terça-feira, 30 de junho de 2020

Durango - Diário de Pernambuco - 1974


Entre meados da década de 1960 e o início dos anos 1970 o cinema italiano produziu uma gigantesca série de filmes de faroeste, os chamados spaghetti western. Isso causou um revival do gênero em todo o mundo, incluindo o Brasil, e revelando artistas como o quadrinhista Pedro Mauro Moreno da editora Taika, por exemplo.

Em julho de 1974, Júnior, suplemento do Diário de Pernambuco, inicia a aventura de faroeste Durango. A história foi creditada a Giuseph e George Logan, na verdade, pseudônimos de Wilde e Watson Portela, colaboradores do jornal.


Na história, um cavaleiro caminha pela estrada quando é alvejado por dois indivíduos. Fingindo-se de morto o cavaleiro atira nos dois facínoras e obriga um deles a contar o porquê do ataque. O bandido revela que estão sendo perseguidos pelo delegado Bruce Allen, por conta de um assalto onde seu bando matou um amigo de Bruce. Durante o assalto um dos meliantes é capturado e obrigado por Bruce a confessar. A aventura permanece sem conclusão.

sexta-feira, 26 de junho de 2020

Ciro Spanto - Diário de Pernambuco - 1974


Ciro Spanto, um amor de camelô, é um recém nascido falante. Embora seu pai ache que dará um bom advogado ou senador, Ciro já tem a vocação de mascate e declara isso com todas as letras.

Com a
benção eu uma fada madrinha bastante vistosa e a ajuda do papagaio Falante, Ciro cresce e torna-se ambulante. Eleito presidente da Liga dos Camelôs, Ciro desvia a verba da associação em benefício próprio, é expulso e volta à sua vida anterior de vendedor ambulante.

Criação de Ozires Diniz, músico, produtor e pesquisador musical, com adaptação de Wilde e desenhos de Watson Portela, Ciro Spanto era uma história muito satírica, apresentando caricaturas de vários ídolos da música nacional e internacional e astros da TV.

Trazia também vinhetas de antigos personagens do faroeste, provavelmente heróis amados pelos autores, o que deixava a diagramação da página bastante dinâmica. Foi publicado a partir de junho de 1974 no suplemento Júnior do Diário de Pernambuco.

terça-feira, 23 de junho de 2020

Sorriso - Diário de Pernambuco - 1974


No início da década de 1970 os Estados Unidos tentavam uma aproximação comercial com a China, isso resultou em uma variedade de produtos culturais como a série de TV Kung Fu, com David Carradine, a adoção do ator e lutador chinês Bruce Lee por Holywood e os quadrinhos do Mestre do Kung Fu da Marvel. Essas influências também atingiram as produções brasileiras.

Sorriso
surgiu em outubro de 1974 como coadjuvante nas aventuras do Tio Paco no Diário de Pernambuco no suplemento Júnior.

Em outubro de 1975 ganha aventura solo pelos primos Wilde Portela
nos roteiros e Roberto Portela (ou Portella) nos desenhos, bastante influenciados pelo desenhista espanhol F. Ibañez, o autor de Mortadelo e Salaminho.


A aventura passa-se em 1946, com a chegada de imigrantes japoneses ao Recife. Em 1948 nasce o pequeno Toka Kileva, que por não chorar nunca, é apelidado de Sorriso.

Aos 16 anos Sorriso, interessado nas artes marciais, é mandado por seu pai ao Japão para estudar. Encontrando seu mestre, Sorriso aperfeiçoa-se em várias modalidaes de luta, incluindo o kung fu. Depois de 2 anos de treinamento é enviado ao Egito para conhecer os segredos do país, mas o avião é bombardeado em pleno ar por agentes desconhecidos.

O avião explode e Sorriso é dado como morto, mas, saltando com seu paraquedas-guarda-chuva, aterrisa no Egito. Por ordem do Chefe os agentes seguem à procura de Sorriso, mas o mestre das artes marciais nocauteia os dois. Os agentes vencidos revelam a ele que seu chefe, o Moita, quer contratá-lo como professor de artes marciais. Sorriso recusa o pedido e parte para o Egito à procura de seus mistérios.


