Em 1986, com os vários fracassos dos planos econômicos do período, Ofeliano de Almeida criou Sarnento, o fiscal. A tira criticava o momento econômico e principalmente a pouca eficácia do Plano Cruzado, do governo do presidente José Sarney e foi uma das obras premiadas no I Concurso Nacional de Quadrinhos do Globo.
Em março de 1992, ao próprio jornal, Ofeliano deu o seguinte depoimento:
"Na época, o povo parecia se aliar aos seus inimigos eternos, os políticos oportunistas. E aqueles que realmente lutavam por uma causa popular ficaram sem função, falando ao vento. As tiras comportavam muitos personagens: o Sarnento, o fiscal combativo, fiel escudeiro do Rei, e os anti-heróis, todos desempregados, caducos, como Robin Hood, que no desenho era um rato, e o Zorro, que era uma raposa".
Infelizmente a tira não teve publicação regular, pois o autor preferiu substituí-la pela série Leão Negro.
Um comentário:
Sem dúvida, trocar o Sarnento pelo Leão Negro foi uma troca vantajosa. O anti - herói antropomórfico,criado por Ofeliano, em parceria com a roteirista Cinthya, se tornou um dos grandes sucessos do jornal O Globo, ganhando uma legião de fãs e sendo lembrado até hoje.me lembro que, na época, muitos pensavam que se tratasse de uma série europeia.Todo ficaram de queixo caído quando viram que era feito aqui mesmo, no Brasil!
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