A revista Intervalo, da editora Abril, surgiu em 1965 apostando na popularização da TV no Brasil. Era apresentada em formatinho, nos moldes da TV Guide norte-americana e, além da programação dos canais, trazia semanalmente também matérias sobre os astros da telinha e da música.
A partir de 1970 dobrou seu formato, para um tamanho próximo da revista Realidade, e abriu espaço para o cartunista Michele (pronuncia-se Miquéle) Iacocca, que nesse período fazia parte da redação da revista, criar sua tira semanal sobre televisão.
A série não tinha nome, nem seus personagens, mas era composta basicamente por um espectador interagindo com seu aparelho de TV.
Com um traço bastante influenciado pelo do cartunista argentino Copi (Raul Damonte Botana, Buenos Aires, 1939 - Paris, 1987), e dono de uma criatividade inesgotável, Michele conseguia fazer humor sutil com essa situação tão corriqueira.
A revista Intervalo durou até 1972.
Sobre o autor, a Antologia Brasileira de Humor - Volume 2 (L&PM, 1976) registra: "MICHELE IACOCCA nasceu em 19 de outubro de 1942, em S. Marco Del Cavoti, Itália. Iniciou como profissional em 1969, em São Paulo onde reside. Foi colaborador de diversas revistas do país. Atualmente é colaborador da revista Veja e Exame. É autor do livro Eva".
No site da editora Global, achamos a seguinte biografia:
"Nasceu na Itália, tem formação em Artes Plásticas, veio jovem para o Brasil e aqui fincou suas raízes. Chargista, cartunista, tradutor, escritor, foi durante anos diretor de arte de agências de publicidade e editoras. Publicou seus trabalhos nos principais jornais e revistas do país. Autor e ilustrador de mais de uma centena de livros, entre eles os premiados Eva, Vacamundi, O que fazer?, Doente imaginário, Primeiro amor e As aventuras de Bambolina. Tradutor de obras de escritores famosos como Gianni Rodari e Umberto Eco, ganhou, por traduções, o Prêmio APCA – Associação Paulista de Críticos de Arte".
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