Em fevereiro de 1976, com a reformulação do suplemento, Sorriso ganha nova série por Wilde e Roberto Portela, desta vez em formato de tira. Nessa curta aventura Sorriso, aparentemente hipnotizado, tenta matar o chefe nº 2, Mister Z. Impedido pela senhorita Pepeca, volta a si e revela ter sofrido lavagem cerebral. Mister Z decide manter o plano e manda Sorriso de volta ao Japão para que todos pensassem que ele tinha sido morto por Sorriso. O chefe dos bandidos revela que irá roubar todas as pérolas do Japão e matar Sorriso. No interior do avião que o levará a seu destino, Sorriso declara ter assassinado Mister Z e é chamado à cabine de comando. O piloto revela a Sorriso que o avião está caindo e não há pára-quedas para ele. Sorriso salta, cai em um pântano e se livra de um crocodilo, perdendo seu boné, sai à sua procura. Recuperando o chapéu Sorriso vai embora ao som de Raul Seixas.

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Sobre o desenhista: 
Roberto Câmara Portela, Brasil (1956) - Nascido em Recife, Roberto iniciou-se profissionalmente nos quadrinhos quando desenhou para a EBAL uma versão de A bagaceira, de José Américo de Almeida. Nela, Portela apresentou um bom domínio do claro-escuro, lembrando o estilo de José Ortiz, já famoso no Brasil naquela época. Embora sempre mais voltado para a pintura, Roberto passou a colaborar com as revistas da Vecchi (Histórias do Além, Sobrenatural, Almanaque do Terror) e também para a Grafipar em tramas de ação, terror e suspense, quase sempre de temática brasileira, mas com o chamariz do sexo. Na sua carreira como pintor, Roberto também gostou de trabalhar com o erótico, inclusive na coleção desnudando os Mitos... Anos de Ouro de Hollywood, com a 'participação', entre outras, de Greta Garbo, Marlene Dietrich, Ava Gardner e Marilyn Monroe. (Enciclopédia dos Quadrinhos - editora L&PM, Goida e Kleinert, 2011).

A Bagaceira por Roberto Portella e João Newton Alvim, Ebal, 1980.

sexta-feira, 19 de junho de 2020

Guaracy, o Guerreiro do Amazonas - Diário de Pernambuco - 1975

Em janeiro de 1975, Guaracy, o Guerreiro do Amazonas, começa a ser publicado no Diário de Pernambuco. Esta aventura nas selvas, magnificamente desenhada por Watson Portela, já com um desenho totalmente amadurecido, se estende até maio do mesmo ano. Guaracy não tem origem conhecida e vive solitário em meio à mata.

Numa parte isolada do Amazonas, alguns indiozinhos, ao caçar, são capturados por forças misteriosas. Um deles, Agniná, consegue escapar mas teme não ser acreditado pelos seus. Na tribo, um índio está preocupado com a demora dos curumins. Alguns adultos encontram o Pahan ferido. Pahan revela que observou a captura dos dois indiozinhos mas não viu Agniná, que sozinho na mata é atacado por uma onça.

Guaracy, o Guerreiro do Amazonas, salva Agniná do ataque e revela ter vindo salvar a ele e seus amigos. Magicamente, faz Agniná adormecer e parte a procura dos dois pequenos. Enquanto isso, as crianças estão aprisionadas no interior de estranhos casulos, mas planejando fugir.

Enquanto isso Guaracy é atacado por um homem inseto que o eleva a grande altura e o joga de lá de cima, mas o guerreiro, no último instante, consegue se agarrar a um galho de árvore. Guaracy captura um dos homens inseto e o interroga, mas ele fala uma outra língua. Nesso meio tempo os índios chegam à aldeia dos homens inseto, enquanto isso os dois curumins tentam escapar dos casulos, mas a corda que usavam se rompe e um deles, ao cair, atinge um dos inimigos alados que estava em voo. Os garotos são perseguidos mas Guaracy surge para protegê-los. Ele luta com os agressores e é atingido na cabeça  mais não cai.

Em seguida e desafiado para um duelo com o chefe dos alados. A recompensa será a liberdade das duas crianças. Guaracy vence a luta e as crianças são libertadas, sem ao menos saber quem as ajudou! Não houve outras aventuras do guerreiro.

terça-feira, 16 de junho de 2020

Tio Paco - Diário de Pernambuco - 1974

Tio Paco era um dos anfitriões do suplemento infantil Júnior, do Diário de Pernambuco. Apresentava seções, dava notícias de concursos e escrevia curiosidades.

