sexta-feira, 24 de outubro de 2025

Hoé - 1975

Com um traço caligráfico na linha de Henfil e Paulo Paiva, o cartunista Carmo criou a série Hoé para ser publicada no Suplemento Quadrinhos da Folha de S. Paulo a partir de abril de 1975 e manteve regularidade até agosto de 1976. 

Com um desenho muito simplificado, mas com boas ideias, a série era protagonizada por cachorros, o principal deles, Hoé, sempre num palanque de caixotes distribuindo sua sabedoria. Hoé sempre teve histórias de uma página no formato horizontal. Em vários números do Suplemento, Hoé teve mais de uma história publicada, principalmente no final de sua participação no jornal. O nº 218, de 15/08/1976, o último em que Hoé foi publicado, teve 4 histórias da série. 

Com a perda do espaço Carmo, aparentemente, abandonou os quadrinhos.

quinta-feira, 9 de outubro de 2025

Niko-Niko - 1977

Niko-Niko foi criado em 1977 pelo cartunista Jal (José Alberto Lovetro - 1955) em 1977. 

Sobre o personagem o próprio Jal explica:

"De 1975 a 1977 trabalhei na revista Arigatô editada pelo Jornal Paulista da colônia japonesa. Eu estava na faculdade de jornalismo e na revista fazia alguma reportagem na área de quadrinhos e era crítico de cinema. Ilustrava as páginas da revista e criei este personagem Niko-Niko (Sorridente) para a última página da revista. Sorridente porque ele nasceu quando caiu a bomba atômica em Hiroshima. Ao invés de chorar riu. Desde então começou a questionar a desinteligência humana.

Quando criamos eu, o Gual e a Januária Cristina a turminha Sport Gang no final dos anos 90, fiz um novo desenho do personagem com o mesmo nome.

Quando foi lançado o Senninha em 1994 tinha um japonezinho também chamado Niko na turminha. Eu pedi para o Ridaut mudar e ele me atendeu".

O Jornal Paulista foi fundado com o objetivo de se posicionar contra as ideias “vitoristas”, que não aceitavam a derrota do Japãp na 2ª Guerra Mundial, e esclarecer a população sobre os acontecimentos da guerra, mostrando-se mais incisivo em suas colocações. O editorial da primeira edição do Jornal Paulista, publicado em 1º de janeiro de 1947 e intitulado “Começando...”, deixa clara a sua posição e a nova dinâmica que conduziria a imprensa nipo-brasileira. Esclarece que a ideia é que o Jornal Paulista servisse aos interesses da colônia japonesa para que, posteriormente, pudesse “integrar-se na grande família da imprensa brasileira”.

Para saber mais sobre o Jornal Paulista clique aqui.

Para saber mais sobre o Jal clique aqui.