sexta-feira, 3 de junho de 2022

Entrevista - Luís Sátiro (Victor Forde) - 1978

Luís Sátiro – testemunha de uma época

Sátiro, como os quadrinhistas o chamavam, teve seu primeiro desenho  publicado no jornal São Paulo Zona Sul, em 1963, quando conheceu o redator do jornal que adorou a sua arte. Em seguida, passou a fazer uma série de tiras, embora achasse que “era coisa muito primária, pois não conhecia o segredo técnico da história em quadrinhos: enquadramento, letreiramento”. 

Enfim, vamos conhecer um pouco da complicada jornada de Luís Sátiro pelo mundo dos quadrinhos. Em 2002, Luís Sátiro recebeu o troféu Angelo Agostini, como um dos Mestres de Quadrinhos do Ano de 2001, junto de Luiz Saidenberg, Luscar, Nani, Osvaldo Talo, Rubens Cordeiro e Zaé Júnior.  

Acreditamos que Luís Sátiro nasceu no início da década de 1950, pois em 1964, aos14 anos ele atuava como office boy na Editora Continental. Não temos registros sobre local e data precisos, nem de quando faleceu, o que ocorreu depois do ano de 2003, quando participou de um evento de HQ na Livraria Comix Book Shop, em São Paulo. 

Esta entrevista foi feita por volta de 1978, por Ataíde Brás, Franco de Rosa e Giovanni Voltolini. E teve copydesk de Fernando Moretti.

Estúdio Brancaleone - da esquerda para a direita: Fausto Kataoka, Gilberto Firmino, Antonio (Tony) Duarte, Wanderley Felipe. Fileira de baixo: Luís Sátiro, Paulo Hamasaki e Wilson Fernandes.

Franco — Você já começo levando tiras a jornais feitas a nanquim?

Sátiro — É. Tudo feito com nanquim. Depois surgiu Jornal Juvenil, que aceitava colaboração de leitores. Desta forma travei conhecimento com o diretor que me convidou para trabalhar como office-boy. Era um jornal semanal vendido em bancas. Lá conheci grandes desenhistas: Mauricio de Sousa, Júlio Shimamoto, Lyrio Aragão, Paulo Hamasaki.

Franco — Esse jornal tinha quadrinhos?

Sátiro — Sim, tinha.

Franco — Eles trabalhavam no jornal ou faziam free-lance?

Sátiro — Sim, eram free-lancers. O Mauricio trabalhava no local porque o jornal lhe havia emprestado uma sala. Naquela época o Mauricio publicava suas tirinhas no Diário da Noite e também na Folha de São Paulo. Foi quando ele começou a fazer a Folhinha de São Paulo, da qual é fundador. Logo no início da Folhinha, ele montou o estúdio ao lado da Folha e eu continuei trabalhando no Jornal Juvenil. Uma vez, fui visitar a Editora Outubro, a ex-Editora Continental, e o editor, Heli Lacerda (Heli Otávio de Moura Lacerda), foi um cara muito legal. Era radialista da Rádio Gazeta, gostou do meu jeito de trabalhar e me convidou para ser office-boy. Logo publicaram um desenho meu na revista: O Vingador. No entanto, a editora começou a pifar e passou a republicar velhas histórias. Ficou sem dinheiro e começou a paralisar. Os desenhistas foram saindo. Os que lá ficaram como o Mario Rafael de Cândia, o Gedeone e o Minami, tiveram a ideia de montar uma agência de HQ, como se diz nos EUA: um syndicate, na Rua Tamandaré. E fomos: eu, Antônio Duarte, Rafael, Minami, Gedeone, Paulo Fukue, Fernando Almeida, Fabiano Dias. A editora continuou com as suas revistas antigas de terror: Seleções de Terror, Histórias Macabras, Targo, O Vingador, Capitão Sete. Os editores tinham aquela mentalidade que, se um personagem americano funcionasse era sinal que os leitores também gostariam, então inventavam um personagem parecido. A ideia de imitação sempre partiu do editor.

