sexta-feira, 26 de março de 2021

Kika - Jornal do Brasil - 1972

 

Ao tentar pegar sua bola, caída atrás do sofá, Kika, tal qual Alice, encontra o elefantinho Jaime, que lhe mostra uma porta secreta, passagem para uma floresta mágica, misto de País das Maravilhas e mundo encantado, cheia de animais falantes.

Criada pelo desenhista italiano Altan, nessa época vivendo em nosso país, a série, em suas primeiras pranchas, tinha o diferencial de apresentar sempre um quadro grande, onde os pequenos leitores do suplemento infantil Caderno I do Jornal do Brasil, deveriam complementar as falas dos personagens usando a própria imaginação.

A trama perdurou por várias semanas, até o ano de 1973.


Sobre Altan, o site Lambiek apresenta a seguinte biografia:

"Francesco Tullio-Altan (30 de setembro de 1942, Itália) - Altan é amplamente conhecido em seu país natal, a Itália, por seus quadrinhos satíricos sobre a vida moderna. Depois de estudar arquitetura e escrever roteiros para televisão e cinema, Altan mudou-se para o Brasil, onde sua carreira de quadrinhos decolou. Realizou seu primeiro quadrinho, Kika, no Jornal do Brasil, ao mesmo tempo em que fazia ilustrações para a Playboy italiana.

Em 1974, Altan voltou à Itália e participou da série Trino (publicada também na revista brasileira O Bicho a partir de 1975) na revista Linus. No ano seguinte, ele criou o cachorrinho Pimpa, que foi um sucesso imediato e é publicado no Corriere dei Piccoli. Também desenhou ilustrações políticas satíricas para o jornal L'Espresso. Ampliou suas atividades na revista Linus com Sandokan, Colombo (publicada no Brasil pela L&PM em 1989) e Ada. Enquanto ainda trabalhava na série Ada, Altan começou a fazer uma adaptação para o cinema dessa série.

sexta-feira, 19 de março de 2021

Joãozinho Bidu - Guia Astral - 1990

João Bidu é nome artístico de João Carlos de Almeida (Bauru, SP, 8 de novembro de 1947), um dos mais renomados astrólogos brasileiros, responsável pela edição das três revistas mais vendidas sobre o tema no país: a revista mensal Guia Astral, a Boa Sorte! e a Astral Dia-a-Dia, pela editora Alto Astral do qual é presidente.

Em 1990 João Bidu inseriu na revista Guia Astral, em forma de tiras, as aventuras em quadrinhos de seu alter ego criança, Joãozinho Bidu, o guruzinho.

Animado com os resultados e tentando atingir o público infantil, lançou por sua editora a revista em quadrinhos Astral da Turma, com aventuras longas de Joãozinho Bidu. Nelas, como nas tiras, Joãozinho contracenava com versões também crianças dos 12 signos do zodíaco. São eles: Ari, de áries; Rubão, de touro; Gê e Jê, os gêmeos; Marinho, de câncer; Léo, de leão; Virgínia, de virgem; Lino, de libra; Tito, de escorpião; Serginho, de sagitário; Kadu, de capricórnio; Pingo, de aquário e os Peixoto, de peixes.

Tanto as tiras quanto as revistas foram produzidas pelo estúdio Velpa, bastante produtivo na virada dos anos 1980 para os 1990. Dirigido por Paulo Teodoro Domingo e Walter bastos Ferreira, pelo estúdio passaram diversos nomes dos quadrinhos brasileiros como Rodrigo de Góes (1967–2018), Alexandre Nagado, M. Fátima e Ana Carolina nos roteiros e Aluir Amâncio, Marcello Arantes, Roberto Martins, Ricardo José da Silva, Milton Brandt, Léo Maya e Nelson Lima nos desenhos. Como boa parte desses profissionais era oriunda de outros estúdios de produção de quadrinhos como os estúdios de Mauricio de Sousa e da editora Abril, o material era de alta qualidade, tanto na produção infantil como na de aventuras. O estúdio realizou dezenas de histórias com os super-heróis live action japoneses como Jaspion, e uma versão infantil de Changeman, os Changekids, para as editoras Ebal e Abril.

A revista Astral da Turma durou apenas cinco edições. 

Agradecimentos ao amigo Franco de Rosa.

sexta-feira, 12 de março de 2021

Astrogino - Diário da Noite - 1959

Em agosto de 1959, para ilustrar a seção semanal Rádio e TV do Diário da Noite (SP), Abílio Corrêa criou Astrogino, um contador de vantagens que sempre maquiava seus fracassos com conversas de duplo sentido.

Astrogino, na verdade era muitíssimo parecido com outro personagem de Corrêa, o Zé Farol, a diferença básica era apenas o ambiente onde se passam as histórias. No caso de Astrogino, as mentiras ocorrem no mundo dos espetáculos: música, cinema e TV.

Abílio Corrêa foi citado no livro Shazam! de Álvaro Moya (editora Perspectiva, 1970, pag. 219) com o seguinte trecho: "Dick Peter, criação de Jeronimo Monteiro, sob o pseudônimo de Ronnie Wells, saiu em tiras diárias no Diário da Noite, de S. Paulo, desenhado por Abílio Corrêa, em 1947". Infelizmente essa afirmação não pôde ser comprovada.


Para saber mais sobre Corrêa clique aqui.

sexta-feira, 5 de março de 2021

Rojão - Correio Braziliense - 1967

Rojão, um garoto candango, ou seja, natural de Brasília, surgiu em outubro de 1967 nas páginas do Correio Braziliense. Acompanhado do indiozinho Tupiniquinho e das amigas Máyra e Bebel, entre outros.


As histórias eram bastante divertidas, embora os desenhos tenham ficado, com o passar do tempo, muito calcados nas figuras de Mauricio de Sousa, a ponto de numa longa sequencia com os personagens e Dr. Marquise haver a menção ao prêmio Yellow Kid, recebido por Mauricio no Festival de Lucca em 1971. Isso se explica pelo fato da autora Yarary (Yara Maura) ser irmã de Maurício (hoje sediada nos Estados Unidos, respondendo pela área internacional da Mauricio de Sousa Produções).


A série, a partir de 1970, ganhou o apoio do Curso Objetivo e perdurou até 1976. Passou também a fazer dupla com uma outra tira da mesma autora com nomes genéricos como Super COB, Turminha do Objetivo e finalmente apenas Objetivo e que apresentavam vários outros personagens, entre eles o fantasminha Finadinho, embora com o passar do tempo os traços tenham paulatinamente perdido muito em qualidade, se aproximando de simples rafes.


Curiosamente, em 1974, Rojão ganhou um gibi promocional em formatinho com 16 páginas dos produtos, da linha infantil de beleza e higiene Phebo, que faziam merchandising com os personagens da Turma da Mônica, esta publicação sim foi totalmente ilustrado pela equipe da Mauricio de Sousa Produções.