gibis da Disney, editados pela Abril, Pato Donald, Zé Carioca, Mickey, Tio Patinhas, Almanaque Disney, Clássicos Disney, ...que meus irmãos compravam. 
 
LR: Qual sua primeira publicação? Fale um pouco da Agraf (Associação dos Artistas Gráficos e Fotógrafos da Imprensa - SP) e daquela edição lançada por ela, a revista Quadrinhos.
Revista Quadrinhos, Agraf, 1980.
 
Paulo Yokota: Pois é, a primeira publicação é a que fiz parte da revista editada no final do 2º curso de quadrinhos da AGRAF, 1980, ministrado por Fábio Mestriner e Edson Kosminski. Foi uma experiência muito proveitosa para conhecer um pouco da área editorial, além de conhecer pessoas vindas de diversas áreas mas que tinham em comum gostarem de quadrinhos.
 
LR: Qual você considera a sua primeira publicação profissional?

Paulo Yokota: São as tiras publicadas no jornal Notícias Populares e no Jornal regional de Mogi das Cruzes, o Diário de Mogi, onde recebia pelas publicações, pouco, mas recebia.
Cinthia, para saber mais clique aqui.
 
LR: Fale um pouco das suas tiras Notícias Populares. Como era a sua relação com o jornal?

Paulo Yokota: Após terminar o curso da AGRAF arrisquei  me aventurar a apresentar umas tiras da Cinthia que fazia. Levei para o Notícias Populares (NP) e o editor resolveu publicar. Meu contato com o jornal era ir lá e entregar as tiras que desenhava em casa. Tempo depois, levei essas tiras para a Folha da Tarde que fazia  parte do grupo Folha juntamente com o NP, Folha de São Paulo e outros jornais, e que a redação ficava no mesmo prédio. Consegui publicar. Mas, depois, o editor do NP me perguntou se não tinha outro personagem para publicar, já que a mesma personagem saía em dois jornais do mesmo grupo. Foi aí que coloquei meu projeto de outros desenhos que tinha em mente para publicar: Quiodies.

Quiodies, para saber mais clique aqui.

LR: As tiras do NP são as mesmas que você publicava na revista Historieta de Oscar Kern?

Paulo Yokota: Sim, são as mesmas, tanto as de Cinthia e Quiodies.
 
LR: Fale um pouco sobre a sua passagem por editoras como a Sampa.

Paulo Yokota: Antes de passar pela Nova Sampa, assim era o nome dela na época, publiquei pela Press Editorial. Como fui parar na Press é o seguinte: o Worney lia minhas tiras no NP e me ligou para passar lá na Press para mostrar meus desenhos. Lá conheci o Franco, o saudoso Paulo Paiva, o Gualberto, enfim, onde acabei entrando em contato com profissionais da área, como por exemplo o Ataíde. E através dele publiquei na Nova Sampa, mas pouco material. 
 
LR: Como era a sua relação com os profissionais dessas editoras?

Paulo Yokota: O pessoal é muito legal, gente boa, sempre me trataram bem, e procurei retribuir da mesma forma. Como passava nas editoras para pegar material para desenhar e entregar o trabalho feito, era muito difícil encontrar outros desenhistas. 
 
LR: Nessas histórias você usava alguns pseudônimos, quais eram?
 
Paulo Yokota: Sim. Quagiro.  
 
LR: Fale um pouco sobre a aventura em quadrinhos de Bruce Lee da qual você participou.

Paulo Yokota: Essa do Bruce Lee só fiz a arte final, os desenhos eram do Gilberto Camargo.
 
 
Bruce Lee, o ídolo que a Máfia não Conquistou. Gilberto Camargo e Paulo Yokota. Editora Nova Sampa. 1991.
 
LR: O que anda fazendo ultimamente. Ainda desenha?

Paulo Yokota: Nos últimos  trabalhos que fiz vinha me dedicando a criar joguinhos infantis, tipo figuras para colorir, labirintos, figuras para montar etc. Tenho desenhado muito pouco, mas acompanhando na medida do possível o mundo das HQs. Atualmente sou funcionário público e trabalho na área administrativa numa fundação do Estado de São Paulo que fabrica medicamentos, isso depois de uma breve passagem como trabalhador dekassegui no Japão, quando retornei em 2001.

Um abraço do Paulo Yokota

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

A Turma do Ferro Velho - 1975

 

Criada em 1975 para o Suplemento Quadrinhos da Folha de S. Paulo, A Turma do Ferro Velho foi concebida por Rogéria.

