sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Now Sem Rumo - O Estado de São Paulo - 1988



Now Sem Rumo de Lor (Luiz Oswaldo Carneiro Rodrigues) foi criada em 1983 para o Diário da Tarde de Belo Horizonte.

Conta a história de uma nave espacial, metáfora de nosso planeta, dividida em duas partes que lutam entre si. Em tempos de abertura política, criticava, principalmente, a ditadura militar.

Passou a ser publicada no Estado de Minas e posteriormente em todo o Brasil, distribuída pela agência Funarte.

Teve dois livros publicados em 1986 pelo autor e um em 1990 pela editora Melhoramentos (Tristes Rumos Tristes Fins).




Abaixo os dois livros da série publicados por Lor.




quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Afagos Amargos - O Estado de São Paulo - 1988




Afagos Amargos, por Marcio Pitliuk (roteiro) e Newton Foot (desenhos), estreou no jornal O Estado de São Paulo em 1988 retratando todo o desencanto da geração dos anos 1980.

Participavam da série personagens como: J. Bitterman, Linda Bitter, Almir F. e Vivi Hot.

Pitliuk retornava às tiras diárias depois de 15 anos da criação de Leopoldo para a Folha de São Paulo.

Newton Foot foi escolhido como desenhista após um anúncio no próprio jornal que pedia um autor de traço moderno.




quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Eva - O Estado de São Paulo - 1987




Michele Iacocca, italiano radicado no Brasil, criou a personagem Eva em 1968 para a revista Claudia da editora Abril. Eva reapareceu em 1973 num livro da Massao Ohno

Em meados dos anos 1980 começou a ser publicada no jornal O Estado de São Paulo, dessa vez no formato de tiras diárias.

Outros personagens da série são, obviamente, Adão e a serpente.

Eva foi lançada em livro também pela editora Melhoramentos (Capitu e outras evas; 1988).




terça-feira, 28 de outubro de 2014

As mil e uma noites - Jornal do Brasil - 1982

Criada inicialmente, por Paulo Caruso e Xalberto, para o jornal do teatro Lira Paulistana em 1981, As Mil e Uma Noites comentavam a cena cultural e noturna de São Paulo.
No ano seguinte, já sob o comando exclusivo de Paulo, a série tornou-se uma sátira de costumes e passou a ser publicada no Jornal do Brasil e posteriormente, com distribuição da Agência Funarte, em jornais de todo o país, incluindo a Folha de São Paulo.

A tira saiu em livro pela editora Circo em 1985 e em 2007 pela L&PM.
A tira quando publicada no jornal Lira Paulistana.
..............................................................................................

No livro Enciclopédia dos Quadrinhos (Goida/André Kleinert - editora L&PM, 2011), encontramos a seguinte biografia de Paulo:

CARUSO, Paulo - Brasil (1949)

Paulo José Hespanha Caruso é irmão gêmeo de Francisco Paulo Hespanha Caruso (o famoso Chico Caruso). A natureza não fez apenas semelhantes esses dois paulistas que nasceram no dia 6 de dezembro. Distribuiu também talento por igual. E tão igual que, muitas vezes, se colocarmos desenhos do Paulo e do Chico juntos, sem identificação, poucos serão os capazes de afirmar, este é do Chico, este é da Paulo. Até a carreira eles começaram juntos, ainda na década de 1960 em jornais paulistanos, depois na revista Balão. Paulo tinha uma tira chamada Pô! e, ao contrário do irmão, permaneceu nos quadrinhos e hoje é um dos grandes do Brasil nessa especialidade. Já em uma de suas primeiras séries, 'Capitão Bandeira' (história de típico malandro carioca, com roteiros de Rafic Jorge Farah), Paulo mostrava um talento que fugia ao convencional. A reunião das histórias do Capitão Bandeira publicadas em álbum (1983) mostra a evolução impressionante desse trabalho inicial de Paulo.
Paulo Caruso no jornal Popular da Tarde, 1970.

No início da década de 80 passou a colaborar para a grande imprensa: Veja, Isto É, Careta, Senhor. Utilizou sempre uma preciosa técnica que mistura charges políticas com as narrativas de quadrinhos, quase sempre com textos de Alex Solnik. Depois de algum tempo, fixou o título de Bar Brasil para essa sua especialidade. Seus trabalhos, junto com Alex, ganharam quatro álbuns: Ecos do Ipiranga (O grito que não houve..!); Bar Brasil; Bar Brasil na Nova República; e Avenida Brasil (A transição pela via das dúvidas). Nas páginas criadas por Paulo e Alex passaram figuras ligadas à realidade política, empresarial, cultural e social brasileira. Paulo ainda arranjou tempo para desenhar histórias avulsas para publicações tipo Circo, Chiclete com Banana e Geraldão. Não podemos deixar de mencionar uma tira que ele manteve em alguns jornais brasileiros, As mil e uma noites, marcada por uma imaginação surrealista, mas dentro de um humor tipicamente brasileiro.

