sexta-feira, 17 de setembro de 2021

Entrevista - Paulo Yokota - 2021

Paulo T Yokota foi um dos mais produtivos autores de quadrinhos no Brasil durante as décadas de 1980/1990, leia a seguir uma entrevista com o quadrinhista, realizada por meio digital em setembro de 2021. 

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Luigi Rocco: Qual seu nome completo, local e data de nascimento?

Paulo Yokota: Paulo Tomomassa Yokota. Nasci em Suzano - SP no dia 18/04/1958
 
LR: Como você começou a se interessar por quadrinhos? O que costumava ler na infância?

Paulo Yokota: Na infância sempre me interessei por desenhos como toda criança. O diferencial é que meus irmãos liam muito "mangá"; eu não sabia ler japonês, mas ficava encantado de ver esses quadrinhos. Por outro lado, lia os gibis da Disney, editados pela Abril, Pato Donald, Zé Carioca, Mickey, Tio Patinhas, Almanaque Disney, Clássicos Disney, ...que meus irmãos compravam. 
 
LR: Qual sua primeira publicação? Fale um pouco da Agraf (Associação dos Artistas Gráficos e Fotógrafos da Imprensa - SP) e daquela edição lançada por ela, a revista Quadrinhos.
Revista Quadrinhos, Agraf, 1980.
 
Paulo Yokota: Pois é, a primeira publicação é a que fiz parte da revista editada no final do 2º curso de quadrinhos da AGRAF, 1980, ministrado por Fábio Mestriner e Edson Kosminski. Foi uma experiência muito proveitosa para conhecer um pouco da área editorial, além de conhecer pessoas vindas de diversas áreas mas que tinham em comum gostarem de quadrinhos.
 
LR: Qual você considera a sua primeira publicação profissional?

Paulo Yokota: São as tiras publicadas no jornal Notícias Populares e no Jornal regional de Mogi das Cruzes, o Diário de Mogi, onde recebia pelas publicações, pouco, mas recebia.
Cinthia, para saber mais clique aqui.
 
LR: Fale um pouco das suas tiras Notícias Populares. Como era a sua relação com o jornal?

Paulo Yokota: Após terminar o curso da AGRAF arrisquei  me aventurar a apresentar umas tiras da Cinthia que fazia. Levei para o Notícias Populares (NP) e o editor resolveu publicar. Meu contato com o jornal era ir lá e entregar as tiras que desenhava em casa. Tempo depois, levei essas tiras para a Folha da Tarde que fazia  parte do grupo Folha juntamente com o NP, Folha de São Paulo e outros jornais, e que a redação ficava no mesmo prédio. Consegui publicar. Mas, depois, o editor do NP me perguntou se não tinha outro personagem para publicar, já que a mesma personagem saía em dois jornais do mesmo grupo. Foi aí que coloquei meu projeto de outros desenhos que tinha em mente para publicar: Quiodies.

Quiodies, para saber mais clique aqui.

LR: As tiras do NP são as mesmas que você publicava na revista Historieta de Oscar Kern?

Paulo Yokota: Sim, são as mesmas, tanto as de Cinthia e Quiodies.
 
LR: Fale um pouco sobre a sua passagem por editoras como a Sampa.

Paulo Yokota: Antes de passar pela Nova Sampa, assim era o nome dela na época, publiquei pela Press Editorial. Como fui parar na Press é o seguinte: o Worney lia minhas tiras no NP e me ligou para passar lá na Press para mostrar meus desenhos. Lá conheci o Franco, o saudoso Paulo Paiva, o Gualberto, enfim, onde acabei entrando em contato com profissionais da área, como por exemplo o Ataíde. E através dele publiquei na Nova Sampa, mas pouco material. 
 
LR: Como era a sua relação com os profissionais dessas editoras?

Paulo Yokota: O pessoal é muito legal, gente boa, sempre me trataram bem, e procurei retribuir da mesma forma. Como passava nas editoras para pegar material para desenhar e entregar o trabalho feito, era muito difícil encontrar outros desenhistas. 
 
LR: Nessas histórias você usava alguns pseudônimos, quais eram?
 
Paulo Yokota: Sim. Quagiro.  
 
LR: Fale um pouco sobre a aventura em quadrinhos de Bruce Lee da qual você participou.

Paulo Yokota: Essa do Bruce Lee só fiz a arte final, os desenhos eram do Gilberto Camargo.
 
 
Bruce Lee, o ídolo que a Máfia não Conquistou. Gilberto Camargo e Paulo Yokota. Editora Nova Sampa. 1991.
 
LR: O que anda fazendo ultimamente. Ainda desenha?

Paulo Yokota: Nos últimos  trabalhos que fiz vinha me dedicando a criar joguinhos infantis, tipo figuras para colorir, labirintos, figuras para montar etc. Tenho desenhado muito pouco, mas acompanhando na medida do possível o mundo das HQs. Atualmente sou funcionário público e trabalho na área administrativa numa fundação do Estado de São Paulo que fabrica medicamentos, isso depois de uma breve passagem como trabalhador dekassegui no Japão, quando retornei em 2001.

Um abraço do Paulo Yokota

2 comentários:

Vanderlei disse...

Olá.. gostaria de entrar em contato com o Paulo Yokota.. tem algum email ou outra forma que eu possa contactá-lo?

Luigi Rocco disse...

Olá, Vanderlei, Paulo está no Facebbok: Paulo TYokota. abs