Em setembro de 1974 ganha sua versão em quadrinhos pelas mãos de Wilde Portela nos textos e Francisco Carlos (Francisco Carlos Ucha), e posteriormente, Roberto Portela nos desenhos.

A série mantinha o caráter educatico das narrações de Tio Paco, com temas como geografia e vida animal.


Em novembro do mesmo ano, as histórias deixam pra trás os temas educativos e Tio Paco ganha o título de Agente Secreto TP7, vivendo uma aventura no Japão, onde deve encontrar o Mandarim Vermelho (numa mistura de nacionalidades orientais!) e desvendar o "desaparecimento das bolas de gude"!

Na série Tio Paco, assim como o desenhista Roberto Portela que era lutador de artes-marciais, lutava de kung-fu e parte para a sua missão: recuperar as bolinhas de gude escondidas no castelo da Floresta Negra, em companhia de seu intérprete Sorriso.

Dentro do castelo, Tio Paco e Sorriso descobrem que as bolas de gude são usadas na confecção de estatuetas do Buda.

Em fevereiro de 1975 é anunciada nova aventura de Tio Paco, desta vez assinada somente por Francisco Carlos. Essa aventura, assim como a seguinte, anunciada em junho do mesmo ano, nunca foi publicada (abaixo).


Finalmente, em julho de 1975, Tio Paco retorna em sua derradeira aventura, desta vez os desenhos estão a cargo de Watson Portela. Nela, Tio Paco parte para Chicago em missão secreta. Numa história cheia de referências e metalinguagem o agente secreto encontra vários personagens dos quadrinhos mundiais. Infelizmente a história foi interrompida, ficando sem conclusão.



Os outros anfitriões de Júnior eram Tio Joca e Tia Lola. Tio Joca era pseudônimo do editor do suplemento, o jornalista Fernando Spencer (Fernando José Spencer Hartmann, 1927-2014). Fernando já havia usado o pseudônimo de Tio Juca como editor, e de Fernando Saldanha para textos, na página infantil do mesmo jornal em 1953.

O jornalista Francisco Ucha deu o seguinte depoimento em relação ao personagem:

"Olá, Luigi! Caramba, nem lembrava mais que o Tio Paco tinha sido publicado no Júnior! Deixe te esclarecer algumas coisas (e fazer uma terrível confissão!):

Eu fui um dos criadores do personagem, desde a sua concepção, com barba e sem bigode, até seu jeito atrapalhado, mas ele não foi um alterego do Wilde. Ele foi criado para dar 'aulas' aos leitores mirins a partir das aventuras que vivenciou. O nome 'Paco' foi uma querida homenagem ao meu pai, embora o personagem não tenha nenhuma semelhança com ele. Meu pai era um imigrante espanhol e 'Paco' é uma forma carinhosa de se chamar 'Francisco', seu nome (e o meu também). Esse desenho absurdamente horroroso é meu... Essa é a confissão! Eu assinava F. Carlos e obviamente não sabia desenhar, mas queria aprender.

As histórias eram criadas por Wilde e eu participava também. Depois decidimos transformar o Tio Paco num 'agente' aventureiro. O cara que aparece de bigode e uma bolsa era o Wilde, que na história do Tio Paco era um jornalista. Depois nos desentendemos e o Wilde continuou o personagem (que eu criei com ele, saliente-se) com seus parentes. A primeira versão se descaracterizou mas a segunda, totalmente maluca colocava referências do Tio Paco que 'desenhei' em alguns quadrinhos. rsrs

O Tio Joca era o Fernando Spencer mesmo, grande crítico de cinema".

sexta-feira, 12 de junho de 2020

Zumbi - Diário de Pernambuco - 1973

O segundo trabalho em quadrinhos dos irmãos Portela, Wilde e Watson, para o Diário de Pernambuco, foi a biografia do herói preto Zumbi, iniciada em setembro de 1973 no suplemento infantil Júnior.

Na apresentação os autores escrevem:

"Oi! Muita gente anda nos perguntando - por incrível que pareça - se Zumbi é uma história de terror. Não é nada disso, gente!!! Zumbi, o deus negro, foi um dos líderes guerreiros do Quilombo de Palmares, que lutou pela libertação dos escravos do século XVII.

