sexta-feira, 11 de junho de 2021

Presuntinho - Última Hora (RJ) - 1983


Presuntinho, criado pelo cartunista Willy, apareceu nas páginas do jornal Última Hora carioca em 27 de abril de 1983. Frio e calculista, Presuntinho era um justiceiro cujo o único objetivo era eliminar foras da lei. 
 
Fazendo humor com um tema bastante espinhoso, o personagem se encaixava bem na linha popular e sensacionalista do Última Hora desse período, cujo principal chamariz eram as páginas policiais. Apesar disso Presuntinho teve vida curta, sobrevivendo apenas até 29 de julho desse mesmo ano.



Sobre o cartunista Willy, apesar de sua imensa produção na imprensa carioca, há pouquíssima informação biográfica. 

Em matéria de jornal assinada pelo caricaturista e pesquisador Álvarus (Álvaro Cotrim) ele nos relata que Willy nasceu em Santa Rita, interior da Paraíba, batizado com o nome de Evilimar Macena de Oliveira no início da década de 1950, filho de Evilázio e Maria, daí seu primeiro nome. Ainda em Santa Rita fez, por correspondência, o curso da Escola Panamericana de Arte.

Chegou ao Rio de Janeiro aos 19 anos e começou a trabalhar na Cadernos Didáticos Editora, especializada em livros infantis, como auxiliar de desenhista. Em 1969 apresentou algumas caricaturas de políticos ao jornal Última Hora, com o qual começou a colaborar. Como o trabalho nesse veículo era esporádico passou a desenhar para a publicidade.

O primeiro registro que encontramos de seus desenhos são caricaturas de jogadores de futebol feitas para a revista O Cruzeiro em 1973. Willy trabalhou para O Cruzeiro até o início da década de 1980, onde chegou a ter uma página dupla semanal de humor, com textos, charges e cartuns.

Capitão Aza por Willy em 1975.
 

Lufa Lufa página dupla semanal de Willy no Cruzeiro em 1979/1980.

Realizou uma aventura em quadrinhos do Capitão Aza para a revista O Cruzeiro Infantil em 1974, com desenho mais sério e anatômico.

Em 1979 ilustrou os livros infantis A Menina e o Peixinho Dourado; Coração Verde e Caixa de Recordações (editora José Olympio).

Já ilustrava, praticamente sozinho, a Tribuna da Imprensa (RJ) em 1980.

Participou da exposição de cartuns A Preferida do Imperador em 1985, com trabalhos sobre Domitila de Castro, a Marquesa de Santos, amante de D. Pedro I, organizada pelo SESC.

Charge de Willy referente ao período de governo do general João Batista Figueiredo (1979/1985).
 

Fez os desenhos para a revista em quadrinhos AS AVENTURAS DO DIDIZINHO, baseado no comediante Renato Aragão e publicada pela Editora Escala, entre 2004 e 2005 e que durou 21 edições.

O registro mais recente que encontramos de Willy foi uma charge de 2008 publicada na Tribuna da Imprensa de Fortaleza.

O político Carlos Lacerda na visão de Willy.

Agradecimentos aos amigos João Antonio Buhrer e Dyel.

2 comentários:

Dyel disse...

Outro trabalho de Willy que merece ser lembrado, foram os desenhos que ele fez para a revista em quadrinhos AS AVENTURAS DO DIDIZINHO, baseado no comediante Renato Aragão, publicado pela Editora Escala, que durou apenas 21 edições, entre 2004 e 2005. Eis aqui o link do Guia Dos Quadrinhos sobre a revista:
http://www.guiadosquadrinhos.com/capas/aventuras-do-didizinho-as/av040100

Luigi Rocco disse...

Obrigado pelo link Dyel. Abs