Renato Canini criou o Tibica em 1959 para a revista Cacique da Secretaria de Educação e Cultura do Estado (RS), ele era um menino negro que vivia aventuras de criança. Em 1979, para participar do Projeto Tiras, reformulou o personagem transformando-o em um indiozinho.
De acordo com o folheto promocional do Projeto, que era enviado aos potenciais clientes, ficamos sabendo que:
"Tibica é um indiozinho bem brasileiro que, ao longo de suas aventuras, mostra o processo de colonização sofrido pelo indígena no seu local de origem. Tibica conversa com animais e árvores, defendendo de maneira engraçada e inocente o meio ambiente em que vive.
Canini, o autor, mostra o progresso e a civilização chegando aos mais importantes recantos da vida indígena. E é através da inocência de Tibica, em cenas divertidíssimas, que vemos toda a inquietude deste cartunista preocupado não só com a vida indígena, mas também em criticar todo o processo por que passa o meio ambiente nacional".
"Canini - é gaúcho de Paraí, nasceu em 1936, no dia 22 de fevereiro. Iniciou sua carreira profissional em 1957, na revista infantil Cacique, editada pela Secretaria de Educação do Rio Grande do Sul.
Em 1969, começou a colaborar para a revista Recreio da Editora Abril e posteriormente para outras publicações como Zé Carioca, Almanaque Disney, Disney Especial e Crás, da mesma editora.
Além de Tibica, Renato Canini já publicou outros personagens em jornais e revistas como é o caso de Kactus Kid e Dr. Fraud, e também colaborou como cartunista para os jornais Pasquim, Ultima Hora, Jornal do Brasil, Folha da Tarde e Folha da Manhã".
"Mery Weiss, escritora infantojuvenil do Rio Grande do Sul, descreve Tibica como um personagem que ama Deus e a natureza, critica a violência, a poluição e a exploração, mostrando a ecologia como um assunto atual desde os tempos bíblicos, de forma ora poética, ora irônica, atraindo a atenção tanto de adultos quanto de crianças".
Tibica foi uma das criações que teve maior sobrevida do Projeto Tiras e chegou a ser publicado no jornal O Globo em 1984, com distribuição da Intercontinetal Press. Foi publicado em livro pela Editora Mercado Aberto (Cadê a graça que tava aqui? - 1983) e pela Editora Formato (Tibica o defensor da ecologia - 2010).
A primeira versão do personagem.
Um comentário:
�� "Todo dia era Dia de Índio, todo dia era Dia de Índio, todo dia era Dia de Índio, mas agora ele só tem o dia 19 de abril..." ��
(Baby Consuelo do Brasil, 1982. Composta por Jorge Ben Jor)
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