Para seu povo era considerado o maior herói de todos os tempos, por isso deram-lhe o nome de 'deus da guerra'... 'O deus negro'! Neto de Aqualtune, princesa, descendente de nobre linhagem das tribos africanas.

Esta adaptação para os quadrinhos é uma humilde homenagem que prestamos à nossa Pátria querida, pela comemoração do dia 7 de setembro.

Esta transa vai para nossos pais, Suze e Petrônio, e muito especialmente, a Antônio de Pádua Portela".

Na história, que perdurou por 8 semanas, era indicada a supervisão de Tom Pá.


terça-feira, 9 de junho de 2020

Dr. Caspo - Diário de Pernambuco - 1976


Em fevereiro de 1976 houve uma reformulação em Júnior, o suplemento infantil do Diário de Pernambuco, aparentemente com a intenção de dar alguma padronização às edições. 

Foram apresentadas novas histórias em quadrinhos, tanto estrangeiras como nacionais. Pinduca e Príncipe Valente apareciam em formato de página inteira. Entre as nacionais estava o Dr. Caspo, de Wilde e Roberto Portela (creditado em alguns capítulos), que aparecia no formato de tiras.


Dr. Caspo e seu auxiliar Plínio estão de partida para a Floresta Encantada do Planeta X. Devido a uma misteriosa explosão são teletransportados para Vato, capital de Cranto. Lá encontram o Dr. Sdrauss mas, vítimas de uma sabotagem, são lançados para fora do prédio onde estavam e encontram três indivíduos do alto comando de Cranto que sabem tudo da vida do Dr. Caspo, inclusive que ele é judeu, e os incumbem de saber o que está acontecendo com os camponeses de seu país. Por indicação do Dr. Sdrauss encontram um homem chamado Zostes, que esclarece que o desaparecimento de camponeses é obra de objetos voadores não identificados. Dr. Caspo apaixona-se por América, cidadã de Cranto, mas morre repentinamente em uma explosão criminosa sem cumprir sua missão!


Abaixo, Dr. Caspo no traço de Watson Portela em 2006, no álbum O último Vôo Livre pela editora MRD.

 
Agradecimentos ao amigo Lancelott Martins.

sexta-feira, 5 de junho de 2020

Petrus - Diário de Pernambuco - 1973


Criado em dezembro de 1973 para o Júnior, suplemento infantil do Diário de Pernambuco, Petrus, o pequeno astronauta, tinha desenhos de Wilde Portela e roteiros de F. Assis. Apesar da aparência de história infantil, apresentava um texto filosófico e cheio de mensagens psicodélicas.

Em sua aventura, desembarcando em um planeta desconhecido, Petrus é abduzido pelos seres pentagalaxianos e levado ao  Planeta Infinito da 5ª Galáxia na companhia de Tatá, o boneco de 'açomor'. Por seu tipo físico, somente Petrus poderia entrar no Tubo das Estações e, em sua viagem interdimensional, Petrus perde sua  aparência infantil, ganhando um visual adulto e um desenho mais anatomizado. Chegando à "constelação dos seis", Petrus inicia a sua verdadeira viagem, que se realiza dentro dele mesmo.

A saga de Petrus termina em maio de 1974 com a chegada do herói a um ponto azul no espaço, o "planeta infinito".


terça-feira, 2 de junho de 2020

Carcará - Diário de Pernambuco - 1973


Em março de 1973, Júnior, o suplemento infantil do Diário de Pernambuco, do grupo Diários Associados, começa a publicar a série Carcará dos irmãos, Watson e Wilde Portela,
que viriam a se tornar dois grandes expoentes do quadrinho nacional nos anos 1980 e 1990.


Carcará é filho do fazendeiro Sr. Petrônio, que tem suas terras invadidas pelo bando dos Cangaceiros Negros, bandidos mascarados que devem incendiar a escola que existe nas terras do fazendeiro, matar a professora que está chegando e se apropriar de um carregamento clandestino de armas. Os Cangaceiros Negros são chefiados pelo jagunço Macaco e por Santana, uma figura meio demoníaca e que obedece às ordens do Líder.


Carcará é um rapaz que tem super força e o corpo fechado mas sua origem nunca foi contada. A impressão que se tem é que ele já fazia parte do universo criativo da dupla quando sua primeira história foi lançada nas páginas do Diário de Pernambuco.


