sexta-feira, 4 de março de 2022

Niquinho - 1965

Niquinho, de Mauricio de Sousa, surgiu em 1965 no livro A Caixa da Bondade, da editora FTD. Esse livro fazia parte de uma série de três, os outros são: Astronauta e Piteco, e foram lançados por ocasião da Feira do Livro daquele ano. A encomenda foi feita de última hora e Mauricio não teria tempo de produzir três livros de histórias em quadrinhos, então, optou pelo modelo de livros ilustrados.

Niquinho não fazia parte do cardápio de personagens do autor e foi criado exclusivamente para a obra.

Nessa história em particular, o traço diferia bastante daquele adotado por Mauricio e, segundo ele, foi inspirado nas criações da UPA (United Productions of America), produtora responsável pelas animações de Mister Magoo e Gerald McBoing-Boing.

                                                    Acima, o Niquinho original de 1965.

Em abril de 1968 Niquinho ganhou a sua série de tiras diárias, estreando no jornal A Gazeta (SP). O personagem perdurou até aproximadamente 1971, ultrapassando o número de 900 tiras produzidas. Nas tiras, Niquinho ganhou um traço bem diferente daquele original, adaptando-se ao que era feito na linha de produção da MSP.

Niquinho era uma criança extremamente bondosa, praticamente um contraponto ao Nico Demo e, às vezes, punha em risco sua própria vida para auxiliar os outros.


Mauricio de Sousa explica assim o seu personagem: "É a antítese do Nico Demo. Bonzinho, angelical, ingênuo, inocente até as últimas consequências. Ele faz bondades num mundo de maldades... Sofre pelo caminho, mas no final, de uma forma ou outra, é recompensado. Criado em 1965".

Um comentário:

bia kassar disse...

recompensado no final nada! o niquinho era tipo o kenny do south park, só se ferrava coitado