Yuri Al’Hanati - (1986): Yuri publicou entre 2014 e 2017 uma tira diária com tintas biográficas e sem título no jornal Gazeta do Povo. Foi convidado para fazer o trabalho quando estava em viagem pelo continente europeu. Sobre a experiência, apresenta o seguinte depoimento:
“Lembro que liguei para o Benett em busca de algum tipo de conselho profissional ou benção, e ele apenas me disse que o importante era que eu me divertisse. Levei esse conselho como uma máxima pelos três anos que trabalhei como cartunista, até a Gazeta extinguir o espaço junto com a versão impressa do jornal. Não posso negar que em algumas semanas o trabalho foi trabalho. Mas, na maior parte do tempo, o dia que eu separava para fazer as tirinhas da semana era um dia de diversão. Fui feliz, se não me engano. Já os leitores da Gazeta não pouparam ofensas e críticas ao meu traço mal feito e ao meu senso de humor esquisito. Mesmo assim, em nenhum momento o jornal interferiu no meu trabalho, nem o censurou de qualquer forma. Acho que isso tende a ser uma raridade nos grandes veículos de comunicação”.*
*Narrativas gráficas curitibanas / José Aguiar - Curitiba, PR - Secretaria da Comunicação Social e da Cultura: Biblioteca Pública do Paraná, 2019.
Yuri Al'Hanati nasceu em Angra dos Reis (RJ), em 1986, e reside em Curitiba desde 2004. Formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), é cronista e crítico literário. Fundou, em 2010, o Livrada!, plataforma multimídia voltada à literatura, e mantém uma coluna semanal desde 2015 no portal A Escotilha. É o autor do livro de crônicas Bula para uma vida inadequada (2019) e participou da antologia Fake Fiction: contos sobre um Brasil onde tudo pode ser verdade (2020).
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