Franco – Vocês tentaram formar um syndicate, uma agência de HQ. Como foi isso?

Sátiro – Cada desenhista procurou criar um personagem e produzir uma série de tiras para vender aos jornais. Mas não funcionou, pois nenhum jornal aceitou.  Porque todo mundo achava que as tiras americanas eram baratíssimas, os personagens eram super conhecidos e os nossos eram novos. Inclusive, foram tentativas muito adoidadas, uns criaram histórias de cangaceiros, outros, histórias de sertão, enfim, temas tipicamente brasileiros, mas os jornais não achavam que iria funcionar de maneira alguma, e nós demos, naturalmente, com os burros n’água.

Acima, Victor Forde participa do syndicate montado por Minami Keizi. Diário Popular, 1965.

Ataíde — Você acha que a técnica de exploração do desenhista nacional evoluiu ou continua como antes?

Sátiro — No meu caso, como ultimamente tenho publicado pouca coisa, eu acho que mudou pouco. Agora ela é legalizada porque tem aquela folha que a gente assina e vende os direitos autorais ou não.

Ataíde — Na qual o único direito do desenhista é não ter direito. (risada geral)

Sátiro — Porque na época não existia esse papel. Naquela época se vendia os originais para a editora e ela dava só um recibo. Tinha vez que nem isso. A editora dava um recibo verbal e só. Quando a gente tinha amizade com o editor ele nem dava recibo.   

Franco – Nesse caso, as novas reedições de seus desenhos são suas de direito. Você não assinou papel para ninguém cedendo direitos autorais?

Sátiro — Não, de maneira alguma. Nem eu nem a maioria dos desenhistas que trabalhavam naquela época.

Franco — E o Edmundo Rodrigues? Você assinou contrato com ele? 

Sátiro — É. O Edmundo Rodrigues foi o primeiro desenhista para quem eu produzi material e que eu assinei aquela folha cedendo direitos autorais.

Franco — Vamos voltar ao sindicato que deu com “os burros n’água”.

Sátiro — O Gedeone teve a ideia.

Franco — Era o Meio Fio?

Sátiro — Como assim?

Franco — O personagem dele era o Meio Fio!

Sátiro — A série dele era Uk e Uka, que tinha na época um gibi publicado pela Bentivegna, que não saiu o segundo número. Daí ele conheceu o Minami e os dois montaram uma editora, mas só por reembolso. Chamava-se Editora Acaraí. O Minami havia alugado um apartamento na Rua Conde de Sarzedas, na Sé, e me convidou com o Paulo Fukue, Fabiano, Toninho Duarte, Fernando Almeida e outros para colaborar. Ele convenceu o Bentivegna a nos entregar umas revistas para produzir. Tinham as revistas: Garotas e Piadas e a Carcará, com quase 90% de material estrangeiro. Daí o Minami começou a produzir essas revistas com a nossa equipe e mais a Humor Negro e a Mil Piadas. A Carcará parou, só saiu um número que, inclusive, tem material meu.

Franco — Como Victor Forde?

Sátiro — Exato! Foi naquela época que comecei a assinar Victor Forde. 

Franco — Por que Victor Forde?

Sátiro — O problema era que a equipe tinha muitas revistas para produzir e o Minami teve a ideia. Achou que tinha pouca gente fazendo as muitas revistas e se assinássemos com mais nomes pareceria que era uma equipe grande; era um expediente muito comum usado na época e até hoje.


Revista Gozação nº 02, editora Jotaesse, 1967.

Franco — É. Até o Will Eisner fez isso.

Ataíde — Você não acha que isso prejudica o desenhista? Porque aí o cara faz um monte de trabalhos e não se destaca?

Sátiro — Eu mesmo fui prejudicado terrivelmente porque desde a época que comecei jamais parei de desenhar. Mas, como depois deixei de assinar Victor Forde, tem gente que não me conhece e pensa que o Sátiro começou agora. 

Giovanni — Você mudava de estilo quando mudava de nome?

Sátiro — Não. Sempre fazia do meu jeito mesmo.

