sexta-feira, 26 de agosto de 2022

Brasão - 1993

Brasão é um desses dragões que soltam fogo pela boca e que tradicionalmente habitam o imaginário ocidental. Basicamente, suas aventuras abordam as situações cômicas que aconteceriam caso um desses seres imaginários vivesse nos dias atuais.

Criado pela cartunista Rosana Munhoz Silva (1963 - 1996), foi publicado no tabloide infanto-juvenil Kid News.

Kid News era um jornal distribuído gratuitamente nos colégios de São Paulo. Era publicado pela editora Bingo no início dos anos 1990 e editado pelo desenhista Paulo José.

Rosana Munhoz Rosana Munhoz é considerada uma das grandes artistas (desenhista e roteirista) da Mauricio de Sousa Produções (MSP) e também a mais jovem a ingressar na equipe. Destacou-se por seus desenhos detalhados, especialmente nas histórias do Papa-Capim e da Magali.

Rosana visitou os estúdios da Mauricio de Sousa Produções aos 9 anos de idade, ao lado de sua mãe e foi contratada como desenhista aos 14 anos, em 1977. Em 1988, se casou com o desenhista Airon Barreto de Lacerda, também da Mauricio de Sousa Produções.

Com apenas 32 anos, Rosana Munhoz Silva morreu em 14 de janeiro de 1996. Ela sofreu afogamento durante uma excursão de esportes radicais, ao cair do bote.

Rosana foi vencedora na 16ª edição do Salão Internacional de Humor de Piracicaba, em 1989 (acima).

Para saber mais sobre Rosana clique aqui.

sexta-feira, 19 de agosto de 2022

Bigail - 1987


Bigail é uma garota de seus sete anos que vive interagindo com os adultos. Questionadora, tem um humor sarcástico e corrosivo, uma mistura de Mafalda de Quino com o Rango de Edgar Vasquez.

A personagem estreou em 1989 nas páginas de A Tribuna de Santos (SP), ainda com o nome de Cacilda, criada pelo cartunista Seri (Sergio Lemos), natural de São Vicente, cidade vizinha à Santos.

Em 2003 Bigail já aparecia em cores nas páginas do Diário do Grande ABC, onde Seri trabalha como ilustrador.

Sobre o autor: Formado em jornalismo, Seri iniciou-se profissionalmente na Cooperativa dos Jornalistas de Santos. Em 1987 ingressou em A Tribuna como chargista e ilustrador. Em 2001 transferiu-se para o Diário do Grande ABC onde até hoje presta seus serviços.

Em 1991 Bigail aparece na revista Bigail - Estatuto da Criança e do Adolescente, em tiras ilustrando cada um dos parágrafos (acima).

Charge de Seri para A Tribuna (1989).

Para saber mais sobre Seri clique aqui.

sexta-feira, 12 de agosto de 2022

As Picaretagens - 1976

As Picaretagens foi uma das muitas tiras publicadas pela dupla Franco de Rosa e Sebastião Seabra no jornal Notícias Populares durante a década de 1970 e circulou entre 1976 e 1977.

Com temas variados permitia a presença de personagens de outras séries dos autores como Chucrutz, Maloca, Capitão Caatinga e Chico Peste e tinha a colaboração de outros autores como Paulo Paiva (às vezes assinando Brito), por exemplo.

Questionado sobre o fato de ter sido nessa série a estreia do personagem Maloca, precursor de Maciota, Franco esclarece: "O Maloca estreou num gibi do Praça Atrapalhado (nº 15, editora Saber,1976). Em uma HQ de página dupla, central, com roteiro do Paiva. Desenhos meus, arte final do Seabra e cores indicadas por mim. Aplicadas no fotolito pelo Tony Duarte.

As tiras do jornal o Seabra desenhou. Ele fez umas 15 e foram publicadas na série As Picaretagens no NP, junto com Aeroaperto ou Pilotonto (Moretti-Nicoletti e eu), Kata-Kokim (minha), O Bobalhão Ilha do Tesouro, Motoca Kid (Matheus Bio & eu), Ulisses (minha) e algumas outras coisas".

