sexta-feira, 25 de março de 2022

Chico Duco - 1974

Chico Duco, personagem produzido pelo animador Guy Lebrun para promover a linha de tintas automotivas da Polidura, empresa criada em 1940 para a produção de vernizes e que com o tempo foi incluindo outros tipos de revestimentos à sua produção. 

Recém adquirida pela Dupont, a tira investia justamente no segmento de tintas automotivas com o personagem, pintor de carros. Veiculada na revista Placar e dirigida basicamente ao público masculino, alvo da publicação.



 

Para saber mais sobre Guy Lebrun clique aqui e aqui.

sexta-feira, 18 de março de 2022

Mundo Cão - 1974

Em 1974, já transferido para o jornal Notícias Populares, Domingo Hugo Pace criou a coluna de humor Mundo Cão. Aparecendo em destaque na primeira página do jornal a seção repetia o formato do antigo espaço de Pace em A Gazeta, A Objetiva Maluca.

Mesclando desenhos com fotos de garotas em roupas íntimas, buscando atrair o público masculino, o destaque da coluna era um cachorro com corpo humano que contracenava com fotos de mulheres recortadas.

Aspirantes a famosas, modelos e atrizes, nenhuma escapava à sanha lasciva e aos assédios do Mundo Cão.

Acima, Mundo Cão pela editora Kultus.

Mundo Cão teve título próprio pela editora Kultus com ao menos quatro números publicados.

Para saber mais sobre Pace clique aqui e aqui.

sexta-feira, 11 de março de 2022

O Jaguar - 1969

Em 1969 o cartunista Pace (Domingo Hugo Pace) mantinha no jornal A Gazeta (SP) uma coluna de humor chamada Objetiva Maluca. Na seção começou a aparecer O Jaguar, um personagem felino desenhado que contracenava com fotos de garotas seminuas. Com um tipo de humor de gosto bastante duvidoso para nossos tempos, o objetivo parecia ser apenas o de apresentar mulheres com pouca roupa, com piadas voltadas ao público masculino.

Nesse mesmo ano O Jaguar ganhou título próprio lançado pelo editora Melodias.


Homem de imprensa, Pace já atuava desde a década de 1950, como podemos ver na ilustração publicitária abaixo para a Folha da Tarde em 1955.

Para conhecer outros trabalhos de Pace clique aqui.


sexta-feira, 4 de março de 2022

Niquinho - 1965

Niquinho, de Mauricio de Sousa, surgiu em 1965 no livro A Caixa da Bondade, da editora FTD. Esse livro fazia parte de uma série de três, os outros são: Astronauta e Piteco, e foram lançados por ocasião da Feira do Livro daquele ano. A encomenda foi feita de última hora e Mauricio não teria tempo de produzir três livros de histórias em quadrinhos, então, optou pelo modelo de livros ilustrados.

Niquinho não fazia parte do cardápio de personagens do autor e foi criado exclusivamente para a obra.

Nessa história em particular, o traço diferia bastante daquele adotado por Mauricio e, segundo ele, foi inspirado nas criações da UPA (United Productions of America), produtora responsável pelas animações de Mister Magoo e Gerald McBoing-Boing.

                                                    Acima, o Niquinho original de 1965.

Em abril de 1968 Niquinho ganhou a sua série de tiras diárias, estreando no jornal A Gazeta (SP). O personagem perdurou até aproximadamente 1971, ultrapassando o número de 900 tiras produzidas. Nas tiras, Niquinho ganhou um traço bem diferente daquele original, adaptando-se ao que era feito na linha de produção da MSP.

Niquinho era uma criança extremamente bondosa, praticamente um contraponto ao Nico Demo e, às vezes, punha em risco sua própria vida para auxiliar os outros.


Mauricio de Sousa explica assim o seu personagem: "É a antítese do Nico Demo. Bonzinho, angelical, ingênuo, inocente até as últimas consequências. Ele faz bondades num mundo de maldades... Sofre pelo caminho, mas no final, de uma forma ou outra, é recompensado. Criado em 1965".