sexta-feira, 30 de julho de 2021

O Incrível Professor Pedro Pierre - 1965

Passada nos tempos coloniais, O Incrível Professor Pedro Pierre contava a história de como o personagem, com astúcia, inteligência e a ajuda do "elixir invisível", vencia um ataque de piratas à sua cidade.

Criada por Joel Linck (ou Link), um dos mais talentosos artistas a passar pelos estúdios de Mauricio de Sousa, ainda em seus primórdios, era editada/distribuída pela MSP e foi publicada semanalmente na Folhinha de S. Paulo em 1965.

Joel, ao deixar os estúdios de Mauricio passou a se dedicar à ilustração livros didáticos para editoras como Saraiva e Companhia Editora Nacional.

Abaixo, quadrinhos de Linck para o livro English Today, 1972, de Cordélia Canabrava Arruda, da Companhia Editora Nacional.

  

Para conhecer outro trabalho de Joel Linck clique aqui.

Agradecimentos ao amigo João Antonio Buhrer.


sexta-feira, 23 de julho de 2021

No Reino da Minorca - 1973

Em fevereiro de 1973 estreava nas páginas do Caderno I do Jornal do Brasil a série No Reino da Minorca, do cartunista Vilmar Rodrigues.

Contando passagens de um imaginário país medieval, com toques filosóficos bem humorados, o Reino da Minorca era habitado pelo Rei; pelo mago Galeno; por Gélio, o bobo da corte; pelo poeta Janotus e pelo soldado Argos.

O Reino da Minorca teve vida curta, com pouquíssimas páginas publicadas.

Ilustração publicitária de Vilmar, final da década de 1960.

Para saber mais sobre Vilmar clique aqui.

sexta-feira, 16 de julho de 2021

Anacleto, vai levando... - 1952

Primeira incursão do cartunista Vilmar no mundo dos quadrinhos, Anacleto, vai levando... estreou em agosto de 1952 no jornal Última Hora (RJ).

Com um desenho ainda em formação, Vilmar criou uma figura estranha, com cabeça alongada e bigodes compridos, o que lhe dava uma aparência de inseto. As piadas era bem genéricas e versavam sobre temas do cotidiano.

Anacleto sobreviveu, sendo apresentado diariamente, até dezembro do mesmo ano.


Sobre Vilmar, encontramos na Wikipedia:

"Vilmar Rodrigues, (Bagé, 1931 - Rio de Janeiro, 1995) foi um desenhista e ilustrador brasileiro.

Desde criança descobriu o interesse pelo desenho e passou a dedicar-se à criação de histórias em quadrinhos, desenvolvendo a sensibilidade para o traço.

Em 1945, mudou-se para o Rio. Continuou seus estudos e, em 1952, passou a colaborar com o jornal Última Hora com desenhos de humor. Em 1957 formou-se em desenho e começou a dedicar-se à propaganda. Também colaborou com o jornal O Pasquim e com as revistas Pif-Paf e a versão brasileira da MAD.

Obteve o 3° prêmio no XI Salão Internacional de Humor, em 1957, realizado no Canadá. No mesmo ano começou a interessar-se por pintura a óleo, possuindo obras em diversos acervos, inclusive no exterior, como no Japão, Estados Unidos da América, Paraguai e Espanha.

Como ilustrador foi parceiro por 22 anos de Carlos Eduardo Novaes (Capitalismo para Principiantes, História do Brasil para Principiantes e outros) e também de Millôr Fernandes (Hai-Kais), Roberto Schneider (O Guia do Assaltado), entre outros.

Como um desenhista de histórias em quadrinhos contribui com o gênero terror, para a revista Sobrenatural da Editora Vecchi nos anos 80. Uma das histórias é O Veneno, de Cláudio Rodrigues, no número 31 da revista (edição de outubro de 1981). 

Vilmar foi responsável por outras tiras, como Verso e Reverso e Fogaça, em parceria com os estúdios de Mauricio de Sousa.


Vilmar em O Cruzeiro, 1967. 

Vilmar na revista Fatos e Fotos, 1970.