Um ano antes, em abril de 1972 os dois irmãos haviam entrado em contato com o Diário e receberam, nas páginas de Júnior, a seguinte resposta:

"Estamos recebendo dos irmãos Watson e Wilde Portela, dois ótimos trabalhos (estória em quadrinhos) destinados ao nosso jornalzinho. Ambos residem no Recife e trabalham de parceria, isto é, Wilde escreve as estórias e Watson ilustra. Pediríamos aos dois talentosos jovens que aproveitassem suas idéias criando personagens ligados à nossa história ou sobre nossos índios. Dessem aos enredos, um clima de otimismo e menos violência. A história do Brasil está cheia de episódios maravilhosos e de tantos exemplos dignos de seguí-los. Vocês — Wilde e Watson — podem reviver através das páginas do JUNIOR fatos sensacionais.

Apareçam aqui, na redação, para um bate-papo onde possamos trocar idéias sobre o que vocês poderão fazer. E fiquem certos de uma coisa: aceitas nossas sugestões, as portas do JÚNIOR estarão abertas.

Um abração!".

Como podemos ver, o convite foi aceito. Wilde passou a fornecer textos, roteiros e desenhos ao suplemento e Watson, a partir de setembro desse ano, foi alçado à condição de desenhista oficial do suplemento, fazendo quadrinhos e ilustrações, em substituição a Cavani Rosas, que por muitos anos exerceu essa função.

A chegada de Wilde e Watson ao Júnior causou um verdadeiro movimento de valorização aos quadrinhos regionais, atraindo diversos outros artistas pernambucanos como Roberto Portela, Tête Portela e Sergio Cariello, e personagens como Petrus, Guaracy e Dr. Caspo, como veremos nas próximas postagens.


Em maio de 1976, Carcará ganhou uma nova aventura chamada A Volta de Carcará - A Lei do Cangaço, desta vez envolvendo Virgulino Ferreira, o Lampião, cujos homens, a revelia de seu chefe, atacam a casa do vaqueiro José Boiada, mas a aventura não foi concluída, sendo substituída por uma aventura de faroeste.

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Sobre os autores:

Na Wikipedia:

Wilde Portela
ou Wilde Portella é um jornalista e roteirista brasileiro de histórias em quadrinhos. Irmão do quadrinista Watson Portela, Wilde integrou nos anos 60 a banda Beatles Boys, que chegou a abrir shows para o cantor Reginaldo Rossi em 1973 publicou no jornal Diário de Pernambuco, a tira Carcará, ilustrada por Watson, para a Grafipar de Curitiba roteirizou histórias de cangaço para a revista Sertão e Pampas e o faroeste Grafter, ilustrado pelo primo Roberto Câmara Portela. No final dos anos 70, Wilde e Watson criaram o faroeste Chet para a Editora Vecchi, editora que publicava quadrinhos italianos do gênero originários da Sergio Bonelli Editore: Tex, Zagor e Ken Parker, a revista de Chet foi publicada entre 1980 e 1902 e teve 22 edições. Em 1999, publicou um livro sobre Reginaldo Rossi.

Em 2010, Chet voltou a ser publicado de forma independente, em 2012, roteirizou uma graphic novel sobre Lampião, publicada pela CEL Editora.


Ilustração para a capa de Júnior por Watson, 1973.

Watson Barroso Portela (Recife, Pernambuco, 18 de outubro de 1950) é quadrinista brasileiro. É irmão do roteirista Wilde Portela. Nascido em Camaragibe, Recife, Pernambuco, filho de Petrônio Portela e Suzete Portela Costa.

Iniciou a carreira na década de 1970, fazendo tiras para o Diário de Pernambuco, em 1975, foi contemplado em um concurso da revista Gibi Semanal da Rio Gráfica Editora, em 1976, a convite do editor Lotário Vecchi, mudou-se para o Rio de Janeiro e começou a colaborar com a Editora Vecchi, onde desenhou produziu histórias de terror para as revista Spektro e Pesadelo, cocriou e desenhou o faroeste Chet, inspirado no faroeste italiano Tex da Sergio Bonelli Editore, que trazia roteiro de seu irmão Wilde Portela, a princípio, o cowboy era publicado na revista de outro cowboy da Bonelli, Ken Parker de Giancarlo Berardi (roteiros) e Ivo Milazzo (desenhos), Watson também desenhou uma capa de Tex. Ainda na Vecchi, a HQ Paralela, uma história de ficção científica envolvendo um cangaceiro chamado Asa Branca, mais tarde essa história faria parte da série Paralelas.

