sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Os Heróis das 3 Copas - Nilton Santos - 1971


Com a vitória do Brasil e a conquista do tricampeonato na Copa do México de 1970, em 21 de maio de 1971 o periódico carioca O Jornal iniciou a série Os Heróis das 3 Copas. O primeiro atleta focado foi Nilton Santos (Rio de Janeiro, 16 de maio de 1925 — Rio de Janeiro, 27 de novembro de 2013), jogador que integrou a seleção brasileira nos campeonatos mundiais de 1950, 1954, 1958 e 1962, tendo sido bicampeão nas duas últimas.
As tiras eram apresentadas em destaque na Caderno de Esportes, ocupando as 6 colunas da página.

A história e os desenhos ficaram a cargo do desenhista Francisco Ferreira Sampaio e durante praticamente dois meses, até 3 de julho daquele mesmo ano, contaram toda a carreira do jogador até o seu abandono dos campos de futebol.


Para saber mais sobre Sampaio clique aqui.


sexta-feira, 17 de setembro de 2021

Entrevista - Paulo Yokota - 2021

Paulo T Yokota foi um dos mais produtivos autores de quadrinhos no Brasil durante as décadas de 1980/1990, leia a seguir uma entrevista com o quadrinhista, realizada por meio digital em setembro de 2021. 

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Luigi Rocco: Qual seu nome completo, local e data de nascimento?

Paulo Yokota: Paulo Tomomassa Yokota. Nasci em Suzano - SP no dia 18/04/1958
 
LR: Como você começou a se interessar por quadrinhos? O que costumava ler na infância?

Paulo Yokota: Na infância sempre me interessei por desenhos como toda criança. O diferencial é que meus irmãos liam muito "mangá"; eu não sabia ler japonês, mas ficava encantado de ver esses quadrinhos. Por outro lado, lia os gibis da Disney, editados pela Abril, Pato Donald, Zé Carioca, Mickey, Tio Patinhas, Almanaque Disney, Clássicos Disney, ...que meus irmãos compravam. 
 
LR: Qual sua primeira publicação? Fale um pouco da Agraf (Associação dos Artistas Gráficos e Fotógrafos da Imprensa - SP) e daquela edição lançada por ela, a revista Quadrinhos.
Revista Quadrinhos, Agraf, 1980.
 
Paulo Yokota: Pois é, a primeira publicação é a que fiz parte da revista editada no final do 2º curso de quadrinhos da AGRAF, 1980, ministrado por Fábio Mestriner e Edson Kosminski. Foi uma experiência muito proveitosa para conhecer um pouco da área editorial, além de conhecer pessoas vindas de diversas áreas mas que tinham em comum gostarem de quadrinhos.
 
LR: Qual você considera a sua primeira publicação profissional?

Paulo Yokota: São as tiras publicadas no jornal Notícias Populares e no Jornal regional de Mogi das Cruzes, o Diário de Mogi, onde recebia pelas publicações, pouco, mas recebia.
Cinthia, para saber mais clique aqui.
 
LR: Fale um pouco das suas tiras Notícias Populares. Como era a sua relação com o jornal?

Paulo Yokota: Após terminar o curso da AGRAF arrisquei  me aventurar a apresentar umas tiras da Cinthia que fazia. Levei para o Notícias Populares (NP) e o editor resolveu publicar. Meu contato com o jornal era ir lá e entregar as tiras que desenhava em casa. Tempo depois, levei essas tiras para a Folha da Tarde que fazia  parte do grupo Folha juntamente com o NP, Folha de São Paulo e outros jornais, e que a redação ficava no mesmo prédio. Consegui publicar. Mas, depois, o editor do NP me perguntou se não tinha outro personagem para publicar, já que a mesma personagem saía em dois jornais do mesmo grupo. Foi aí que coloquei meu projeto de outros desenhos que tinha em mente para publicar: Quiodies.

Quiodies, para saber mais clique aqui.

LR: As tiras do NP são as mesmas que você publicava na revista Historieta de Oscar Kern?

Paulo Yokota: Sim, são as mesmas, tanto as de Cinthia e Quiodies.
 
LR: Fale um pouco sobre a sua passagem por editoras como a Sampa.