Com um traço maduro e esplendidamente bem estilizado, a série girava em torno de personagens como Sucata, Ferrinho e Ferrugem. Indivíduos que viviam à margem da sociedade mas que pensavam e filosofavam com bastante propriedade.

As histórias duraram até 1976. Nada se sabe sobre Rogéria, a não ser que, provavelmente, abandonou as histórias em quadrinhos.

sexta-feira, 3 de setembro de 2021

Turma do Jotinha - 2002

Esta série, livremente batizada como A Turma do Jotinha, foi elaborada por Mário Candia em 2002 para as páginas do suplemento infantil de mesmo nome do Jornal de Jundiaí (SP) e contava as aventuras escolares de um grupo de adolescentes.

Mário Rafael de Candia destacou-se por ser um dos criadores do super-herói Visg e do Homem Microscópico.

Em recente lançamento da editora Criativo, o álbum Visg, encontramos a seguinte biografia de Candia:

"Mário Rafael de Candia nasceu em 07 de setembro de 1936, em São Paulo (SP). Após cursar o Senai de Artes Gráficas, iniciou sua carreira na editora Outubro, onde foi chefe de produção e chegou a desenhar o Capitão 7. Em 1968 criou o super-herói VISG, que teve um único número publicado pela editora Jotaesse, hoje raríssimo item de colecionador. Um ano antes criou o personagem Homem Microscópico, lançado pela própria editora (Candia) e que durou dois números, igualmente raros. Após essa rápida passagem pelos quadrinhos, migrou para a ilustração publicitária onde atuou por décadas. Trabalhou na editora Abril/Listel, onde foi capista e ilustrador das Listas Telefônicas.

Depois, mudou-se para Campo Limpo Paulista, onde foi ilustrador do Jornal de Jundiaí por 18 anos, e abriu uma escola de desenho para crianças e adolescentes que chegou a ter 450 alunos.

Hoje, aos 84 anos, é presidente da Associação dos Aposentados e Pensionistas de Campo Limpo Paulista, e vive numa sossegada chácara na mesma cidade, cercado de bichos, da família e de muito verde".

Contatos: carlacandia@uol.com.br

Mário Candia faleceu em 27 de março de 2022 aos 85 anos.

Abaixo, imagens do Homem Microscópico.

 

Para saber mais sobre o Homem Microscópico clique aqui.

sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Zélio, o repórter - 1974


Zélio, o repórter foi a estreia profissional do cartunista Jal (José Alberto Lovetro). O personagem foi especialmente criado para o Suplemento Quadrinhos, da Folha de São Paulo, em 1973 e começou a ser publicado a partir de março de 1974, mantendo sua aparição no Suplemento por mais de dois anos.

Jal diz que era muito fã das aventuras da família pato, Pato Donald, Tio patinhas e Huguinho, Zezinho e Luizinho, de Carl Barks e tentava fazer algo dinâmico na linha das histórias do desenhista Disney. Afirma também que o nome de seu personagem não é uma homenagem ao cartunista Zélio Alves Pinto, o qual não conhecia na época.

Uma das característica da série era a inclusão de personalidades da época, onde Jal exercitava sua capacidade para a caricatura. Acima, da esquerda para a direita: Airton Rodrigues, Hebe, Chacrinha, Flávio Cavalcanti, Silvio Santos e Raul Gil.


sexta-feira, 20 de agosto de 2021

Vida ParaLamentar - 1987

Mais uma das criações do cartunista Jal (José Alberto Lovetro) a série Vida ParaLamentar foi criada em 1987.

Segundo seu autor:

"A série de tiras 'Vida ParaLamentar' não tem personagem fixo - além da vida política e seus descaminhos que todos conhecemos. Aliás, é uma crítica aos maus políticos e uma homenagem aos que ainda conseguem ter dignidade diante de seus eleitores. O cartunista é uma espécie de 'termômetro' do pensamento da população. O humor é a cirurgia necessária".

As tiras foram publicadas primeiro na revista Monga (Press Editorial) em 1987,  na revista Semanário em 1990; no livro "Guia do Eleitor: Como Votar Certo, José Alberto Lovetro e Jorge Sá de Miranda, editora Aquariana ) em 2000 e no livro "Tiras de Letra na Casa da Vizinha" (editora Virgo, 2007).

