Rua Paraíso - A Tribuna - 1994

 

Todo mundo no olho na rua!

O cartunista Amorim nos dá a sua visão da Rua Paraíso:

Esta é uma rua como outra qualquer, perdida numa cidade qualquer, num país qualquer... Qualquer, não! Vocês sabem muito bem de qual rua estamos falando. Todos os dias caminhamos por ela e nem ao menos nos damos ao trabalho de saber seu nome. É sempre uma ruazinha escondida depois da esquina. Avenida Doutor Tal, rua Marechal Tal, travessa Engenheiro Tal, nenhuma delas é mais fácil de se encontrar do que a Rua Paraíso. Basta dar uma olhada para os lados (qualquer lado) que logo vocês acham. Virando a terceira rua à direita ou a segunda à esquerda, tanto faz, é só seguir em frente. O funcionário aposentado, o mendigo, o político, a fofoqueira, o guarda de trânsito e tantos outros moradores habitam esse pedaço de asfalto que, na verdade, não tem começo nem fim. Por isso o carteiro nunca entrega a correspondência!

Desde 1994 os moradores convivem diariamente com seus leitores vizinhos. 

Inicialmente publicada no jornal A Tribuna (Vitória-ES), com o tempo a Rua Paraíso teve sua extensão ampliada, atravessando vários bairros onde se localizam os  diários Jornal de Piracicaba (Piracicaba-SP), S.V. Jornal (São Vícente-SP), O Liberal (Americana-SP), Oeste Notícias (Pres.Prudente-SP), O Tatuiano (Tatuí-SP), Diocese Hoje (S.J. Rio Preto-SP), Jornal da Divisa (Ourinhos-SP), Diadema Jornal (Díadema-SP), Folha de José Bonifácío (J.Bonifácio-SP), Jornal de Catanduva (Catanduva-SP), Correio do Povo (Porto Alegre-RS),  Folha da Fronteira (S.Gabriel-RS), Diário da Manhã (Pelotas-RS), Jornal Alto Jacuí (Ibirubá-RS), Folha da Cidade (Caçapava do Sul-RS), O Univale (Portão-RS), Folha da Manhã (ljuí-RS), Tribuna Regional (Sto. Angelo-RS), O Eldorado (Eldorado do Sul-RS), Folha da Cidade (D. Pedrito-RS), A Cidade (Farroupilha-RS), Jornal Arroio do Sal (Arroio do Sal-RS), Folha do Pampa e a Gralha (Alegrete-RS), Jornal Serramar (Saquarerna-RJ), DC News (Caxias-RJ), Notícias Classitudo (N.Fríburgo-RJ), Folha Verde (Rio de Janeiro-RJ), Tribuna de Cianorte (Cianorte-PR), Folha de Colombo (Colombo-PR), Jornal Líder (Bandeirante-PR), Tribuna Platinense (Sto. Antônio da Platina-PR), Jornal da Manhã (Ponta Grossa-PR), Hoje em Dia (Belo Horizonte-MG), Jornal de Noticias (Montes Claros-MG), Polêmica (S.Lourenço-MG), Correio Braziliense (Brasília-DF), Correio do Estado (Campo Grande-MS), O Norte e Correio da Paraíba (João Pessoa-PB), Folha de Pernambuco (Recife-PE), O Imparcial (São Luis-MA), Jornal do Sol (Porto Seguro-BA), Nova Fronteira (Barreíras-BA), Província do Pará (Belém-PA), A Gazeta (Santarém-PA), Amazonas em Tempo (Manaus-AM), O Estadão e Domingo Popular (Porto Velho-RO) e Vilhetaço (Vilhena-RO). E a prefeitura ainda tem planos de duplicar a pista!

Se Adão e Eva foram expulsos do Paraíso, nesta Rua isso jamais aconteceria. 

Com seu desfile diário de doidos, malucos, neuróticos e desesperados, certamente ninguém repararia em mais um casalzinho pelado desfilando com uma serpente enrolada no pescoço... 

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Sobre o autor: ""Carlos Alberto da Costa Amorim nasceu no Rio de Janeiro em 1964 e começou a publicar seus trabalhos no semanário humorístico Pasquim, em 1984. De 1990 a 1997 trabalhou como chargista diário do Jornal dos Sports (Rio-RJ).

Atualmente produz e distribui charges editoriais, caricaturas, ilustrações e quadrinhos para dezenas de jornais do país, entre eles o Correio do Povo (Porto Alegre -R$), Diário do Vale (Volta Redonda- RJ) e Tribuna do Norte (Apucarana-PR), além de revistas, websites e agências de propaganda. Produziu textos humorísticos em 1994 e, em 2004, foi selecionado para fazer parte dos Plim-plins da Rede Globo de Televisão.

Seus trabalhos foram expostos e premiados em dezenas de eventos e participa regularmente de Salões e Exposições de Humor na França, Bélgica, Bulgária, Polônia, Portugal, México, Macedônia, Rússia, Turquia, Iran, Israel, Hungria, Itália, Cuba e Japão. Expôs individualmente no Museu Nacional de Belas Artes/1999 (Rio de Janeiro-Brasil).

