sexta-feira, 26 de julho de 2024

P.I.B. - 1986

Criado pelo cartunista Ruy Jobim Neto, com a colaboração de Luiz Ibiúna, o P.I.B. (Pseudo-Intelectual Babaca) faz uma crítica feroz ao ambiente universitário e toda a afetação encontrada em alguns elementos do meio estudantil.

Com seu rosto quadrado e toda a sua fragilidade emocional, P.I.B. foi bastante veiculado na imprensa universitária nos anos 1985/1986, aparecendo nas revistas Brigitte (FAU-USP), Agaquê (ECA-USP) e no Jornal do Campus (USP-SP).

As teorias e opiniões do P.I.B. frequentemente se pautavam na leitura de um único jornal da grande imprensa e pelos articulistas do momento.

Para saber mais sobre Ruy, clique aqui.

sexta-feira, 19 de julho de 2024

Jarbas - 1989

Jarbas, um velho e bom cão de guarda entediado com o mundo dos humanos. E não é por ser cão que Jarbas deixa de fazer sua leitura do mundo: “Os humanos não são lá tão perfeitos assim para serem considerados os melhores amigos do cão. É muita presunção a deles”.

Jarbas surgiu em 1989 quando seu autor, o cartunista Ruy Jobim Neto, estava terminando o Curso de Cinema pela ECA-USP. Quatro anos depois, em 1993, o personagem apareceu nas páginas de jornal, em suas primeiras tiras. 

Depois, já na editora Bentivegna, Jarbas chegou a todo o Brasil, em 1996, pela revista “Brincadeiras do Jarbas” com passatempos e tiras. Em 2002 a série é reunida em um livro de tiras, a coletânea “Na Tigela com Jarbas”, da mesma editora.

Com o personagem contracenam: Jorge, o pai da família, que gosta de levá-lo para pescarias.

Edna, a mãe, travando disputas musicais com Nikka, o canário fanático por ópera e Pavarotti. 

Francis, o gato, totalmente apaixonado por Juliana, sua dona e única adolescente da família, que se encontra entre as decisões de emprego, de vocação e de namorados!

E Júnior, o tutor direto do Jarbas, apaixonado por Bianca, toda cheia das coisas. Não fosse Jarbas ter interceptado cartas (medonhas) do Júnior para a menina e tê-las reescrito para afinal entregá-las, os dois não estariam juntos!

Finalmente, o vizinho Lúcio, o buldogue, a criatura que tem um neurônio dormindo e outro de férias, o verdadeiro contraponto de Jarbas.

Em 2006 Jarbas participou como mascote de uma campanha em escala mundial para doação de livros às bibliotecas do Timor-Leste.

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Sobre o autor: "Ruy Jobim Neto (Canoas, 22 de julho de 1965) começou sua trajetória em fins da década de 1970 como cartunista colaborando com tiras cômicas e passatempos para suplementos infantis de jornais como "O Paraná" (de Cascavel, PR) e "A Tribuna" (Santos, SP). Publicou seus quadrinhos pela primeira vez na revista "Painel", de José Vicente Tezza, em Foz do Iguaçu (PR) em maio de 1976.

Forma-se em Cinema pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo em 1989, ano em que criou o Cão Jarbas, personagem que iria ter uma carreira própria com livros ("Na Tigela com Jarbas", de 2002) e revistas bimestrais ("Brincadeiras do Jarbas", lançadas em novembro de 1996), com passatempos e tiras, com edições distribuídas nacionalmente pela DINAP, do Grupo Abril. A revista de passatempos completou 10 anos de bancas de revista em 2006.

Ainda na Faculdade, Ruy edita - com Ney Pereira da Silva e Mylene (Myla) Cyrino - a revista Agaquê, impressa em maio de 1986, com material de autores como Salvador Messina, Flávio Calazans e Spacca. De 1996 a 2000, ministrou aulas de Histórias em Quadrinhos em entidades como a Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, bem como as Oficinas Culturais Regionais da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo e Senac (em Santos, SP e Recife, PE). Foi também professor de Interpretação para Locução de Rádio, no Senac de Santos, SP, entre 1996 e 2000.

Em 2005 foram lançados, pela Editora Bentivegna, os quatro volumes da coleção "Heróis do Brasil", com os temas "Santos-Dumont", "Zumbi", "Guararapes" e "O Padre Voador". Em 2007, com o cartunista Sergio Morettini, a cantora Anfélica Chelist e o maestro Gerson Grünblatt, Ruy realizou o show sobre trivias cinematográficas e trilhas sonoras "Cinema Volume 1 - Lado A", no Villaggio Café, ainda no bairro do Bexiga, em São Paulo. O cartunista também escreveu crítica de Cinema e Vídeo para a extinta revista Cinemin, da EBAL (RJ) e para vários jornais ao mesmo tempo. Atualmente, escreve matérias diversas com certa regularidade para o site Bigorna, de Eloyr Pacheco e Humberto Yashima, onde tem coluna sobre Cinema de Animação.

Participou da edição de 2008 do Salão de Humor de Piracicaba como jurado de seleção de caricaturas, cartuns e charges. Neste mesmo ano, Ruy abandona definitivamente os quadrinhos, as tiras cômicas e o humor gráfico para se dedicar à escrita de textos teatrais e ao cinema".


