sexta-feira, 10 de maio de 2024

Xuxinha e Guto - 2007

Em 1995 o desenhista e produtor argentino Isaac Huna (1960), ou Isaac Hunt, morando no Brasil desde 1987, soube que a apresentadora Xuxa Meneghel e a Marlene Mattos (produtora e empresária de Xuxa) tinham o objetivo de criar um canal infantil. Achou a ideia interessante e pensou em criar a Turma da Xuxinha, enviou a proposta para elas, que foi aprovada. 

Depois do primeiro contato com Marlene, não demorou muito para Isaac ser contratado para desenvolver a Xuxinha. O desenho contava a história da anjinha Xuxinha, inspirada em Xuxa, que se transformava em uma menina para viver ao lado da apresentadora e seus amigos. A ideia era que o personagem ganhasse vida própria e fosse independente da Xuxa. A a animação durou do fim dos anos 1990 até o início dos anos 2000 e teve mascotes e vários produtos lançados, além livros e uma revista em quadrinhos em comemoração aos 500 anos do Descobrimento do Brasil: As Aventuras da Turma da Xuxinha pela Gráfica e Editora Burti, ano 2000, com pelo menos seis números lançados, com roteiros de Dejair da Mata, desenhos de J. Isaac Huna e arte-final de Edde Wagner, José Wilson Magalhães, Omar Viñole, Cleber Salles, Daniel de Souza Maitto, Marcos Rouman e ligados à linha de papéis higiênicos Baruel. 

Ao todo, Isaac trabalhou por cinco anos com a Xuxa Produções.

Isaac Huna (Hunt) na revista V.V. nº 03, editora Clefor, 1990.

Em 2007 a personagem voltou com o visual levemente modificado em livros de passatempos, merchandising em produtos de higiene da linha Baruel e sua própria série de tiras batizada com Xuxinha e Guto e publicada no Diário de S. Paulo.

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Maria da Graça Xuxa Meneghel (1963) já vinha de uma carreira vitoriosa como modelo quando recebeu o convite para apresenta o Clube da Criança em 1983, aos vinte anos, convidada pelo diretor Maurício Sherman, na extinta Rede Manchete. Em junho de 1986 estreava o Xou da Xuxa, na TV Globo, um programa diário com o seu nome e que foi exibido por 6,5 anos de segunda a sábado nas manhãs da emissora, transformando a então modelo num fenômeno de mídia, com dezenas de discos lançados e produtos dos mais variados ramos, todos com sua imagem.


Acima, Revista da Xuxa nº 34, editora Globo, 1991.

Em dezembro de 1988 Xuxa ganha revista em quadrinhos própria pela editora Globo, que sobrevive até 1993 com 69 números e 8 almanaques. Os desenhos inicialmente eram de Gustavo Machado e a arte-final de Henrique Farias mas boa parte das edições ficaram a cargo do AW Arte e Studio, no qual colaboravam Sergio Raul Morettini, Cosme José da Silva e Eduardo Vetillo.

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