sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

O Corvo e a Raposa - Jornal do Brasil

Logo em seu início, em julho de 1973, o Caderno I, suplemento infantil do Jornal do Brasil, passou a publicar histórias baseadas nas fábulas de Jean de la Fontaine (1621 a 1695), como O Corvo e a Raposa.

Criadas por Eliardo França, as aventuras mudavam a moral e subvertiam a ordem dos contos baseados nos animais humanizados do antigo escritor com muita criatividade e humor, atualizando e trazendo ao nosso tempo essas aventuras que passaram por várias gerações.

Além do Corvo e a Raposa, Eliardo utilizava personagens de outras histórias como A Cigarra e a Formiga e a Raposa e as Uvas, sempre com seu traço maduro e moderno.


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Nas redes sociais encontramos esta biografia de Eliardo e sua parceira Mary França:

"Foi em Santos Dumont, nos contrafortes da Serra da Mantiqueira, que Eliardo Neves França e Mary Jane Ferreira nasceram. Ele, a 17 de junho de 1941; ela, a 24 de agosto de 1948.

Durante uma festa, em 1963, quando ambos já viviam em Juiz de Fora, Mary conhece Eliardo, em Santos Dumont. Um ano depois, Mary resolve ingressar no magistério. Em 1965, Eliardo desiste de cursar a faculdade de Arquitetura para se dedicar exclusivamente à ilustração.

Assim, a partir de 1966, ilustra os seis livros da coleção Malba Tahan Conta Histórias, para a Editora Brasil-América (EBAL).

A 6 de julho de 1968, em Juiz de Fora, Mary e Eliardo se casam. Nesse mesmo ano, Eliardo recebe seu primeiro prêmio como ilustrador, concedido pelo Instituto Nacional do Livro, no concurso “O Natal e o Livro”. O casal vem a ter quatro filhos: Augusto (1969), Patrícia (1970), Daniel (1971) e Lucas (1973); hoje todos ligados às artes gráficas, ilustração e informática.
Em 1970, Mary e Eliardo publicam juntos o primeiro livro, “O Menino que Voa” (Editora Conquista).

Em 1972, o livro “O Rei de Quase Tudo”, escrito e ilustrado por Eliardo, ganha a Primeira Menção Honrosa concedida pela Comissão do Ano Internacional do Livro. Dois anos depois, o mesmo livro será contemplado com o Selo de Ouro da FNLIJ – Fundação Nacinal do Livro Infantil e Juvenil.

Em 1974, é editado pela Orientação Cultural, RJ, e, em 1975, conquistará, em Bratislava (na então Tchecoslováquia, hoje capital da Eslováquia), a Primeira Menção Honrosa na Bienal de Ilustrações, pela primeira vez concedida a um livro latino-americano.

Em 1976, em Atenas, Grécia, The Internacional Board for Young People concede Menção Honrosa às ilustrações de Eliardo para o livro “Uma Vez um Homem, Uma Vez um Gato”, de Irene de Albuquerque, Editora Conquista, RJ.

Em 1978, saem os quatro primeiros volumes da Coleção Gato e Rato, Editora Ática, SP, a que a FNLIJ concede o Selo de Ouro como a melhor obra para crianças; a mesma coleção voltará a receber tal indicação em 1979, 1985 e 1986.

Em 1979, o livro “O Rabo do Gato”, do casal, conquista Menção Honrosa na 6ª Muestra Internacional de Publicaciones Infantiles y Juveniles, em Gijón, Espanha.

Em 1981, Eliardo recebe e título de melhor ilustrador, pelo conjunto de obras, concedido pela APCA – Associação Paulista de Críticos de Arte, São Paulo, SP. No ano seguinte, Eliardo recebe o primeiro Prêmio Banco Noroeste de Literatura Infantil, na Bienal do Livro de São Paulo.

Em 1985, o casal lança a primeira coleção com os personagens Os Pingos, pela então Rio Gráfica e Editora, atual Editora Globo. No ano seguinte, a FNLIJ indica Eliardo como representante do Brasil no Prêmio Hans Christian Andersen de Ilustração, em Bolonha, Itália.

Em 1988, o casal se muda para Copenhague, Dinamarca, a fim de desenvolver pesquisa sobre Hans Christian Andersen. A partir de 1992, Mary e Eliardo publicam dois volumes com uma seleção de Contos de Andersen, com os quais são premiados pela FNLIJ.
Em 1992, Mary e Eliardo conquistam o Prêmio Adolfo Aizen, concedido pela UBE – União Brasileira de Escritores, pelos livros “Sapato Novo”, “Chapéu de Palha” e “Pato Magro e Pato Gordo”.

Em 1994, Eliardo é selecionado para a Grande Exposição da Feira do Livro de Bolonha, Itália, e participa do catálogo com os melhores livros da mesma feira. A exposição percorre os seguintes museus no Japão: Otani Memorial Art Museum (Nishinomiya City), Sano Art Museum (Tóquio) e Itabashi Art Museum (Tóquio).

Em 1995, o casal lança o CD-Rom “Os Pingos em Baile à Fantasia”, inteiramente produzido no estúdio de ambos. E Eliardo abre exposição de desenhos e pinturas na Galerie Cave de La Crettaz, em Chernex-Montreux, Suíça; a partir de então, Eliardo vem fazendo exposições de pintura em diversas cidades européias.

Em 1998, Eliardo inaugura a exposição de pinturas (sobre óleo) “Terra de Vera Cruz-Músicos”, no Espaço Cultural dos Correios, no Rio de Janeiro. E o casal inaugura a própria editora, a Mary e Eliardo França Editora, com uma coleção de livros com os personagens Os Pingos.

Em 1999, o FNDE – Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação – seleciona um volume da coleção “O Gato e o Rato”, da Ática, e “O Rei de Quase-Tudo”, da Orientação Cultural, para serem comprados e distribuídos por todo o Brasil pela Fundação de Assistência ao Estudante (FAE).

Em 2000, a Exposição Terra de Vera Cruz é apresentada em Belo Horizonte no Palácio das Artes; no Espaço Cultural Reitoria em Juiz de Fora e no Centro de Memória e Cultura em Salvador. A Editora Shinseken no Japão publica em língua inglesa o “O Rei de Quase-Tudo” e “O Rato de Chapéu”.

Em 2002, Eliardo recebe o prêmio “Odylo Costa/A melhor lustração/FNLIJ- 2001” pelas ilustrações do livro Clave de Lua e a Menção Honrosa/Prêmio Jabuti/2002 para o mesmo livro. É publicado no Japão do “Rei de Quase-Tudo” em cinco idiomas, japonês, inglês, espanhol, português e coreano. É também em inglês, pela Shinseken; “Foge-Tatu”. O casal é premiado pela UBE, pelo conjunto de obras, com a medalha Marina Martinez.

De 2002 ate 2017 o casal vem participando ativamente do universo da Literatura brasileira".

Eliardo ilustra Os Sonhos do Lenhador de Malba Tahan, Ebal - 1969.


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