sexta-feira, 14 de março de 2025

Al'Hanat - 2014

Yuri Al’Hanati - (1986): Yuri publicou entre 2014 e 2017 uma tira diária com tintas biográficas e sem título no jornal Gazeta do Povo. Foi convidado para fazer o trabalho quando estava em viagem pelo continente europeu. Sobre a experiência, apresenta o seguinte depoimento:

“Lembro que liguei para o Benett em busca de algum tipo de conselho profissional ou benção, e ele apenas me disse que o importante era que eu me divertisse. Levei esse conselho como uma máxima pelos três anos que trabalhei como cartunista, até a Gazeta extinguir o espaço junto com a versão impressa do jornal. Não posso negar que em algumas semanas o trabalho foi trabalho. Mas, na maior parte do tempo, o dia que eu separava para fazer as tirinhas da semana era um dia de diversão. Fui feliz, se não me engano. Já os leitores da Gazeta não pouparam ofensas e críticas ao meu traço mal feito e ao meu senso de humor esquisito. Mesmo assim, em nenhum momento o jornal interferiu no meu trabalho, nem o censurou de qualquer forma. Acho que isso tende a ser uma raridade nos grandes veículos de comunicação”.*

*Narrativas gráficas curitibanas / José Aguiar - Curitiba, PR - Secretaria da Comunicação Social e da Cultura: Biblioteca Pública do Paraná, 2019.

Yuri Al'Hanati nasceu em Angra dos Reis (RJ), em 1986, e reside em Curitiba desde 2004. Formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), é cronista e crítico literário. Fundou, em 2010, o Livrada!, plataforma multimídia voltada à literatura, e mantém uma coluna semanal desde 2015 no portal A Escotilha. É o autor do livro de crônicas Bula para uma vida inadequada (2019) e participou da antologia Fake Fiction: contos sobre um Brasil onde tudo pode ser verdade (2020).

sexta-feira, 7 de março de 2025

Chester Cheetah - 1994

Publicadas no tabloide promocional Clube Chee-tos Teens, as tiras de Chester Cheetah aproveitavam o carisma da mascote dos salgadinhos para promover os produtos da Pepsico Foods International/Elma Chips.

Elaborado pela Editora Duna Comunicações, o jornalzinho trimestral trazia, além dos quadrinhos, matérias sobre música e outros assuntos voltados ao público adolescente. A publicação teve pelo menos sete edições.

As aventuras de Chester não apresentavam créditos, mas podemos reconhecer em muitas delas os traços do desenhista Paulo José e de Altino Lobo, que nesse período produziam também o jornal jovem Kidnews.

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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Boitatá e os farrapos - 1984

Publicada no início dos anos 1980, Boitatá e os farrapos foi criada pelo cartunista Sérgio Miguel (Sérgio Miguel Castro da Rocha) e publicada no jornal Folha da Tarde, de Porto Alegre (RS).

Contava as aventuras do coronel Boitatá e seus amigos: o indígena Pamonha, o guri Telesforo e o amante das bebidas alcoólicas Bagana, durante a Revolução Farroupilha (1835-1845), sempre com bom humor e aproveitando muito bem os fatos históricos. As tiras foram reunidas em livro em 1985 pela editora Pallotti.

Sérgio Miguel foi muito atuante nos quadrinhos durante as décadas de 1970 e 1980. 

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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Romeu, o descasado - 1987

Romeu, o descasado, faz de tudo para ser feliz, depois da falência de um casamento modelo. "Frequenta academias de musculação: compra roupas novas; procura outra namorada: tenta reatar com a ex-companheira; embriaga-se; perde todo o dinheiro; vai, ansioso, tentar diálogo com os filhos.

Romeu estreou nas páginas de O Estado de São Paulo em setembro de 1987 e foi publicado em diversos outros jornais por meio da Agência Funarte.

Seu autor, Maringoni, "se inspirava nas histórias contadas por parentes e amigos. Histórias cada vez mais longas... E cada vez mais tragicômicas. Daí que a história do pobre Romeu continha um pouco de cada um de nós, diante de algumas situações".