Franco — Você não assinava Luís Sátiro?

Sátiro — Sim. Apenas uma vez ou outra.

Franco — Em desenhos de humor, em cartuns?

Sátiro — Em desenhos de humor. 

Franco — Sua primeira tentativa de publicar humor foi na Ossão, do Clive Pop?

Sátiro — Não. Nunca colaborei com a Ossão. Foi na revista O Loco. Fiz uma página gozando a Escola Panamericana de Arte, mas antes eu já havia feito sátiras para a Humor Negro, a Barra Limpa e a Gozação. Na O Loco eu assinava Victor Forde. O Loco é antes da Ossão. As duas foram produzidas pelo Clive Pop.

Forde em O Loco nº 04, 1968, editora Taika. Sátira ao famoso anúncio da Escola Panamericana de Artes que originalmente foi desenhado por Hugo Pratt.

Franco — E na Edrel?

Sátiro — Na Edrel eu comecei com o Paulo Fukue. Ele fazia o Super Heros e o Pabeyma*. Mas ele foi trabalhar dentro da editora Edrel, então fui obrigado a parar de trabalhar com ele, pois trabalhava na casa dele. O Toninho Duarte trabalhava na recém-formada Editora Saber que era dos Fittipaldi e me convidou para ir junto. Começamos fazendo Piadas Populares e outras revistas. Mas fiquei pouco tempo porque o editor, além de pagar pouco, não o fazia pontualmente. Logo que saí de lá o Toninho me chamou para produzir material para a Editora Taika, que tinha criado a revista Piadas Inocentes. O Edmundo havia começado a fazer a revista, mas como ele se desentendeu com os editores, a revista ficou ao meu encargo e foi até o número 5 ou 6. 

* Criado pelo roteirista Nelson Ciabattari Y Cunha, Pabeyma é o resultado de uma experiência feita por alienígenas que chegaram  à Terra durante a pré-história. Pabeyma foi criado por tupis-guaranis e se tornou uma espécie de herói e diplomata. 

Franco — Como era a revista?

Sátiro — Era do tamanho da O Pato Donald. Em cada página tinha cartuns ou fotografias de garotas. Eles me pagavam Cr$ 2,50 por página e o preço da revista era de Cr$ 3,00. Era dessas revistinhas comuns de piadinhas sem classe, mal impressas e com 32 páginas em preto e branco. Os editores, pelo que notei, tinham a opinião geral de que o leitor era um idiota que comprava qualquer abacaxi lançado. Era só fazer uma capa bonita que o leitor engolia, por isso não ligavam para melhorar as revistas.

Ataíde — Você acha que esse foi um dos fatores que acabaram com a época áurea de Terror? Havia muita revista de terror nacional e eu acho que não pagavam nada para os desenhistas e roteiristas. 

Sátiro — Naturalmente. A fase boa do terror acabou porque as editoras não pagavam bem e os desenhistas deixaram de produzir. Então passaram a republicar histórias que já tinham saído três ou quatro vezes. Fatalmente as revistas pararam de vender.

Franco — O pessoal do ‘terror’ tinha uma equipe?

Sátiro — É, porque, naturalmente, para um desenhista trabalhar sozinho, naquela época, era muito arriscado. Além de trabalhoso e mal pago, não dava para viver disso. Então, por exemplo, juntar dois desenhistas que dependiam daquele serviço nos facilitava mais. Um fazia o lápis, o outro a tinta. Se um conseguisse trabalho numa editora, ambos estariam empregados. Foi naquela época (meados dos anos 1960), que Nico Rosso montou sua equipe, com seus alunos da Escola Panamericana.  

Franco — Bom, vamos voltar àquela parte da Edrel. Onde você estava quando parou de desenhar O Tarun junto com o Paulo Fukue? 

