domingo, 17 de setembro de 2017

Arbustinho - Diário de S. Paulo - 1964


Trabalho de estreia do cartunista Edú (Eduardo Carlos Pereira), Arbustinho foi publicado no Diário de S. Paulo em 1964. 

O personagem, um garoto com cabeça de arbusto, aparecia semanalmente no Suplemento Feminino, embora, por um breve período, tenha sido veiculado diariamente junto com as outras tiras do jornal.


Na maioria das vezes em gags mudas e nonsense, seguia a linha de outras séries internacionais do diário como Carlão de Tom Kerr, Don Ramon (Pops) de George Wolfe e Victor do cartunista Mozo.


Sobre Edú sabemos que é o criador de personagens como o Praça Atrapalhado e o Dr. Estripa, publicados pela Editora Super Plá e Saber, de São Paulo. Também criou inúmeras capas para estas editoras, em títulos como Brucutú, Família Buscapé, e outros.

Nasceu em São paulo em 1947. Quando jovem lia O Tico-Tico e admirava Hal Foster, o criador do Príncipe Valente.


Sem um estudo formal de desenho, iniciou-se profissionalmente em 1964, aos 17 anos, nos Diários e Emissoras Associadas. Era chargista e lá criou seu primeiro personagem, O Arbustinho, em tiras semanais para o Diário de S. Paulo. Com o fechamento do jornal entrou para a editora Saber, dos irmãos Savério e Bértolo Fittipaldi. Era o ano de 1970 e estava com 23 anos.

Percebendo que o mercado carecia de material novo, nacional, criou o Dr. estripa e o Praça Atrapalhado que foram aceitos e gozaram de relativo sucesso, inclusive com revistas próprias. Em 1972, com 25 anos, outra criação sua teve uma edição única via Saber: Big Músculus, além da personagem A Bruxa, citados até hoje por profissionais da área como ótimas referências do quadrinho nacional no período.

A Bruxa - editora Super-Plá.

Após a editora Saber, fez parte da equipe Disney na editora Abril, desenhando também material de Hanna e Barbera e Pantera Cor-de-Rosa.


Bocage - Anedotas e Piadas - editora Super-Plá.

Em 1973 idealizou o mascote da série Vagalume da editora Ática, o Luminoso. A coleção juvenil iria alcançar mais de 100 títulos e marcaria várias gerações nos anos seguintes. Luminoso passou a protagonizar histórias em quadrinhos nas orelhas dos livros onde repassava a sinopse da história em conversa com o leitor.

Participou também da revista Pancada da Editora Abril, uma revista nos moldes da Mad, em maio de 1978.

A partir de 1981 Edú criou seu próprio estúdio de design gráfico, o Lápis Mágico, em atividade até hoje.

Agradecimentos ao amigo Marcos Eduardo Massolini pela entrevista com Edú.







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