Gilberto Maringoni de Oliveira (1958), nasceu em Bauru, SP, e mantém um escritório de produção gráfica. Teve intensa atuação como cartunista, chargista e autor de histórias em quadrinhos na imprensa brasileira e internacional. Colaborou com as seguintes publicações: Veja, Isto é, Carta Capital, República, Folha de S. Paulo, Jornal da Tarde, Gazeta Mercantil, Zero Hora (RS), Jornal do Brasil, O Estado de Minas, Jornal do Commércio (PE), Hoje em Dia (MG), Movimento, Fluide Glacial (França), Seleções BD (Portugal), Punto Final (Chile), Question (Venezuela), Orme (Itália), além de um sem número de publicações da imprensa sindical, comunitária e empresarial. Foi, além disso, chargista político de O Estado de S. Paulo, entre 1989 e 1996. Como quadrinhista, publicou trabalhos no Brasil, Chile, Venezuela, França, Espanha, Portugal e Itália. Realizou inúmeras capas de livros, cartazes, projetos gráficos e ilustrações para imprensa.

Ex-fanático por quadrinhos norte-americanos, Maringoni trocou a arquitetura pelo desenho, depois de tentar ser escritor. Foi diretor da Associação dos Quadrinhistas e Caricaturistas de São Paulo e chegou a redigir um projeto de lei para regulamentar a publicação de quadrinhos estrangeiros no Brasil.

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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

Salmonellas - 2015

Mais uma das várias séries do cartunista Benett para a Gazeta do Povo, de Curitiba (PR), Salmonellas não tinha personagens fixos, mas trazia o humor afiado e divertido do autor e foi publicada em 2015.

Benett, em 1995, já frequentava as páginas da Gazeta do Povo, como podemos ver no trabalho acima.

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sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

Punkadinha - 2005

As aventuras de um garoto punk, Punkadinha foi publicado a partir do início dos anos 2000 no Gaz+, suplemento juvenil da Gazeta do Povo, de Curitiba - PR. Definido por seu autor, o cartunista Benett, dessa maneira: “Um punk dos dias de hoje, com maquiagem na cara, mas que não ouve Good Charlotte, apesar de ter uma tara incrível pela Avril Lavigne”. 

Sobre Benett (1974): Chargista do jornal Folha de S.Paulo e vencedor do Salão de Humor de Piracicaba na categoria Tiras em Quadrinhos, Benett editou a revista Zongo Cômiques (2006), edição única que reuniu suas tiras, além de textos e trabalhos de outros cartunistas do país. 

Entre 1995 e 2017, publicou charges e diversas séries de tiras diárias na Gazeta do Povo. Entre elas, Salmonelas e Benett-o-matic, na qual o personagem principal era o próprio autor falando das coisas de sua vida. Esse material foi reunido na antologia Benett apavora! — Tiras infames e desenhos encardidos para toda família disfuncional (2007).

Outra série que teve um volume impresso foi Amok — Cabeça, tronco e membros (2013), sobre um jovem psicopata que faz brincadeiras mortais com seus “amiguinhos”.

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sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

Rolmops & Catchup - 1987

Rolmops & Catchup são dois mendigos vistos sempre juntos a uma fogueira ou acorrentados numa parede, discorrendo sobre o cotidiano e a política.

Criados pelo cartunista Pancho, começaram a aparecer em 1987 no Correio de Notícias (PR).

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Sobre o autor: Francisco Camargo (1946), ou simplesmente Pancho, apelido de infância, já publicava charges em 1963, na sucursal curitibana do jornal Última Hora — Edição Paraná, onde ingressou como contínuo. Em 1967, desenhou três gibis de distribuição gratuita patrocinados por uma tradicional marca de café — o Café Alvorada. Escritos pelo então radialista Maurício Fruet, que viria a se tornar prefeito de Curitiba, os gibis abordavam a cada edição um time diferente: Clube Atlético Paranaense, Coritiba FC e Clube Atlético Ferroviário, mas a série só durou três números.

No ano seguinte, 1968, foi contratado como repórter no jornal O Estado do Paraná, em que se tornou o seu primeiro chargista. 

Permaneceu até 1987, quando foi para o Correio de Notícias, tornando-se chefe de redação e, além de colaborar com a Tribuna do Paraná, continuou realizando charges e começou a criar as tiras de Rolmops & Catchup.

Mudou para a Gazeta do Povo em 1993, onde suas tiras se tornaram diárias. A série teve uma interrupção em 2010, retornando no ano seguinte e se mantendo até 2017, parando somente quando a versão diária e impressa da Gazeta foi cancelada.

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