sexta-feira, 15 de março de 2024

Zé Sujinho - 1970

Criado por Michele Iacocca (lê-se Miquéle) em dezembro de 1970, embora as primeiras histórias não fossem assinadas, para a revista O Carreteiro, Zé Sujinho (hoje chamado de Zé Carreteiro) é um motorista de caminhão mascote da publicação. Apresentado em divertidas páginas de quadrinhos, Zé Sujinho comentava as dificuldades e agruras da profissão, sempre com bom humor e criatividade.

No começo de sua trajetória Zé Sujinho se vestia de maneira desleixada, bebia e fumava. Com o tempo largou o cigarro, deixou de aparecer nas histórias bebendo e passou a se vestir melhor. Era sempre auxiliado por seu ajudante Jesuíno.

O Carreteiro fazia parte do núcleo de revistas técnicas da editora Abril, junto com outros títulos como a revista Plástico e a Química e Derivados, distribuídas gratuitamente aos interessados dos vários setores. No início dos anos 1980 a Abril se desfez de todos esses títulos, que passaram a ser editados por outras empresas. No caso de O Carreteiro a publicação seguiu pela G. G. Editora de Publicações Técnicas Ltda.

A G.G. continuou com o Zé Sujinho que tem mais de 40 anos de publicação contínua e chegou a ter uma publicação própria pela Abril com o título 1º Almanaque com as Melhores Histórias do Zé Sujinho.

Sobre Michele:

"Michele Iacocca é escritor, ilustrador, tradutor e roteirista. Considerado um dos principais e mais premiados autores e ilustradores do Brasil, Michele conta com mais de 150 livros publicados. 

Michele Iacocca nasceu na Itália e foi lá que deu início aos estudos de literatura clássica. Sempre se sentiu atraído por qualquer manifestação de arte, como cinema, teatro, literatura, desenho, pintura etc. Bem como pelo humor em geral.

Por volta dos vinte anos, depois de rodar um pouco pela Europa, decidiu conhecer o outro lado do mundo e acabou vindo para o Brasil. Chegando aqui, retomou seus estudos em artes plásticas na FAAP.

Durante alguns anos trabalhou em agências de publicidade e na editora Abril, sempre no departamento de arte.

Em 1973, publicou seu primeiro livro, chamado Eva (Ed. Massao Ono), premiado pela crítica e publicado também na Europa. Continuou durante muitos anos publicando charges, cartuns, tiras e ilustrações nos principais jornais e revistas do país, como Intervalo, O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, Veja, IstoÉ, Exame, Quatro Rodas, Playboy, Status, Versus, Ovelha Negra etc. E durante alguns anos fez o humor da última página da revista e das agendas Exame. Desenhou capas para a revista Veja, Vejinha, revistas técnicas e criou capas de livros para várias editoras. Fez trabalhos como freelancer para a GGK, DPZ, Lage e Magy, e participou da criação e dos desenhos da campanha de lançamento do fascículo “Como funciona” da editora Abril. Fez também calendários para a livraria Cultura.

Ainda fez o livro “Vacamundi” para a Merck e ganhou, com ele, o premio “Talento” do Clube de Criação. E o livro “Capitu e outras Evas” editado pela Melhoramentos, ganhou o prêmio HQ Mix. Ganhou várias vezes o prêmio Abril de ilustração e vinheta para a revista Quatro Rodas.

Criou personagens e histórias em quadrinhos para empresas como Albarus (Ourição), Eternit (Pituca), Chiclete Ploc (Angelina), Sandvik (Sandvikinho), Revista o Carreteiro (Zé Sujinho), Revista Oficina (Abílio).

E atualmente é o pai dos personagens “Bilu e Tetéia” do jornal para o sistema estadual de bibliotecas publicas “Espalha Fatos”.

Participou do projeto gráfico e fez as ilustrações do projeto “Raízes e Asas” junto com a Maria Alice Setubal e Marta Grosbaum pelo CENPEC.

Participou também do projeto “Amigos da escola” pela TV Globo e “Ofício do professor” pela fundação Victor Civita.

Nos anos 80 começou a ilustrar e escrever para crianças e adolescentes. Ilustrou livros dos mais importantes autores e também livros didáticos para grandes editoras.