Vilmar em O Pasquim, 1973.

 

terça-feira, 13 de julho de 2021

O Super Ex-Herói - 1970

Em 1970, antes de partir para a França e se tornar um dos pilares da revista Metal Hurlant, e por consequencia, da sua versão norte-americana Heavy Metal, o desenhista franco brasileiro Alain Voss criou, para a revista O São/Ossão, da editora Pop, o anti-herói Super Ex-Herói.

Naturalmente atrapalhado, mas bastante cruel, o Super Ex-Herói antecipou em muitos anos a onda dos heróis violentos da Marvel e DC. Totalmente sem noção, era capaz de torturar cruelmente seus inimigos para conseguir um confissão algo que, na época, era reservado aos vilões.

A revista O São/Ossão foi lançada pelo quadrinhista Clive Pop (Clive Popelbaum) em 1970. Clive já editava pela Taika uma revista em formato magazine chamada O Loco (1968),onde Voss também colaborava, com certeza a primeira tentativa brasileira de se lançar algo na linha da revista satírica Mad. Depois de 4 números O Loco foi descontinuada, Clive então fundou a editora Pop, para lançar em formatinho a revista O São, uma clara continuação de O Loco, mas esta também durou apenas 4 números.

Assim como a revista, O Super Ex-Herói teve vida curta, aparecendo apenas em dois números de O São. Clive Pop abandonou os quadrinhos para se dedicar à música, com seu grupo Os Harmonipops.

Para saber mais sobre Alain Voss clique aqui.

sexta-feira, 9 de julho de 2021

Mata Hari - 1956


Em janeiro de 1956, após quatro anos sem produzir quadrinhos para o jornal Última Hora (RJ), o desenhista argentino radicado no Brasil, Guillermo Ares passa a produzir a série Mata Hari - H-21, contando a história da célebre espiã.

 

Margaretha Gertruida Zelle (Leeuwarden, 7 de agosto de 1876 — Vincennes, 15 de outubro de 1917), conhecida como Mata Hari, foi uma dançarina exótica dos Países Baixos acusada de espionagem pela França e condenada à morte por fuzilamento durante a Primeira Guerra Mundial.

Em formato de tiras diárias, Ares detalha em 77 capítulos, até abril do mesmo ano, todos os percalços da vida da dançarina.


Acima, ilustração de Ares para o Última Hora em 1952.

 Ilustração para o Diário da Noite em 1959, onde Ares exerceu também a função de diagramador. Nesta data terminam as pistas sobre Guillermo Ares.

sexta-feira, 2 de julho de 2021

Jorge, o Intrépido - 1952

Em outubro de 1952, terminada a aventura de Ricardo Maia, o repórter detetive, o desenhista argentino, na ocasião radicado no Brasil, Guillermo Ares, inicia, desta vez com roteiro próprio, as aventuras de Jorge, o Intrépido, nas páginas do jornal Última Hora carioca.

Jorge, o Intrépido, e sua equipe adentram a floresta amazônica em busca de jazidas de urânio. Em dado momento são atacados por uma tribo de índios. Todos morrem, somente Jorge se salva. Perdido na floresta, nosso herói desmaia de cansaço. Socorrido por dois habitantes da mata, Jorge é levado ao laboratório do cientista Dr. Katz, que pretende enviar Jorge à força, por meio de sua máquina de ondas de frequencia mínima, ao planeta Vênus.

A missão de Jorge é encontrar Menta, o ajudante de Katz, que foi mandado a Vênus três anos antes.

Chegando ao desconhecido planeta, Jorge encontra Menta, mas se depara com Mr. Smith, um norte-americano e seu exército de 2.000 homens que chegaram a Vênus por meio da explosão de uma bomba V2 por engano, pois pretendiam alcançar a Lua!

Yagga, a assessora de Mr. Smith se apaixona por Jorge

Infelizmente, após cerca de 40 capítulos, a aventura é interrompida justamente no momento em que Jorge encontra um comboio de homens ursos venusianos em fuga...

Acima, ilustração de Ares para o Última Hora, 1952.