sexta-feira, 8 de novembro de 2024

A Capivara - 1990

Ao assumir a Presidência da República, uma das primeiras medidas de Fernando Collor de Mello (1990-1992) foi acabar com a Funarte (Fundação Nacional de Artes). 

Com isso a Agência Funarte, uma das maiores distribuidoras de material para imprensa no Brasil, teve que paralisar a remessa de tiras para todo o país. Séries como Geraldão, de Glauco; Níquel Náusea, de Fernando Gonsales; Chiclete com Banana, de Angeli; Rango, de Edgar Vasquez e o Condomínio de Laerte, não estariam mais à disposição para a publicação. Para desempenhar esse papel foi criada a Pacatatu Projetos Culturais, que reuniu os maiores desenhistas do Brasil. Sob a coordenação de Richard Goodwin, ex-funcionário da Agência Funarte Ana Lúcia Pinta. Essa empresa privada passou a fazer o trabalho de distribuição de todos os quadrinhos.

Além de contar com todos os autores já participantes do projeto, a empresa ofereceu várias outras opções de autores novos, que que mostrariam seus talentos e novas opções para o leitor.

Uma dessas novas opções foi A Capivara, de Roger Mello, marcada pelos traços infantis que lembram os da equipe Disney, de quem o autor não escondia a admiração.

Além da Capivara, o personagem principal, os personagens da tira eram os outros animais da fauna brasileira.

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Roger Mello nasceu em Brasília, em 20 de novembro de 1965, e atualmente mora no Rio de Janeiro. É formado pela Escola Superior de Desenho Industrial da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. No início de sua carreira, trabalhou ao lado de Ziraldo, na Zappin, e também se dedicou ao desenho animado. Vem se destacando como ilustrador e autor de livros infantis, sendo um dos nomes mais aclamados pela crítica e pelo público. Suas cores fortes e quentes preenchem traços carregados de dramaticidade e espírito lúdico, emprestando às obras de outros escritores um clima marcadamente brasileiro e alegre.

Esse também é o tempero essencial de muitos de seus livros, escrevendo principalmente recontos de lendas e histórias do folclore, revelando nuanças da alma e dos feitos do povo. Conquistou diversos prêmios por seus trabalhos como ilustrador, autor de livros de imagem e livros para criança, dramaturgo e produtor visual.  

Recebeu da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil os prêmios Malba Tahan, Luís Jardim, Ofélia Fontes, Melhor Ilustração e 15 prêmios Altamente Recomendável.

Outros prêmios conquistados foram: Prêmio Jabuti de Ilustração e de Melhor Livro Juvenil; Prêmio Especial Adolfo Aizen; Prêmio pelo Conjunto da Obra da UBE; Prêmio Monteiro Lobato; Prêmio Adolfo Bloch e da Fondation Espace Enfants (Suíça) o Grande Prêmio Internacional. Conquistou duas vezes o selo White Ravens da Biblioteca Internacional de Munique. Em razão dos seus vários trabalhos premiados, tornou-se hors-concours dos prêmios da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ). Em 2014, ganhou o Prêmio Hans Christian Andersen, o mais importante prêmio infanto-juvenil do mundo.

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