Chegou a produzir as HQs Caçador de Esmeraldas e Napoleão Bonaparte para a EBAL de Adolfo Aizen, mas elas acabaram não sendo publicadas. Além de quadrinhos, fez a capa do álbum Até a Amazônia? (1978) do grupo Quinteto Violado.

Em 1980, mudou-se para Curitiba e passa a colaborar com a editora Grafipar, que tinha como editor o veterano Claudio Seto, onde desenhou quadrinhos eróticos, o satírico Super-Gay, Zamor, o selvagem, série criada por Franco de Rosa ambientada na lendária Atlântida, com um guerreiro forte similar a Tarzan, Conan e tantos outros usando uma faca tecnológica, o cowboy Rex, inspirado em Jonah Hex da DC Comics e até histórias infanto-juvenis com um traço inspirado nos mangás como Xanadu em Almanaque Xanadu e Robô Gigante, uma história sobre um mecha com roteiro de Claudio Seto. Para Bloch Editores, desenhou a revista Trapalhões.

Colaborou com o fanzine Historieta de Oscar Kern e a revista "Maturi" do GRUPEHQ (Grupo de Pesquisa de História em Quadrinhos) do Rio Grande do Norte. Em 1986, sua irmã Tête Portela editou o fanzine Gang Portela. Ainda em 1986, publicou duas histórias da série Vôo Livre na revista Radar da editora Press de Franco de Rosa e Paulo Paiva.

Em 1987, se muda para São Paulo e é contratado pela Abril Jovem, onde fez capas para HQs da DC Comics: Super-Homem,Crise nas Infinitas Terras, Novos Titãs e da Marvel Comics: Capitão América, Heróis da TV Grandes Heróis Marvel e Marvel Especial, ilustrou histórias brasileiras de Mysty, personagem da Marvel criado por Trina Robbins, no Brasil, os roteiros forma escritos por Lúcia Nóbrega. Também colaborou com a revista adulta Aventura e Ficção, que a principio publicava histórias da Marvel e depois histórias da revista espanhola Cimoc e por fim, HQs brasileira, nela publicou a série Vôo Livre, desenhou HQs de He-Man das séries japonesas de tokusatsu como Jaspion e Changeman, novamente com Trapalhões e até mesmo o Pato Donald da Disney.

No final da década de 1980, foi agenciado pela Commu International, publicando nos mercados franco-belga e holandês.

Em 2001 ilustrou matérias para a revista Playboy, nesse mesmo ano publicou pela Opera Graphica, o álbum A Última Missão, um crossover de personagens criados por Eugênio Colonnese. Na Editora Escala, trabalho na revista "Como Fazer Passo a Passo - Curso Prático de Desenho", um manual de como desenhar mangá.

Em 2002, publica nas revistas Almanaque de Quadrinhos e Banzai – O Melhor do Mangá Brasileiro da Editora Escala, nessa última, novamente usando o estilo mangá, no mesmo ano, a Opera Graphica lança um álbum da série Paralelas, com histórias publicadas pela Grafipar e um álbum inédito, O lado escuro da alma. Em 2005, ilustrou Os Guerreiros das Dunas, uma HQ sobre a resistência de índios potiguaras contra invasores portugueses, roteirizada por Emanoel Amaral, um dos fundadores do GRUPEHQ com financiamento da Lei de Cultura Estadual de Rio Grande do Norte. Em 2006, publicou o álbum O último Vôo Livre pela editora MRD.

E 2009, ganhou o 25º Prêmio Angelo Agostini na categoria Mestre do quadrinho nacional.

Em 2011 desenhou a personagem Tina de Mauricio de Sousa no álbum MSP Novos 50 publicado pela Panini. Em 2013, publica na revista independente Mundo Paralelo.

Ilustrou a graphic novel "Cabeça Oca e os Elfos de Terra Ronca", publicada em 2014, com roteiros de Christie Queiroz e capa do italiano Andrea Freccero.

Em 2015, a Devir Livraria publica um álbum da série Paralelas, no mesmo ano, o autor é premiado pelo Troféu HQ Mix na categoria Grande Mestre dos Quadrinhos.