terça-feira, 9 de junho de 2020

Dr. Caspo - Diário de Pernambuco - 1976


Em fevereiro de 1976 houve uma reformulação em Júnior, o suplemento infantil do Diário de Pernambuco, aparentemente com a intenção de dar alguma padronização às edições. 

Foram apresentadas novas histórias em quadrinhos, tanto estrangeiras como nacionais. Pinduca e Príncipe Valente apareciam em formato de página inteira. Entre as nacionais estava o Dr. Caspo, de Wilde e Roberto Portela (creditado em alguns capítulos), que aparecia no formato de tiras.


Dr. Caspo e seu auxiliar Plínio estão de partida para a Floresta Encantada do Planeta X. Devido a uma misteriosa explosão são teletransportados para Vato, capital de Cranto. Lá encontram o Dr. Sdrauss mas, vítimas de uma sabotagem, são lançados para fora do prédio onde estavam e encontram três indivíduos do alto comando de Cranto que sabem tudo da vida do Dr. Caspo, inclusive que ele é judeu, e os incumbem de saber o que está acontecendo com os camponeses de seu país. Por indicação do Dr. Sdrauss encontram um homem chamado Zostes, que esclarece que o desaparecimento de camponeses é obra de objetos voadores não identificados. Dr. Caspo apaixona-se por América, cidadã de Cranto, mas morre repentinamente em uma explosão criminosa sem cumprir sua missão!


Abaixo, Dr. Caspo no traço de Watson Portela em 2006, no álbum O último Vôo Livre pela editora MRD.

 
Agradecimentos ao amigo Lancelott Martins.

4 comentários:

Lancelot disse...

Grande resgate Rocco! Interessante é que acho que Wilde se representava na figura do Dr. Caspo, e ele mata o personagem...ahaha!!!! Esse sidekick dele tem um nome nessa tira? Aqui nesse VOO LIVRE, onde o Watson representa os personagens, tem um garoto que o auxilia por nome NEMO?

Luigi Rocco disse...

O nome do sidekick é Plínio e não Nemo como no Voo Livre.

Dyel disse...

Bastante interessante... Será que a tira não teria agradado a alguém do jornal,o que pode ter levado Wilde Portela a tomar uma decisão tão radical? Sim, é uma hipótese plausível... Perceba que a história termina de forma abrupta, como se o autor estivesse determinado a acabar com ela rapidamente!

Luigi Rocco disse...

Salve, Dyel. O mais provável é que o Wilde já estivesse se afastando do jornal e resolveu terminar a história rapidamente.