sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Histórias da História do Rio - 1956

Série didática publicada na versão carioca de jornal Última Hora durante o ano de 1956, Histórias da História do Rio contava casos curiosos da História do estado fluminense. 

Produzida por Eduardo Barbosa em seu estilo realista, era composta por quadros desenhados com textos inseridos nos rodapés. Publicada em destaque no jornal, ocupava toda a largura da página do periódico

Para saber mais sobre Eduardo Barbosa clique aqui.

sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Pedro Paulo - 1962

Provavelmente inspirado por seu trabalho na revista Enciclopédia em Quadrinhos da RGE, Rio Gráfica e Editora, que circulou por 16 números entre abril de 1956 e julho de 1957, Gutenberg Monteiro criou em novembro de 1962 a tira do repórter Pedro Paulo para O Jornal (RJ). Com um viés didático, a série dava noções de física, matemática, história e das últimas descobertas científicas da astronomia, enquanto acompanhava as aventuras do repórter Pedro Paulo.

Inicialmente sem assinatura, com o passar dos capítulos Gutenberg passa a assinar as tiras.

Na história, o jornalista namorava Lina, neta do dono do jornal. Lamentavelmente, a garota estava nas tiras apenas como contraponto cômico devido à sua ingenuidade e pouca inteligência.

Para saber mais sobre Gutenberg Monteiro clique aqui.

sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Diz, Logotipo! - 1977

Diz, Logotipo!, foi lançada em 1977 no suplemento Folhetim, da Folha de São Paulo, criada pelo cartunista Fortuna (Reginaldo José Azevedo Fortuna, São Luís, 21 de agosto de 1931 — São Paulo, 5 de setembro de 1994). 

Segundo o autor, o que deu origem à Diz, Logotipo! "foi quando vi uma seta indicada para cima, contendo uma seta indicando para baixo. Quando bati os olhos lembrei da famosa frase de porta de elevador: 'Sobe? Não, desce', respondem. Bem, naquela seta vi a a essência da seção que eu iria criar, aplicando o cotidiano geral, as frases, as expressões que herdamos, outras da cultura popular, frases feitas. Tudo em confronto com essa arte tão olímpica, tão perfeccionista, tão significante no sentio semiótico, e ao mesmo tempo tão hermética para os olhos dos que detêm esse acervo cultural de nossas frases do dia-a-dia."

Diz, Logotipo!, depois de dois anos de Folhetim (onde teve forte colaboração dos leitores), foi para a página Gol e depois passou a semanal. Em 06 de janeiro de 1983 ganhou sua publicação diária, junto com a versão diária de Chiclete com Banana do cartunista Angeli. 

Fortuna previa “uma espécie de seção de horóscopo ou palavras-cruzadas, atemporal, que vai continuar existindo até epois que eu morrer”. Planejada para três símbolos em média, por dia, apresentando logotipos variados, nacionais ou estrangeiros.

“Fiz uma pesquisa em livros especializados em design e, no dia-a-dia, estarei funcionando como o cartola do time, que dá o pontapé inicial, contando que os leitores entrem em campo. O Diz, logotipo! é um filão inesgotável, funciona como uma espécie de 'Teste de Roscharch' (teste psicológico realizado a partir da interpretação de manchas), feito com régua e compasso. Para seu criador, o segredo da durabilidade da série está na renovação dos leitores, pois nunça ninguém lê a mesma coisa num logotipo. Fortuna dá o exemplo da Caderneta de Poupança Delfin: “Ele não diz nada do que está acontecendo com a Delfin, mas eu posso, com o logotipo, dar um toque do que aconteceu lá."

Os tipos possíveis de exploração no “Diz, Logotipo!” foram desde os primitivos até os acadêmicos pois, como afirmava, “em qualquer manitestação formal há sempre brecha para tirar um sarro, uma vez que nunca são o que são e sim algo que pretendem ser”.

Diz, Logotipo! saiu também em O Pasquim em 1990 e foi reunida em livro pela editora Kraft no mesmo ano.

Fortuna foi um das grandes expoentes do cartum brasileiro. Começou bastante cedo a desenhar e aos quinze anos, ao se mudar para o Rio de Janeiro, teve desenhos impressos na revista Sesinho, publicação do Serviço Social da Indústria sob o pseudônimo de Ricardo Forte. Durante os primeiros anos de ditadura militar, tornou-se conhecido por suas charges políticas no jornal Correio da Manhã. Algumas dessas charges foram publicadas no livro "Hay Gobierno?" com Jaguar e Claudius.

Passou por publicações da grande imprensa e imprensa alternativa, dentre as quais A Cigarra, O Cruzeiro, Pif-Paf e Revista da Semana. Foi um dos fundadores do jornal Pasquim. Editou e dirigiu a revista de "cartuns e quadrinhos não enlatados" O Bicho. Foi o responsável pelo projeto gráfico do suplemento Folhetim, do jornal Folha de S. Paulo, editado por Tarso de Castro. Com Tarso também revisitou a revista "Careta". Fez capas para livros, para a revista "Veja" e participou de antologias de humor. 