Sátiro — Quando o Minami convidou o Paulo para ser diretor na editora. Eu fui para a Fittipaldi e de lá fui para a Taika, onde encontrei o Edmundo, através do Toninho Duarte que me levou para a Taika. O Edmundo gostou muito do material que eu tinha feito pro Fukue que o publicou no primeiro número da revista Estórias Adultas (Gibi Moderno). Eu tinha brigado com o Minami. A gente estava com a amizade abalada. Eu não queria mais contato com ele. Ele tinha gostado muito de uma história minha e queria publicar. Era uma história longa e precisavam para o Gibi Moderno. Na época ninguém tinha material longo de terror. O meu tinha 28 páginas e 217 quadrinhos, esboçadas. Era de um filme que tinha feito um estrondoso sucesso: A Epidemia dos Zombies. O Paulo Fukue conseguiu vender a história para a editora, mas meu nome não apareceu devido à briga. 

Sátiro —Mas daí, o Edmundo gostou muito da história e me convidou para fazer a revista com ele a Terror Magazine que era de cinema e histórias em quadrinhos.

Franco — Qual editora foi?

Sátiro — Edições do Livreiro, porque o Edmundo também tinha se desentendido com a Taika e foi fazer a revista com essa editora. Ele fez uma grande série de revistas de terror e piadas lá.

Ataíde — Onde o Edmundo descobriu aquele estilo que usa até hoje?

Sátiro — Não sei. Deve ser caso de insistência, porque ele é desenhista há bastante tempo. Ele é cria da Rio Gráfica. É aquela coisa: o cara fica muito tempo numa editora, passa por muitos estilos e depois acaba escolhendo o que mais lhe convém: o mais cômodo, mais fácil e rendoso.

Franco — Eu me lembro dos trabalhos do Edmundo na Gráfica e Editora do Penteado, a GEP. Você trabalhou com ele naquela época?

Sátiro —  Não. Não produzi nada com ele quando ele fazia aquelas histórias de caipira, e de assombração. Foi só na época do Terror Magazine. Eu fazia as telenovelas do filme Vampiro da noite, Frankenstein, criou a mulher, e escrevia as reportagens de terror das revistas e também produzia algum material de piadas para revistas que eu nem lembro o nome. 

Franco — Você assinava Sátiro?

Sátiro — Não. Sempre Victor Forde.

Franco — E as reportagens de terror?

Sátiro —  Aí sim. Nas reportagens eu assinava Sátiro.

Franco — O desenhista de humor é o Victor Forde?

Sátiro — Exato! O Mister Hyde é o Victor Forde! 

Ataíde — O seu lado mau! (risada geral)

Arte pintada de Luís Sátiro.

Sátiro — Mas o Edmundo é um super-produtor. Quando começa a trabalhar com uma editora ele vai com mil ideias mirabolantes. Sempre tem muito material armazenado. Então passou a produzir umas 20 revistas diferentes para a editora. Mas naquela época saiu uma lei sobre as revistas de terror, a lei de 73, parte do AI-5, e acabaram as revistas. Revistas de sexo e terror tinham que ser vendidas em saco plástico lacrado e só o título deveria aparecer, pois o resto do saco plástico era pintado de preto. Daí, por exemplo, a Edições do Livreiro achou que não funcionaria esse sistema porque as revistas mesmo sem o saco plástico já estavam numa situação crítica. Daí muita gente parou com esse tipo de revista e a Edições do Livreiro também parou com suas revistas. O Zelão (José Sidekerskis), da Editora Regiart, que tinha a Mirza a Mulher Vampiro, e O Vampiro, continuou com o saco de plástico porque dependia quase que só delas, mas as outras editoras pararam. 

Ataíde — Era o tempo do Médici. A coisa estava brava. A censura corria solta.

Sátiro — Exato! E muitos jornalistas foram caçados. Então, quando as revistas começaram a parar, o Wilson Fernandes, que morara em Araraquara e tínhamos amizade há bastante tempo, estava produzindo para a Bentivegna e a Taika e também fazia a Drácula. Ele me convidou para trabalhar na equipe dele em Araraquara e ajudar a fazer o Ur e umas histórias de terror, inclusive uma do Drácula que eu fiz toda: O Escravo de Drácula, e Canyon, um faroeste da Bentivegna (Roval).