Para saber mais sobre Jal clique aqui.

sexta-feira, 13 de agosto de 2021

Os Ecologistas - 1988

Criada pelo cartunista Jal (José Alberto Lovetro) entre 1988 e 1989, Os Ecologistas era publicada pelo jornal Shopping News (SP).

Com uma temática cada vez mais atual a série abordava os vários aspectos da agressão ao meio ambiente.

Sobre o trabalho, o cartunista comenta: 

"Foi uma série que fiz para o jornal Shopping News, City News e Jornal da Semana por um tempo. Eram jornais de bairro que só mudavam de nome mas com o mesmo conteúdo, do grupo Diário Comércio e Indústria, onde eu era o chargista. Não tinham personagens fixos, eram situações diversas sobre ecologia"."


Jal nasceu em 29 de novembro de 1955. Estudou Jornalismo na Faculdade de Comunicação Cásper Líbero formando-se em 1977. Atualmente é da Assessoria de Comunicação da MSP - Mauricio de Sousa Produções e proprietário da JAL Editora e Comunicação. Sobre ele o pesquisador Edgard Guimarães escreveu: 

"José Alberto Lovetro, o JAL, mais conhecido como cartunista, jornalista e por ser um dos criadores da Associação dos Cartunistas do Brasil e do Troféu HQ Mix, também tem uma grande produção de HQs. Publicou o personagem Piloto no nº 4 da revista Crás!, da editora Abril, em 1975. Colaborou com os nºs 8 e 9 da revista Klik, em 1978, e os nºs 1 a 4 da revista Gripho, em 1980, ambas da Ebal. Publicou em Refugo nº 3, em 1982. Com os desenhos de Caco, produziu novas tiras de O Amigo da Onça, publicadas em jornais e em revista pela editora Nova Sampa. Foi um dos criadores da série Sport Gang, publicada na forma de jornal e revista. Em parceria com Conceição Cahú, produziu Uma História de 120 Anos, sobre o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, em 1993.".

sexta-feira, 6 de agosto de 2021

O Cavaleiro Escarlate - 1972

Em outubro de 1972, estreava nas páginas de O Jornal (RJ), as aventuras do Cavaleiro Escarlate.

Numa mistura de Lanterna Verde com O Príncipe Valente, o jovem Ivano sonha em se tornar um cavaleiro da Corte do Rei Arthur. Pupilo da jovem amante do feiticeiro Merlin, Ivano é treinado nas artes marciais por um gigante de mais de 2 metros de altura, servo da garota.

Ao encontrar um soldado moribundo, Ivano recebe dele uma carta endereçada ao Rei Arthur, onde está escrito que existe uma donzela prisioneira do rei de Northumberland a qual só poderá ser salva por um nobre guerreiro da corte de Camelot.

Ivano conta o ocorrido à sua madrinha, que lhe presenteia com uma espada encantada e uma armadura escarlate que só podem ser manejadas por alguém corajoso e de alma pura. A partir daí o jovem sai para a sua primeira missão: salvar a tal donzela.

No meio do caminho o guerreiro, agora Cavaleiro Escarlate, encontra uma outra misteriosa mulher que lhe concede um poderoso anel mágico que pode multiplicar a força de quem usá-lo e ainda torná-lo incansável.

Ivano acaba por salvar a garota prisioneira, parte para uma segunda aventura, mas esta fica incompleta com a interrupção da tira.



A série foi criada por Luiz Bartolomeu Salvani, com letras de Alfred. Luiz fazia parte do departamento de arte de O Jornal.

Em maio de 1974 a mesma história foi republicada no nº 5 de O Cruzeiro Infantil. Com o final um pouco modificado, desta vez é assinada como Bartô, mas o nome de Luiz Salvani aparece no expediente da revista.

Salvani iniciou sua carreira no departamento de artes da Ebal, ainda nos anos 1960, fazendo completação dos quadrinhos lançados pela editora. Após abandonar as HQs, dedicou-se à cenografia e a produção teatral.

Abaixo, O Cavaleiro Escarlate em O Cruzeiro Infantil com a assinatura de Bartô.

Em alguns sites a criação do Cavaleiro Escarlate é creditada ao colecionador Aparecido Bartolomeu Vaz Pedrosa (1938-2008), o que, obviamente, está incorreto!

 

Acima, ilustração de Luiz Salvani para O Jornal em 1973

 

Agradecimentos ao Ota, Quim Thrussel e Lancellot Martins.