Criou a personagem de quadrinhos nonsense "Madame e Seu Bicho Muito Louco". Lançou três livros solos: "Aberto Para Balanço" (charges do Correio da Manhã), "Diz, Logotipo!" (legendas sobre logotipos existentes) e "Acho Tudo Muito Estranho (já o prof. Reginaldo, não) - (textos de humor e ilustrações). Fortuna morreu de infarto aos 63 anos.

quinta-feira, 17 de julho de 2025

Julieta, a descasada - 1987

Na mesma época em que emplacou seu personagem Romeu, o descasado, Gilberto Maringoni criou para a revista Claudia, da editora Abril, a sua contraparte feminina, Julieta, a descasada.

Abordando as dificuldades da mulher contemporânea, como os desafios no trabalho, a dupla jornada e a criação dos filhos, praticamente sozinha, Julieta conseguia tirar humor dessa difícil situação.

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sexta-feira, 11 de julho de 2025

Dona Beja - 1978

Com o sucesso obtido pelo estilista de moda Clodovil Hernandes respondendo sobre Dona Beja no quiz show "8 ou 800", transmitido ao vivo pela rede Globo entre 1976 e 1977 e apresentado pelo ator Paulo Gracindo foi resgatada para o grande público essa controversa figura histórica.

Ana Jacinta de São José, conhecida como Dona Beja (Pains, 2 de janeiro de 1800 – Estrela do Sul, 20 de dezembro de 1873) foi uma personalidade brasileira do século XIX, conhecida por ser influente na região de Araxá, Minas Gerais.

Por conta disso o editor Atanagildo Côrtes e o desenhista João Batista Baldisseri Jr. passaram a publicar semanalmente a partir de 20 de maio de 1978 a série Dona Beja no jornal Correio de Araxá, com o apoio da Divisão de Educação da Prefeitura Municipal.

Baldisseri, aqui desenhando, ficou mais conhecido por seus roteiros em revistas como Mestres do Terror da editora D-Arte; Choque da editora Nova Sampa e Vampiro da Press editorial e por organizar, em maio de 1988, junto com Domingos Guimarães, o Encontro das Histórias em Quadrinhos, que reuniu os grandes nomes das HQs brasileiras de então na histórica cidade mineira.

sexta-feira, 4 de julho de 2025

Aventuras do Philomeno - 1928

Um pobre coitado que vive de bicos à espera da sorte grande. Este é o mote das Aventuras do Philomeno publicadas semanalmente na Folha da Noite, atual Folha de São Paulo, em 1928, .

As histórias eram assinadas simplesmente por LCFFE.

sexta-feira, 27 de junho de 2025

A Mosca - 1987

Convivendo com lixo, bactérias, outros insetos e até com um pernilongo impotente, A Mosca criticava a sociedade humana, a corrupção política e os problemas sociais com um humor direto e contundente. Criada em início de carreira por Custódio Rosa, ele mesmo esclarece: 

"A Mosca foi uma tentativa de fazer uma mistura de uma mosca com Mafalda. Quase um David Cronenberg. Fiz pra distribuir em jornais, o personagem era da época da adolescência, mas era um pontinho apenas. Essa versão humanizada foi indicação de um professor quando eu devia ter uns 20 anos".

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Sobre o autor: Custódio Rosa (José Custódio Rosa Filho), nascido em São Paulo em 1967, é cartunista, escritor e roteirista. Desde 1988 fez charges, personagens, tiras e animações para agências de publicidade, sindicatos, revistas, jornais e canais de TV. É um dos maiores licenciadores de tiras e cartuns para livros didáticos (www.tirasdidaticas.com.br).

Tem 10 livros publicados. No Brasil, é autor do Manual do Sexo Virtual– (Nova Alexandria, 2000), Anita Garibaldi, o Nascimento de uma heroína (2010), Alma, a história da arena esportiva mais antiga do país (com Fernandes- 2012), Selena (com Jinnie Pak- 2015), Sete gatas e uma Vida (com Jinnie Pak- 2017), Marisa, a brisa (2019) e Belo, o fio de cabelo (2023).

Na Itália publicou pela Editora Verba Volant os livros Anita Garibaldi, la nascita de una eroina (2016) e o livro infantil Bello, storia di un capello (2018).

Em parceria com a psicóloga Dina Azrak publicou o livro A Fada da Fala (2018).

Pela Agência Estado, entre 2002 e 2006 publicou charges em 55 jornais no Brasil  e um do exterior. Entre 2010 e 2012 fez cartuns animados semanalmente sobre a cidade de São Paulo para a TV Câmara.

Foi premiado nos salões de humor de Volta Redonda, Amazônia, Brasília e recebeu o Prêmio de Excelência no National Press Club do Canadá. Venceu o Prêmio de Tiras do Jornal Estado de São Paulo em 2008. Foi vencedor, individual ou em dupla, dos ProAC 2008, 2011, 2013 e 2015 na categoria quadrinhos, 2018 e 2021 em Literatura Infantil.