sexta-feira, 5 de março de 2021

Rojão - Correio Braziliense - 1967

Rojão, um garoto candango, ou seja, natural de Brasília, surgiu em outubro de 1967 nas páginas do Correio Braziliense. Acompanhado do indiozinho Tupiniquinho e das amigas Máyra e Bebel, entre outros.


As histórias eram bastante divertidas, embora os desenhos tenham ficado, com o passar do tempo, muito calcados nas figuras de Mauricio de Sousa, a ponto de numa longa sequencia com os personagens e Dr. Marquise haver a menção ao prêmio Yellow Kid, recebido por Mauricio no Festival de Lucca em 1971. Isso se explica pelo fato da autora Yarary (Yara Maura) ser irmã de Maurício (hoje sediada nos Estados Unidos, respondendo pela área internacional da Mauricio de Sousa Produções).


A série, a partir de 1970, ganhou o apoio do Curso Objetivo e perdurou até 1976. Passou também a fazer dupla com uma outra tira da mesma autora com nomes genéricos como Super COB, Turminha do Objetivo e finalmente apenas Objetivo e que apresentavam vários outros personagens, entre eles o fantasminha Finadinho, embora com o passar do tempo os traços tenham paulatinamente perdido muito em qualidade, se aproximando de simples rafes.


Curiosamente, em 1974, Rojão ganhou um gibi promocional em formatinho com 16 páginas dos produtos, da linha infantil de beleza e higiene Phebo, que faziam merchandising com os personagens da Turma da Mônica, esta publicação sim foi totalmente ilustrado pela equipe da Mauricio de Sousa Produções.

2 comentários:

Dyel disse...

Gostei. Mais um capítulo desconhecido da trajetória de Mauricio de Sousa! Quanto ao fato dos desenhos da Yara Maura terem caído de qualidade,especulo que isto se deva ao fato dela ter se tornado roteirista e desenhista na MSP; Ela passou,então a acumular funções, como escrever e desenhar histórias para os personagens do Maurício,e ainda produzir suas tiras para o Correio Brasiliense... a produção de tiras,é fato conhecido, leva tempo,o que pode ter forçado a Yara a adotar o estilo de desenho em rafe, para que as tiras fossem feitas no menor tempo possível.

Luigi Rocco disse...

Sim, Dyel. Também penso assim. Como o espaço já havia sido conquistado a solução foi levar as coisas do jeito que dava!