Paulo Yokota: Antes de passar pela Nova Sampa, assim era o nome dela na época, publiquei pela Press Editorial. Como fui parar na Press é o seguinte: o Worney lia minhas tiras no NP e me ligou para passar lá na Press para mostrar meus desenhos. Lá conheci o Franco, o saudoso Paulo Paiva, o Gualberto, enfim, onde acabei entrando em contato com profissionais da área, como por exemplo o Ataíde. E através dele publiquei na Nova Sampa, mas pouco material. 
 
LR: Como era a sua relação com os profissionais dessas editoras?

Paulo Yokota: O pessoal é muito legal, gente boa, sempre me trataram bem, e procurei retribuir da mesma forma. Como passava nas editoras para pegar material para desenhar e entregar o trabalho feito, era muito difícil encontrar outros desenhistas. 
 
LR: Nessas histórias você usava alguns pseudônimos, quais eram?
 
Paulo Yokota: Sim. Quagiro.  
 
LR: Fale um pouco sobre a aventura em quadrinhos de Bruce Lee da qual você participou.

Paulo Yokota: Essa do Bruce Lee só fiz a arte final, os desenhos eram do Gilberto Camargo.
 
 
Bruce Lee, o ídolo que a Máfia não Conquistou. Gilberto Camargo e Paulo Yokota. Editora Nova Sampa. 1991.
 
LR: O que anda fazendo ultimamente. Ainda desenha?

Paulo Yokota: Nos últimos  trabalhos que fiz vinha me dedicando a criar joguinhos infantis, tipo figuras para colorir, labirintos, figuras para montar etc. Tenho desenhado muito pouco, mas acompanhando na medida do possível o mundo das HQs. Atualmente sou funcionário público e trabalho na área administrativa numa fundação do Estado de São Paulo que fabrica medicamentos, isso depois de uma breve passagem como trabalhador dekassegui no Japão, quando retornei em 2001.

Um abraço do Paulo Yokota

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

A Turma do Ferro Velho - 1975

 

Criada em 1975 para o Suplemento Quadrinhos da Folha de S. Paulo, A Turma do Ferro Velho foi concebida por Rogéria.

Com um traço maduro e esplendidamente bem estilizado, a série girava em torno de personagens como Sucata, Ferrinho e Ferrugem. Indivíduos que viviam à margem da sociedade mas que pensavam e filosofavam com bastante propriedade.

As histórias duraram até 1976. Nada se sabe sobre Rogéria, a não ser que, provavelmente, abandonou as histórias em quadrinhos.

sexta-feira, 3 de setembro de 2021

Turma do Jotinha - 2002

Esta série, livremente batizada como A Turma do Jotinha, foi elaborada por Mário Candia em 2002 para as páginas do suplemento infantil de mesmo nome do Jornal de Jundiaí (SP) e contava as aventuras escolares de um grupo de adolescentes.

Mário Rafael de Candia destacou-se por ser um dos criadores do super-herói Visg e do Homem Microscópico.

Em recente lançamento da editora Criativo, o álbum Visg, encontramos a seguinte biografia de Candia:

"Mário Rafael de Candia nasceu em 07 de setembro de 1936, em São Paulo (SP). Após cursar o Senai de Artes Gráficas, iniciou sua carreira na editora Outubro, onde foi chefe de produção e chegou a desenhar o Capitão 7. Em 1968 criou o super-herói VISG, que teve um único número publicado pela editora Jotaesse, hoje raríssimo item de colecionador. Um ano antes criou o personagem Homem Microscópico, lançado pela própria editora (Candia) e que durou dois números, igualmente raros. Após essa rápida passagem pelos quadrinhos, migrou para a ilustração publicitária onde atuou por décadas. Trabalhou na editora Abril/Listel, onde foi capista e ilustrador das Listas Telefônicas.

Depois, mudou-se para Campo Limpo Paulista, onde foi ilustrador do Jornal de Jundiaí por 18 anos, e abriu uma escola de desenho para crianças e adolescentes que chegou a ter 450 alunos.

Hoje, aos 84 anos, é presidente da Associação dos Aposentados e Pensionistas de Campo Limpo Paulista, e vive numa sossegada chácara na mesma cidade, cercado de bichos, da família e de muito verde".

Contatos: carlacandia@uol.com.br

Mário Candia faleceu em 27 de março de 2022 aos 85 anos.

Abaixo, imagens do Homem Microscópico.

 

Para saber mais sobre o Homem Microscópico clique aqui.