Ilustrou diversos livros infantis e ministrou o Curso de Desenho de Humor no Senai/Artes Gráficas (1994 a 2002/ 2015) e no Senac Rio (2004)".

Vagn - Correio da Manhã - 1968

Durante algumas semanas em dezembro de 1968 o cartunista Vagn (Wagner Tadeu Horta) produziu tiras para o Correio da Manhã - RJ.

Sem título e apenas com  a assinatura do artista, os trabalhos tinham um tom de devaneio e falavam de assuntos ancestrais e deuses antigos.

Vagn tinha um traço sintético que seguia a linha de Saul Steinberg e faleceu precocemente aos 24 anos no dia 24/07/1970, vítima de um edema pulmonar.

Na revista Veja, nº 216, de 25/10/1972 encontramos a seguinte biografia:

"Vagn nasceu em Mariana (uma das mais antigas cidades de Minas), mas passou toda a infância em Caratinga — terra natal do também desenhista Ziraldo, a quem ele se ligaria, depois, no Rio. Do pai — um fiscal de rendas do Estado, inquieto, que se mudou com a mulher e os seis filhos ao longo de cinco cidades do interior — herdou o gosto pela aventura, pela procura de coisas novas, um certo inconformismo social. Da mãe (educada em colégio de freiras alemãs) trouxe a sensibilidade, que desde cedo se manifestou no interesse pela leitura e pela pintura. Antes de ir para o Rio, aos vinte anos, leu muito, desde Sartre até Guimarães Rosa, passando por Gorki e Kafka. O desenho de humor (só aparecido no Rio, sob o incentivo de Ziraldo) logo conquistou dois bons padrinhos, os jornalistas Paulo Francis e Reinaldo Jardim, que publicavam seus trabalhos na revista Diner's, no Jornal dos Sports e em O Sol. Depois, Vagn passou ao Jornal do Brasil (onde chegou a manter uma coluna nos sábados) e ao Correio da Manhã”.

Vagn participou do livro 10 em Humor, editora Expressão e Cultura, 1968.

 

Charge de Vagn no Correio da Manhã, 1968.

Vagn na revista Fairplay Especial, 1969.

Agradecimentos ao amigo João Antonio Buhrer.

Lindomar & Cia - A TRIBUNA - 1990

Incansável andarilho pela Paz, Lindomar caminha contra o vento, sem lenço e com documento, senão a polícia para. Protestando contra tudo e contra todos, bastando estar na moda. Desastres ecológicos, guerras, injustiças sociais, o que aparecer na frente ele sai chutando.

Ao lado de sua Madre Teresa de Calcutá, luta por um mundo melhor ou quem sabe, por um similar nacional.

A tira em quadrinhos LINDOMAR & cia estreou em 1990 no jornal A TRIBUNA (Vitoria - ES), sendo publicada de 1990 a 1994 nos seguintes jornais:

• CORREIO BRASILIENSE (Brasília - DF)
• DIÁRIO DE CUIABÁ (Cuiabá - MT)
• DIÁRIO DA SERRA (Campo Grande - MS)
• CORREIO DO ESTADO (Campo Grande – MS)
• A TRIBUNA (Vitória - ES)
• O NORTE (João Pessoa - PB)
• TRIBUNA DO POVO (Umuarama - PR)
• JORNAL DA CIDADE (Tubarão - SC)
• CIDADE & CULTURA (Uruguaiana – RS)
• JORNAL OPINIÃO (Caeté - MG)
• JORNAL DA DIVISA (Ourinhos - SP)
• DIÁRIO DA REGIÃO (S. José do Rio Preto - SP)

 

Sobre o autor:

Carlos Amorim nasceu no Rio de Janeiro e começou a publicar seus trabalhos no semanário humorístico Pasquim, em 1984. De 1990 a 1997 trabalhou como chargista diário do Jornal dos Sports (Rio de Janeiro - RJ). Atualmente produz e distribui charges editoriais, caricaturas, ilustrações e quadrinhos para dezenas de jornais do país, entre eles o Correio do Povo (Porto Alegre - RS), Diário do Vale (Volta Redonda - RJ) e Tribuna do Norte (Apucarana - PR), além de revistas, portais de notícias e agências de propaganda. Produziu textos humorísticos em 1994 e, em 2004, foi selecionado para fazer parte dos Plim-plins da Rede Globo de Televisão. É autor do livro de cartuns Canastra Suja (Editora Circo/1991).

Por sua relação de clientes já passaram empresas como a Petrobras, Banco do Brasil, Banco DaimierChrysler S.A, Embratel, Empresa de Correios e Telégrafos, IBM, White Martins, Laboratórios Abbott, Associação Brasileira de Imprensa, Editora Abril, Caminho Aéreo do Pão de Açúcar e Unimed-Rio.

