quarta-feira, 30 de julho de 2014

Alan Bico - Folha da Tarde - 1969




Criada por Chico Caruso em início de carreira e publicada entre os anos 1969 e 1970, a tira Alan Bico contava as aventuras e pensamentos filosóficos de um papagaio humanizado. Apesar do trocadilho no nome, Alan Bico não parecia ser adepto de bebidas alcoólicas. A tira chegou a ser publicada na revista O Bicho.

Na Enciclopédia dos Quadrinhos (Goida/André Kleinert - editora L&PM, 2011), encontramos a seguinte biografia:

"CARUSO, Chico - Brasil (1949)

Paulista de Vila Madalena, nascido em 6 de dezembro, irmão gêmeo de Paulo Caruso, outro gênio da comunicação visual nacional, Chico, no registro civil tem como nome completo Francisco Paulo Hespanha Caruso. Depois de alguns trabalhos na ilustração, quadrinhos e charges políticas, fixou-se nessa última, com uma qualidade que faz inveja aos maiores cobras internacionais do gênero. Do livro Não tenho palavras (uma seleção de charges publicada em 1984), retiramos alguns trechos de sua autobiografia: 'Comecei a trabalhar em 1967, num jornal mezzo popolare, mezzo esquerdista, a Folha da Tarde de São Paulo. Fazia, no mesmo dia, a charge política, desenhos para o horóscopo, uma ilustração para a coluna 'Histórias que a vida escreveu' e três desenhos de esporte... Isso entre as 4h30 e 7 da manhã, que depois eu ainda tinha aula no colégio estadual da Vila Madalena. Em dezembro de 1968 veio o Ato 5 e a primeira coisa que fizeram foi acabar com a charge. Fiquei só fazendo ilustração. Lia o texto, bolava uma calunga, mandava pau e ia embora. Uns cinco anos fazendo ilustração, já pensaram?... Pra passar o tempo, fiz arquitetura na USP. Lá fui convidado pelo Luiz Gê pra participar de uma revistinha de quadrinhos que ele fazia junto com o Laerte. Com Paulo, meu irmão gêmeo, e muitos outros, redescobrimos o prazer de desenhar: O Balão era vivo, respirava, embora com dificuldade, naqueles anos tensos'.

Chico tem vários livros com seleções de suas charges, além do já citado Não tenho palavras, como Nova República — Novo Testamento (Brasiliense/Circo, Série 'Traço & Risco', 1987), Nova República — Velho Testamento (Brasiliense/Circo, Série 'Traço & Risco', 1987) e Pablo Mon Amour (Editora Chico Caruso e Proeditora Assoc., 2001 — reedição). Colaborou também nos álbuns coletivos Brasil e Argentina (Fund. Memorial da América Latina, 1990) e Os filhos da Dinda (Scripta Ed.,1992) e na revista Bundas, em especial nas páginas de Chico Caruso mata e mostra o Picasso".

Nenhum comentário: