sexta-feira, 22 de julho de 2022

Ratinho Gil - 1967


Em 1963, aos 12 anos, o recém falecido cartunista Geandré (1951-2022) foi levado por sua mãe para conhecer a redação do jornal santista A Tribuna (SP). Geandré encantou-se pelo ambiente jornalístico e em 1966, aos 15 anos conseguiu seu primeiro emprego como ilustrador desse mesmo veículo no suplemento semanal A Tribuninha. Essa história foi muito bem contada pelo jornalista Ediel Ribeiro em crônica de 2019 (leia aqui).

Geandré, que nessa época assinava Arlindo Rodrigues ou A. Rodrigues, seu nome de batismo, produzia passatempos, ilustrações e tiras humorísticas. Um de seus trabalhos foi criar graficamente a figura do Ratinho Gil, personagem do redator Luís Vieira Lima Filho que aparecia em aventuras escritas em forma de capítulos, mas também nas ilustrações, passatempo e tiras de Geandré.

Para saber mais sobre Geandré clique aqui.

sexta-feira, 15 de julho de 2022

Capitão Combate - 1977



Depois de ter sua noiva estuprada e estrangulada o jovem Joel assume a identidade do super-herói Capitão Combate. Vestindo uma máscara que cobre seus olhos e um uniforme com três estrelas na testa, Capitão Combate luta contra gangsteres, assaltantes de banco e toda sorte de marginais. 

Criado pelo desenhista Jair, foi publicado no jornal Notícias Populares (SP) no ano de 1977. Não há muitas informações sobre Jair, mas ele publicou tiras e cartuns diariamente no NP durante mais de 16 anos e seu trabalho abrange gêneros dos mais diversos como faroeste, ficção científica, romance, super-heróis e humorismo, com muita denúncia social. Há notícias de que Jair já é falecido.

Para conhecer outros trabalhos de Jair clique aqui e aqui.

sexta-feira, 8 de julho de 2022

Cara - 1975




Cara, as aventuras de um caramujo libidinoso sempre às voltas com garotas, humanas ou caracóis.

Criado por Fausto Hugo Prats em 1975 e já com um traço bastante seguro, foi publicado na revista independente mineira Uai!! em 1979.

Para saber mais sobre o autor clique aqui.

sexta-feira, 1 de julho de 2022

X-Man - 1967

Publicado uma única vez em 1967 no terceiro número do Suplemento em Quadrinhos (editora Linografica), X-Man, o super-herói criado por Eugênio Colonnese, sem super poderes, usando apenas sua astúcia e suas habilidades físicas, desbarata a quadrilha de um professor maluco que, aprisionando vários cientistas, pretende criar um robô controlado eletronicamente.

X-Man usa um uniforme encapuzado e, obviamente, conquista o coração das mulheres.

Sobre o X-Man, o desenhista e editor franco de Rosa declarou: "O Colonnese me falou sobre o X-Man, que o projeto foi criado como GALAXY, mas daí lançaram o carro e o projeto foi descontinuado. 

Disse que era um projeto grande, para o Paulo Marti, e que seria colorido. Que ele desenhou várias histórias que ele criou e o Luis Meri fez os roteiros, não o (Rodolfo) Zalla. 

E o projeto foi feito no Estúdio D-Arte, mas foi remontado no formato de tiras coloridas para o Suplemento em Quadrinhos (inclusive há um anúncio da revista do X-Man no número dois do Suplemento). O Colonnese disse que desenhou em formato de gibi umas cinco ou seis histórias no formato do Mylar. Para a Fleetway acredito que não tenha sido feito, pois Colonnese brigou com a editora inglesa, que publicava HQs de guerra em formatinho com dois quadrinhos por página".

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Sobre o autor: Eugênio COLONNESE, Itália (1929-2008).

Nascido em Cosenza, sul da Itália, Eugênio Colonnese tornou-se um reconhecido mestre do quadrinhos em três países, Argentina, Brasil e Inglaterra, já que colaborou por algum tempo com a Fleetway londrina. Seus pais imigraram quando ele tinha apenas dois anos. A família passou pelo Brasil e pelo Uruguai, até fixar-se, no começo de 1940, em Buenos Aires. Em 1949, o jovem Colonnese começava a colaborar na famosa revista (então semanária) El Tony, da Editoral Columba. Depois vieram Fantasia, Intervalo, Rayo Rojo, Frontera e Hora Cero, as duas últimas de propriedade de Hector Oesterheld, um dos mais importantes nomes dos quadrinhos argentinos. Durante a década de 50, os comics argentinos viveram o seu momento de ouro, e Colonnese tinha, como companheiros de ofício, Breccia (uruguaio), Del Castillo (chileno), Hugo Pratt (italiano), João Mottini (brasileiro), além de “cobras” do país, como José Luis Salinas, Solano López, Roume, Cortinas, Walter Ciocca e Casalla. Colonnese contribuía para o período desenhando personagens como Ernie Pike (roteiros de Oesterheld), Paco Almiral, Rock Dalmon, Black Hood e Walter Bravo. Em 1955, de férias no Brasil, Colonnese coneceu Jayme Cortez, que ficou impressionado com o nível de seus trabalhos. Apresentado a Adolfo Aizen da Ebal, logo passou a colaborar com aquela editora, desenhando obras didático-históricas: O Navio Negreiro (baseado em Castro Alves), A libertação dos escravos, A proclamação da República, A fantástica aventura (sobre a travessia aérea do Atlântico por Sacadura Cabral e Gago Coutinho, em 1922) e muitas outras. Colonnese mudou-se para o Brasil em 1964, vendendo suas histórias - aventuras, terror, westerns, tudo - para editoras paulistas e cariocas. Criou em 1967 Mirza, a mulher vampiro, que muitos pensam erroneamente ser uma cópia da Vampirella norte-americana, que só apareceu em 1974. Além de continuar sua carreira de HQs, principalmente nas revistas da D-Arte (Calafrio e Mestres do Terror), Colonnese realizou trabalhos de ilustração em livros didáticos. Em 1987, a Catânia Editora publicou a Antologia Brasileira de Terror, só com histórias dele.

Depois de 1990: Mirza, a mulher vampiro (Catânia Editora, 1990), O espírito da guerra (Opera Graphica, 2001), Mirza, a vampira (Opera Graphica, 2002), Colonnese: a arte exuberante de desenhar mulheres (Opera Graphica, 2002), Curso prático de desenho - edição superespecial (Ed. Escala, 2002), War, histórias de guerra (Opera Graphica, 2003), Cangaceiros, homens de couro (Cluq - Clube dos Quadrinhos, 2004 - roteiro de Wilson Vieira), Bruuna (Opera Graphica, 2004) e A vida de Jesus (Mythos, 2009 - roteiro de Osvaldo Talo).

Enciclopédia dos Quadrinhos, Goida e André Kleinert, editora L&PM, 2011)