Acima, tira da série As Picaretagens, com o personagem Chucrutz, satirizando a campanha governamental que exaltava o limite de velocidade de 80 km/h nas estradas em função da grave crise do petróleo acontecida nos anos 1970.

sexta-feira, 5 de agosto de 2022

Capitão Rapadura - 1973


Capitão Rapadura foi criado em 1973 pelo cartunista cearense Mino (Hermínio Macêdo Castelo Branco, 1944) e publicado pela primeira vez no Almanaque Mino, publicação regional do autor. Capitão Rapadura ficou bastante conhecido em Fortaleza, mas teve sua estreia nacional em 1978 na edição do Almanaque Mino lançada (imagem acima) pela Codecri, a mesma editora de O Pasquim (Coleção Humor, volume 2). 

Nessa edição ficamos sabendo que o Capitão foi lançado ao espaço em um foguete de outro planeta. Ao atingir a Terra foi resgatado pelo seu Chico Celestino e por dona Maria Celeste, recebendo o nome de Gumercindo. Grande, forte e poderoso, nomeou-se Rapadura, combatendo Batman, Super Homem e o Homem Aranha e deixando apaixonadas as mocinhas do lugar.

Capitão Rapadura sobrevive até nossos dias, sendo produzido por vários cartunistas cearenses admiradores da obra de Mino. Em 2013 foi lançado o álbum Capitão Rapadura - 40 anos, pela editora Armazém da Cultura e nele consta a seguinte cronologia do herói:

"1973 - Nascia o Capitão Rapadura no Almanaque Mino.

1996 - Depois de anos sem ser publicado, Capitão Rapadura pela equipe do fanzine Manicomics: Daniel Brandão, JJ Marreiro, Geraldo Borges, Valdijunio Rodrigues e outros.

2003 - Volta a ser publicado no caderno Zoeira do jornal cearense Diário do Nordeste no formato de tiras, por Daniel Brandão e uma nova geração de quadrinistas por cerca de 3 anos.

2011 - É criado pelo Fórum de Quadrinhos do Ceará o blog capitaorapadurabrasil.blogspot.com".

Sobre o autor, no Guia dos Quadrinhos:

"Hermínio Macêdo Castelo Branco - ‘Mino’ (3 de maio de 1944).

Hermínio Macêdo Castelo Branco é cearense, natural de Fortaleza. Filho de Francisca Macêdo e Raimundo Castelo Branco, nasceu no dia 3 de maio de 1944. É casado com Ignês Botelho e pai de Magno, Maria Cecília, João Eduardo e José.

Formado em Direito pela UFC (inscrito na OAB), a lista de suas atribuições é extensa: desenhista, artista plástico, cartunista, programador visual, projetista gráfico, poeta bissexto, livre pensador, autor de histórias, fábulas e contos infantis, ilustrador e publicitário.

Mino iniciou sua vida profissional ilustrando uma seção de humor esportivo no jornal "O Povo". Participou de um noticiário da TV Ceará (Repórter Cruzeiro) ilustrando as notícias ao vivo, fato inédito na TV brasileira. Participou da seção de humor da revista "O Cruzeiro" (O Centavo).

Trabalhando em agências de publicidade e colaborando com quase todos os jornais de Fortaleza, passou vários anos dedicado ao trabalho de criação de marcas, programação visual e projetos gráficos.

Semanalmente, produz uma página dominical de humor (The Mino Times) no jornal "Diário do Nordeste" e edita sua própria publicação mensal "RIVISTA", distribuída através da editora "RISO" (de sua propriedade) para vários colégios no Ceará. RIVISTA contém toda a diversificação de seu trabalho: fábulas, contos, frases, pensamentos, artigos, poesias, ilustrações e cartuns.

Como cartunista, é criador do CAPITÃO RAPADURA, o primeiro super-herói cearense. Já participou e foi premiado em diversos salões de humor nacionais e internacionais, fazendo parte também de antologias Rússia - Brasil em defesa da natureza, Exposição Itinerante da Aliança Francesa e teve um importante trabalho (Os Peixes) publicado na "Slapstick", periódico alemão de humor. Participa, há alguns anos, do grupo de cartunistas autores das vinhetas de humor da Rede Globo de Televisão.

Como pintor, possui diversas obras vendidas no Brasil e no exterior. É autor do grande mural TERRA DA LUZ, no Aeroporto Internacional Pinto Martins, retratando histórias e aspectos culturais da terra cearense. É conhecido como um artista plástico extremamente versátil, pois costuma utilizar diversas e variadas técnicas na composição de suas obras".