Álbuns lançados depois de 1990: Avenida Brasil: A sucessão está nas ruas (Mil Folhas Edições, 1990), Avenida Brasil: o bonde da história (Mil Folhas Edições, 1991), Avenida Brasil: se meu fusca falasse (Globo, 1993), Avenida Brasil: o conjunto nacional (Globo, 1996), Avenida Brasil: se meu Rolls-Royce falasse (Devir, 2006), As mil e uma noites — reedição (L&PM, 2007) e Avenida Brasil: enfim um pais sério (Devir, 2010). Álbuns coletivos lançados depois de 1990: Brasil e Argentina (Fundação Memorial América Latina, 1990) e Os filhos da Dinda (Scripta, 1992), Na revista Bundas, junto com Lan, entre 1999/2000, Paulo Caruso desenhou as páginas Essas mulheres maravilhosas e suas máquinas de moer carne, com temas como Mulheres vestidas, Elas e o samba, Elas vão ao tango e outros".


segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Fogaça - Diário do Paraná - 1974





Criado por Maurício de Souza em 1967, Fogaça era um garotinho que enfrentava problemas típicos da sua idade, como aulas de piano e aparelho nos dentes.

A tira não levava assinatura, mas podemos incluí-la no portfólio da Maurício, pois continuava a ser distribuída em 1974.

Apesar de atribuí-la ao desenhista Maurício de Souza, podemos observar na obra uma grande influência do cartunista Luscar, que na época prestava serviços aos estúdios de Maurício.






sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Boa Bola - Diário do Paraná - 1974



Criado em 1964 por Maurício de Souza, Boa Bola era um personagem que transitava pelo mundo dos esportes, principalmente o futebol. Às voltas com jogadores, juízes e cartolagem, Boa Bola foi muito popular nos anos 1960.

Publicado em vários jornais, entre eles o Diário da Noite e o Diário do Paraná, fez parte também da revista Piteco, lançada em 1966 pela editora FTD para ser distribuída no VI Salão da Criança.

Participando de esportes aquáticos, Boa Bola acaba se perdendo no mar, gerando uma série de piadas de ilha.

Infelizmente o personagem está um pouco esquecido pelo autor e não é mais produzido.



quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Os Chopnics - Última Hora - 1969




De acordo com Ionaldo Cavalcanti (O Mundo dos Quadrinhos; editora Símbolo; 1977), Os Chopnics são "tiras diárias criadas por Jaguar (Sergio Jaguaribe), satirizando os pseudo intelectuais frequentadores dos bares de Ipanema, publicadas desde 1966 no Globo e no Pasquim como propaganda da cerveja Skol. Entre os personagens, BD, um típico intelectual de mesa de bar que por conta de seu delirium-tremens, passa a criar um ratinho no ombro. BD mais tarde se tornaria o famoso Capitão Ipanema".

A tira passou a ser publicada a partir de 1969 no Última Hora carioca. O delírio de BD é o conhecido ratinho Sig que viria a tornar-se o símbolo do jornal O Pasquim e também teria um alter ego, Otar. O arqui-inimigo do Capitão Ipanema é o vilão Dr. Carlinhos Bolkan.




Segundo a Enciclopédia dos Quadrinhos (Goida / André Kleinert; L± 2011), Jaguar "explodiu no mundo dos comics quando, em 1967, para o Jornal do Brasil, começou a desenhar uma tira diária (a princípio patrocinada por empresa fabricante de cerveja e chopp), "Chopnics". Nessa série, desfilou toda a fauna ipanemense/carioca do fim dos anos 60 início de 70. O personagem principal era um intelectual que vivia num bar ("intelectual não vai à praia, intelectual bebe"). Tinha no ombro um ratinho, que ele chamava Sigmund (como Freud) e que estava lá desde o seu último "delirium-tremens". Sig (como foi abreviado seu nome) tornou-se uma figura conhecida no Brasil inteiro e acabou dominando por completo as tiras dos Chopnics, com seus traumas, megalomania e paixão delirante por Odete Lara, uma das deusas do cinema nacional na época".



quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Fê e Fá - Jornal do Brasil - 1972


Fê e Fá, as formiguinhas do funda da terra. 

Série infantil criada por Miriam e Guidacci para o suplemento infantil Caderno I, do Jornal do Brasil, em 1972. 

Muito antes dos filmes em computação gráfica da Dreamworks e outras produtoras, contava o cotidiano de um formigueiro, com um desenho sintético e espontâneo.

Era publicada semanalmente.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Bumbá, o boi - Jornal do Brasil - 1973

Bumbá, o boi, apareceu em 1973 no suplemento infantil Caderno I do Jornal do Brasil. A partir de 1975 tornou-se personagem fixo da revista O Bicho.

A série, criada pelo cartunista Coentro, contava com personagens do folclore como o Caipora e o próprio boi Bumbá. No princípio seguia a linha de histórias infantis, mas ao mudar-se para a revista O Bicho, assume um tom de crítica à indústria cultural e aos problemas criados pela urbanização.

Segundo a Antologia Brasileira de Humor (L&PM, 1976): João Carlos de Oliveira Coentro nasceu em 7 de setembro de 1949, no Rio de Janeiro. Iniciou profissionalmente em 1971, no jornal Última Hora (Caderno de Comunicação). Colaborou no Pasquim e em diversos jornais e revistas do país. Participou da Enciclopédia del Humor (Colômbia, 1975).

Coentro faleceu em 13 de janeiro de 1989 morando no Leblon, RJ.
 
Abaixo, Bumbá na revista O Bicho em 1975.

 Acima,
Bumbá na revista Ficção Extra - Infantojuvenil, 1978.

 
Acima, charge política de Coentro.
 
 
Coentro no jornal Versus Quadrinhos, 1979.