Tenório andava sempre ao lado de sua "Lurdinha", uma submetralhadora MP-40 de fabricação alemã, similar àquela utilizadas por soldados nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
Em 1954 fundou o jornal A Luta Democrática, que usaria como ferramenta de propaganda política, especialmente para atacar desafetos e adversários, entre eles Getúlio Vargas. O jornal, de forte apelo sensacionalista, chegou a ser o terceiro maior do Rio de Janeiro nos anos 60.
Já nos primeiros números, o terceiro, A Luta Democrática passou a publicar a biografia de Cavalcanti em forma de tiras diárias: Vida, Paixão e Drama do Deputado Tenório ou Vida, Drama e Paixão de Tenório. As histórias abordam inclusive o famoso "Caso Imparato", onde um delegado paulista, Albino Imparato, convocado pelas elites de Duque de Caxias para controlar as ações violentas de Tenório, foi assassinado com comprovada participação direta de Cavalcanti no crime.
A série era contada com imagens sobrepostas a versos, como num livreto de cordel, com certeza para cativar o vasto eleitorado nordestino que habitava a Baixada Fluminense, base eleitoral de Tenório.
O versos ficaram por conta de Zé Alagoano e os desenhos sob responsabilidade de Arno Voigt e posteriormente Walter Peixoto. Peixoto chegou a desenhar algumas aventuras de O Falcão Negro para a editora Garimar no final da década de 1950.
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