Como autor tem livros publicados pelas editoras: Ática, Saraiva, Melhoramentos, Moderna, FTD, Positivo, Mercurio Jovem, SM, Global e Tribos. Entre autoria, co-autoria e ilustração, contabiliza mais de 200 livros publicados. Ganhou o pêmio, APCA de autor, ilustrador e tradutor com os livros: “O que fazer?”, “O Barulho da Chuva”, “O Diário Escondido da Serafina” e pelas traduções de Umberto Eco e Gianni Rodari e o original do Pinóquio de Carlo Collodi.

O livro “O que fazer?” também ganhou o prêmio “Altamente Recomendável” da FNLIJ e entrou na lista da própria FNLIJ dos 100 melhores livros infanto-juvenis de todos os tempos.

A “Galinha e a Sombra” também ganhou o prêmio “Altamente Recomendável” da FNLIJ.

Em 2006, publicou o livro sem palavras “As aventuras de Bambolina”, pela Ática. O livro, grande sucesso entre os pequenos leitores, recebeu o prêmio “Altamente recomendável” da FNLIJ e, adaptado para o teatro, recebeu o prêmio Mirian Muniz e 12 indicações ao prêmio Coca-cola, além da cotação máxima de todas as críticas.

Em 2008, veio “Rabisco — um cachorro perfeito”  também premiado pela FNLIJ (Altamente recomendável e Prêmio Luís Jardim — O Melhor Livro de Imagem da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil de 2009). Entrou na Lista de Honra do International Board on Books for Young People (IBBY), prêmio recebido em Santiago de Compostela. Este livro também virou peça de teatro e, assim como a Bambolina, ganhou o FUNARTE Mirian Muniz e 10 indicações ao premio Coca-Cola  e Alfa Criança para a montagem, e 4 indicações ao Prêmio FEMSA (ganhador do prêmio de melhor adaptação).

No ano seguinte, lançou um divertidíssimo livro de poemas para crianças: Vocês pensam que é fácil?

Em 2010 foi um dos convidados da FLIP.

Em 2012 publicou o livro “Nerina – A Ovelha Negra“. Este livro também ganhou 6 indicações ao Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem 2017 (melhor espetáculo, adaptação, direção, atriz, trilha e sustentabilidade).

Vencedor do 6º Prêmio Aplauso Brasil – Melhor Espetáculo Infantil pelo Júri Técnico

Indicada ao Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem 2017 na categoria melhor atriz (Bia Rezende)

APCA 2017 para Fernanda Maia pela Direção Musical e para Marisa Bentivegna pela Iluminação

Premiado com o ProAC de montagem infantil e Alfa Criança.

Recomendado pelo crítico Dib Carneiro Neto (Revista Crescer e site Pecinha é a Vovozinha), Guia do Estadão, Revista da Folha e Rede Globo.

Em 2016 a Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil – FNLIJ – selecionou o livro “A Bola” para o Acervo Básico FNLIJ.

Ainda no ano de 2016, foi finalista do prêmio Jabuti com o livro “Soltando o Som”.

Michele ainda tem livros de poesia para crianças, como “Céu Na Calçada” e “Verlendas”. Livros de aventuras como “O Invencível Antônio e Seu Cavalinho de Pau”, “A Nuvem que Não Queria Chover”, entre outros".

sexta-feira, 1 de março de 2024

Holda - 1993

Aproveitando a onda de misticismo e a moda dos gnomos ocorrida entre o final da década de 1980 e o início da de 1990, Heloísa Galves criou todo um universo de seres elementais como bruxas, sereias e duendes partir de 1989. 

Produzindo bonecos e toda sorte de produtos, criou também uma série de tiras da bruxinha Holda, carro chefe de todo esse mundo mágico, que foram publicadas em revistas e jornais, tudo sob a marca Alemdalenda.

Heloísa trabalhou em parceria com vários ilustradores, entre eles Alexandre Rampazo.

Heloísa Galves é autora e ilustradora de livros infantis e ocultismo pela Melhoramentos, Global, Abril Jovem, Maltese, Outras Palavras e Alemdalenda Editorial. É também consultora editorial da Editora Gaia.