Revista Barra Limpa nº 01, editora Jotaesse. Uma sátira à Jovem Guarda.

Franco — Nestas histórias você fazia o quê?

Sátiro — Eu fazia o lápis e o geral. Revezávamos, eu, o Wilson Fernandes, o Roberto Barbist e o Del.

Ataíde — Você assinava com que nome?

Sátiro — Assinava Victor Forde. Lá, no caso, o Wilson foi honesto; no cast dos desenhistas apareciam todos, o nome do escritor, letrista, o cara que passou tinta, tudo.

Franco — Por que “nesse caso” o Wilson foi honesto? Porque “nesse caso” a maioria não era honesta?

Sátiro — Não, porque, naquela época, quando se tratava de uma equipe muito grande, só aparecia quem fez o lápis e a tinta. Não apareciam os outros auxiliares.

Ataíde — Era só do cara que conhecia o editor, aquele que vendia a história?

Sátiro — É isso aí. Vamos continuar sobre o Wilson. Nós começamos a mudar o gênero. A revistinha de piadas pôde continuar porque o governo exigiu uma coisa: ia acabar o saquinho de plástico, mas todas as revistas tinham que ser registradas em Brasília no Departamento de Censura; e quando as revistas foram registradas tudo voltou a ser como antes. Todas as editoras puderam continuar. Com o Wilson comecei a produzir material de humor para a revista Xuxu da Bentivegna (da editora Roval de Salvador Bentivegna).

Revista Xuxu, edição especial nº 06, 1970.

Franco —  Como Victor Forde?

Sátiro — Sim, Victor Forde. Depois o Bentivegna parou de fazer revistas em quadrinhos e de humor. Mudou o estilo da editora. O Wilson foi para uma agência de publicidade e eu fui trabalhar com o Edmundo aqui em São Paulo. Começamos a produzir livros para a Editora Ática, livros didáticos.

Franco — Eram quadrinhos nos livros didáticos?

Sátiro — Eram quadrinhos e ilustração.

Franco — Chegou a assinar alguns desses trabalhos?

Sátiro — Não. Não assinei nenhum.

Franco — Em que ano foi?

Sátiro — Em 1972.

Franco — Foi antes da lei de Brasília em 1973, né?  

Sátiro —Foi antes.

Franco — Fala aí pra gente sobre o material que saiu na Bloch.

Sátiro — Esse material que saiu na Bloch foi republicação. Foi produzido aqui em São Paulo e publicado aqui. Eu vendi para o Edmundo e ele colocou na Bloch. Foi trabalho anônimo. Feito em equipe.

...........................................................................

Ao blog, Franco de Rosa complementou; "Eu conversei com o Fukue sobre a HQ Epidemia de Zombies, que não tem o nome do Sátiro. O Fukue disse que o Sátiro estava brigado com o Minami e não saiu o nome dele. Mas que ele também não desenhou. Disse que o Sátiro havia conseguido centenas de fotos do filme, por ter muito acesso às distribuidoras de filmes. E o Sátiro decalcou as fotos. Mas que ele, Paulo, irmãos e também o Sátiro ajudaram na finalização. 

Na época dessa entrevista, lembro agora, o Sátiro carregava sempre os originais de uma HQ de terror, desenhada a lápis. Muito bem desenhada. E ele perdeu os originais e a HQ nunca foi publicada.

Ele morava em Santo Amaro e dizia que tinha um estúdio minúsculo ao lado do galinheiro, onde morava.

Eu publiquei duas HQs eróticas do Sátiro, na Sampa, na série da Big Bun. Os desenhos a lápis dele eram bons e bem precisos. Com anatomias bem feitas. Tinha influência dos desenhos de Wilson Fernandes. Na verdade, de John Prentice. As artes finais foram feitas por desenhistas que faziam frilas pra gente no Big Bun.

Mas a questão da epidemia de Zombies é polêmica".


Agradecimentos ao amigo Franco de Rosa.

Nenhum comentário: