Em junho de 1985, Franco de Rosa publicou no jornal Folha da Tarde (SP) uma charge caracterizando o então presidente José Sarney como o gato Manda Chuva, personagem dos estúdios Hanna-Barbera. O editores se entusiasmaram com a ideia e pediram a ele, e também aos cartunistas Novaes e Nicoliélo, algumas tiras com cunho político baseada na famosa série de TV.
Em colaboração mútua os três autores começaram a bolar a tirinha diária e a satirizar todos os personagens da política nacional daquele período por meio da Turma do Manda Chuva. Assim tivemos José Sarney como Manda Chuva; Antônio Carlos Magalhães como Batatinha; Ulisses Guimarães como Guarda Belo; Gênio como Dornelles; e várias criações do trio como o Gatuf (Paulo Maluf); Gazola (Leonel Brizola); Frajola (Jânio Quadros); Juca Pato (Fernando Henrique Cardoso); Gatarazzo (Eduardo Suplicy); Gatayad (João Sayad); Soneca (Franco Montoro); um cão velho (Ernesto Geisel) e um gato misterioso (Freitas Nobre).
Apesar da boa repercussão a série parou depois de apenas um mês. O representante da Hanna-Barbera no Brasil, já escaldada com várias sátiras eróticas publicadas por pequenas editoras de quadrinhos como a Nova Sampa, reclamou sobre o uso de seus personagens, por isso, houve uma reunião com os editores da Folha da Tarde, e o representante da HB só concordaria que a série continuasse se o jornal publicasse uma tira diária dos estúdios HB ao preço de 100 dólares por semana, um preço muito muito alto para a época, e a direção da Folha da Tarde pediu o cancelamento da Turma do Manda Chuva.
Um final infeliz para uma ideia bastante feliz, mas Novaes não se deu por vencido e partiu para uma nova empreitada, desta vez caracterizando José Sarney como Sir Ney (conheça aqui)!
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