Seus trabalhos foram expostos e premiados em dezenas de eventos, tais como o Salão Internacional de Humor/2004 (Teresina/Brasil), Prêmio Internacional de Humor Gráfico Peloduro/2004 (Minas - Uruguai), Ranan Lurie Cartoon Awards/2001 (New York - EUA), Turismovision/2001 (Stuttgart - Alemanha), Festival Acquaviva Nei Fumetti/1999 (Acquaviva Picena-Italia), International Cartoon Exhibition/1998 (Hokkaido - Japão), Bienal Internacional de Humor/1995 (Havana - Cuba) e participa regularmente de Salões e Exposições de Humor na França, Bélgica, Bulgária, Polônia, Portugal, México, Macedônia, Rússia, Turquia, Iran, Israel, Hungria, Itália, Cuba e Japão.

Expôs individualmente no Museu Nacional de Belas Artes/1999 (Rio de Janeiro - Brasil), no Museu do Ingá/1993 (Niterói - Brasil) e em 1997 participou como membro do Juri do III Biennial of International Cartoon Exhibition, na cidade de Teerã, no Iran. Em 2004 participou como membro do Juri (via Internet) do Obeid Zakani International Cartoon Contest (Tabriz - Iran). Em 2004 e 2007 foi convidado a participar do Rencontre Internationale du Dessin de Presse, como palestrante e expositor, na cidade de Carquefou, França. Em 2009 foi membro do Júri do 29° Nasreddin Hodja Cartoon Contest em Istambul, Turquia.

Ilustrou diversos livros infantis e ministrou de 1994 a 2002/2015 o Curso de Desenho de Humor no Senai/Artes Gráficas (Rio de Janeiro - Brasil). EM 2004 ministrou o Curso de Desenho de Humor e Quadrinhos no Senac Rio (Rio de Janeiro - Brasil).

Lindomar no Correio do Estado (MS), 1992, com distribuição da agência Pacatatu.

Agradecimentos ao cartunista Amorim pelas informações. Visite seu site aqui.

Essenfelder - O Pasquim - 1973

Um inseto com nome de marca de piano vivendo suas aventuras crítico-filosóficas ao lado de outros animais do bosque. Esse é basicamente o resumo de Essenfelder, a tira criada e magistralmente desenhada pelo premiado artista gráfico Miran.

Essenfelder estreou em O Pasquim no ano de 1973. Nesse mesmo ano passa a ser publicado diariamente nas páginas do Jornal do Brasil - RJ.

Essenfelder no Jornal do Brasil.

Sobre Miran, no livro Um Rapaz de Fino Traço (editora Casa de Ideias, 2ª edição, 1991), encontramos a seguinte biografia: 

"Oswaldo Miranda (Miran) é de Paranaguá/PR, tem 39 anos, Diretor de arte, ilustrador, Cartunista, Cartazista e Editor da conceituada revista “Gráfica”.

Membro do Clube de Criação de São Paulo, Sócio Fundador do Clube dos Diretores de Arte do Brasil, do Type Directors Club of New York e do Art Directors Club of New York, Miran conta com mais de 380 prêmios em artes gráficas, sendo 70% internacionais (incluindo no Brasil mais de 25 medalhas de ouro e 35 de prata no Clube de Criação de São Paulo). Recebeu Medalha de Prata na Bienal dg Buenos Aires 86/87 (Prêmio: Lápis de Prata) é foi o primeiro brasileiro a ser premiado na Bienal Internacional de BRNO, Tcheckoslováquia.

Foi também o primeiro designer brasileiro a ser premiado pelo “Type Club, CA Annual, A Decade of Type'91, Art Directors Club International Exhibition/New York e pelo Museu do Poster da Alemanha.

Como ilustrador, foi o primeiro e único brasileiro a ser premiado na Society of lustrators of New York. Seus cartuns foram publicados no Pasquim, Ovelha Negra, Folhetim, Zero Hora, Risco, Raposa e Jornal do Brasil (Inclusive com tiras diárias ao lado de Henfil). Em revistas, os cartuns foram publicados na Playboy e na revista Pardon (Alemanha). Expôs em Curitiba, Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, New York, Paris, Montreal, Frankfurt e Tokio.

Seus trabalhos de artes gráficas fazem pare do acervo de vários Museus do Brasil e exterior, entre eles no Cooper-Hewitt Museum (Museu do Design) N.Y. e do Museu do Congresso/Washington.

Livros: “Um Rapaz de Fino Traço” (1982). “Miran-Diseño” (1987) e "Miran, 20 Anos de Desenho Gráfico” (1988). Cartuns em conjunto com outros artistas foram publicados nos livros: “Antologia Brasileira de Humor” (L&PM), “O Novo Humor do Pasquim” (Codecri) e com os cartunistas paranaenses no “Pra mim chega” (Ed. Beija-Flor).

Como artista gráfico, Miran foi autor dos projetos gráficos de livros diversificados como “Palácio Avenida”, "Foz-Nossa Terra”, “McCann/Propaganda na América Latina”, "Cidades e Chuteiras”, o “Anuário Do Clube de Criação/SP" etc".