Jonas começou a ser publicado em 1993 no jornal A Cidade de São Paulo com o nome de Nós... e Eles.

sexta-feira, 12 de julho de 2024

Bundha - 1986

Bundha estreou em maio de 1986 na revista universitária Brigitte (FAU-USP). O personagem era uma sátira às aventuras de caráter colonialista passadas no continente africano. Com um traço bastante peculiar, a figura do nosso herói era baseada nas tradicionais máscaras ritualísticas usadas nas cerimônias dos povos originários da África.

Bundha foi praticamente o trabalho de estreia do cartunista Newton Foot e, apesar de abusar dos trocadilhos e das frases de duplo sentido, teve um sucesso meteórico. Em agosto do mesmo ano teve suas primeiras aventuras publicadas em forma de tiras no Jornal do Campus (USP-SP) e ganhou revista própria pela Press Editorial com dois números lançados entre 1986 e 1987. Nas revistas Bundha ganhou, além de um filho, a companhia de elefante Tromba e de seu amigo Sunga.

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Newton Foot (1962, São Paulo, SP) estudou arquitetura na Universidade de São Paulo, onde conheceu Fábio Zimbres, com quem lançou a revista Brigitte em 1986. Um ano mais tarde ganhou o Troféu HQ Mix como roteirista nacional ao editar a revista Bundha.

Como roteirista fez parte da equipe de redatores do programa de TV infantil “TV Colosso” nos anos 1990. Fez diversos trabalhos para editoras de livros didáticos (Atica, Scipione, Moderna, AJS, Saraiva, Editora 34, Hedra, Escala Educacional, FTD) e para o mercado corporativo (Natura, HTH, Yazigi, Camicado, Animal Flower, União Cultural Brasil Estados Unidos e Blue Tree).

Foot foi também responsável pelos desenhos da tira Afagos Amargos, para conhecer clique aqui.


Revista Bundha nº 02, Press Editorial, 1987.

sexta-feira, 5 de julho de 2024

Dona Lice - 1995

Dona Lice, a professora caprichosa, irônica e um pouco atrapalhada, sempre às voltas com seus alunos de todos os tipos, com os problemas do sistema de ensino e até com a dupla jornada de trabalho.

Criada pelo ilustrador e cartunista Roberto Negreiros (1954-2023) em 1995 para a revista Nova Escola da Fundação Victor Civita, ligada ao grupo Abril.

Roberto Negreiros Faria Jr. ficou famoso pelo seu traço sofisticado e por sua imensa produção. Começou na década de 1970 em revistas como a Klik da editora EBAL em 1977, onde criou os personagens Balthazar e Herotydes e trabalhou para dezenas de veículos da nossa imprensa como as revistas Veja e Piauí e os jornais O Estado de São Paulo, o Jornal da Tarde e a Gazeta de Pinheiros, além de ilustrar centenas de livros, cartazes e anúncios publicitários.

Negreiros na revista Klik nº 06, Ebal, 1977.

sexta-feira, 28 de junho de 2024

Pacífico - 1974

O personagem Pacífico foi um dos selecionados no famoso concurso de tiras do Gibi Semanal (editora RGE) e publicado em abril 1975, embora nos créditos constasse apenas o nome do autor.

Criada por Sérgio Roberto Martins, e com piadas extremamente divertidas, a tira fazia um humor descompromissado com um traço bem divertido.

Pacífico já havia sido publicado no Diário do Povo (Campinas - SP) em julho de 1974.

sexta-feira, 21 de junho de 2024

Luzia - 2001

O cartunista Alberto Alpino Filho concebeu Luzia, uma garotinha pra lá de criativa, em 1997 quando passa a ilustrar cartilhas institucionais para a agência publicitária M&M, em Vitória (ES), baseada a foto de sua esposa, Luzia Caliman no jardim de infância. Faz vinte tiras e passa a oferecê-las ao maior jornal do Espírito Santo, o diário A Gazeta. Três anos mais tarde, a editora Silvana Holzmeister cancela a tira Garfield e cede o espaço à Luzia. No dia 21 de novembro de 2001, a tira estreava no Caderno Dois. 

Inicialmente Luzia tinha apenas a companhia de seu cão Fróid. Nas tiras seguintes surge a mãe, a colega Up, Oberto Cobroso e uma plêiade de personagens da novela “Corcel Black Escuro”.

Luzia participou também da revista "Bem + Q Tiras" (imagem acima) editada por Estevão Ribeiro e pela Gráfica A1 em 2003.

Para saber mais sobre Alpino clique aqui.

sexta-feira, 14 de junho de 2024

Vivaldo, o maratonista - 1984

Luscar (Luiz Carlos dos Santos, 1949-2022) sempre foi um grande criador de charges, cartuns e personagens de tiras. Feito para o jornal Quadra da Praia, que era distribuído gratuitamente na orla carioca, Vivaldo, o maratonista, procurava trazer esse clima de lazer e descontração das praias do Rio de Janeiro para as tiras de jornal, mas sempre de olho na crítica social e nos problemas da cidade. Quadra da Praia, sob responsabilidade de Valéria Lamego, Otávio L. Name e Vinícius M. da Luz,  circulou por alguns meses no ano de 1984.

Para saber mais sobre Luscar clique aqui e aqui.