sexta-feira, 30 de novembro de 2018

O Pinto - Jornal dos Sports - 1967

Em 1967, o suplemento Cartum JS, do Jornal dos Sports, que já publicava O Pato, de Ciça, ganhou mais uma ave em seu elenco: O Pinto, do cartunista e animador Stil (Pedro Ernesto Stilpen - falecido em 2017). 

A série contava de maneira bem humorado as aventuras de um pinto em contato com vários outros animais, como uma minhoca, uma coruja e uma formiga (com quem teve um filho!).
Quando da estreia do cartunista, o suplemento publicou: "Stil, assim como o hospital, também se chama Pedro Ernesto. Stil vem do fato de ele se chamar Pedro Ernesto Stilpen, para não ser confundido por nenhuma ambulância. Como Stilpen é menos bom do que Stil pra nome de humorista, ele vai ser chamado (e ficará terrivelmente conhecido) pelo apôdo de Stil. Mas, por favor, não falem em apôdo com ele. Stil, apesar desta apresentação, é um jovem de refinado bom gosto".

Durante a duração da série o suplemento publicou: "Tudo começou quando Stil inventou o pinto, um pobre pintinho normal, inseguro, burguesinho, cheio de problemas normais. Foi grande amigo de uma minhoca, depois de uma coruja, ambos altamente politizados e cultos, que quase fundiram a cuca do pobre pintinho. Depois ele conheceu uma formiga tão normalzinha quanto ele. Bateram um longo papo, o pintinho achando a formiga um pouco mignon mas, com aquela mania de protetor, vidrando pelo fragilidade da mocinha, querendo logo ser o amigo dela. Um dia, convidado a visitar seu formigueiro, aconteceu o inevitávei. (Não sei por que é que todo mundo chama aquilo de inevitável). Tendo acontecido, o pintinho se mandou. Meses depois nasceu um forpintinho ou um pitingo estranhíssimo. O pintinho, fraco como todo ser humano normal, abandonou o lar que nem chegou a existir e saiu pelo mundo. E é aqui que nós entramos".
Stil em O Pasquim - 1976
Charge para o Jornal dos Sports - 1967.

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Sobre a carreira de animador de Stil, lendo o site Animação S.A., ficamos sabendo: "Foi lá em 1968, que, junto com outros cineastas (entre eles Antônio Moreno), Stil ajudou a fundar o grupo Fotograma com o objetivo de divulgar o cinema de animação no Brasil. Este grupo organizou diversas mostras internacionais de filmes de animação na Cinemateca do MAM, no Rio de Janeiro. Além do mais o grupo Fotograma também realizou um programa na extinta TV Continental sobre o mundo da animação.

Cena de uma animação para o programa Satiricon, da Rede Globo (1973) e do curta-metragem Urbis (1969).

Mas em 1969, o grupo, considerado subversivo, se extinguiu. Stil, que trabalhava como arquiteto numa empresa estatal foi demitido e aí decidiu largar a arquitetura pra se dedicar a aquilo que mais gostava: O Cinema de Animação. "Graças a ditadura eu deixei de ser arquiteto pra virar animador" disse ele em entrevista no documentário Luz, Anima, Ação.

E nesses mais de 40 anos, dedicado a arte da ilustração e do cinema foram inúmeros trabalhos: Curtas Metragens, roteiros de live-action e animação, livros, ilustrações, diversos personagens como a atrapalhada dupla detetives Antunes e Bandeira, Asdrubal, diversos dos "plim plims" da Rede Globo.

Cenas dos curta-metragens Filho de Urbis (1969) e Para cada grilo uma curtição (1970).

Rede Globo que aliás foi um dos lugares onde ele mais contribuiu com seu trabalho: Além dos Plim plims seu trabalho estava estampado em diversas atrações como: Faça humor não faça guerra, Satiricom, Armação Ilimitada, Domingão do Faustão e especiais de Lisa Minelli e Tom Jones.

Ainda como animador independente, sua contribuição foi valiosissima por sempre buscar técnicas baratas de produção utilizando papel de embrulho como suporte para o desenho de croquis animados com caneta hidrográfica, abrindo perspectivas para a utilização de outras técnicas: Assim foi nos filmes Status Quo (1968), Batuque (1969), Lampião ou pra cada grão uma curtição (1972), ABC (1978) e muitos outros filmes.

No ano de 2014, na terceira edição da Mostra Animação S.A. de Cariocas Animados, foi exibido o filme "Asdrubal em o que é que há com seu Peru" e Stil foi o homenageado da noite.

Mesmo após sua saída da Rede Globo a pouco mais de uma década, Stil nunca parou de projetar, de sonhar de trabalhar. E uma de suas últimas realizações foi roteirizar  o longa metragem "As aventuras do pequeno Colombo".
Ilustração para o livro As Máquinas Mágicas Do Desenho Animado (Bloch - 1978).

sábado, 24 de novembro de 2018

Wagner Augusto - Entrevista - 1979

Em 1979, por ocasião do andamento do Projeto Tiras a editora Abril lançou uma edição especial do seu orgão interno, o Jornal da Abril, com informações sobre o projeto e uma entrevista com seu editor, Wagner Augusto, que poderá ser lida a seguir, junto com as outras matérias do veículo.

Os autores e seus personagens. Da esquerda para a direita, no alto: Paulo Paiva (Inseto City); Izomar (Zé Pessimista); Ruy Perotti (Sujismundo); Igayara (Florisvaldo, o vagabundo); Renato Canini (Tibica); Jorge Kato (Tuca); Henrique Farias (Giba); Verde (O Saturniano). Abaixo: Wagner Augusto; Claudino (Inseto City); Primaggio (O Veterinário) e Avalone (Carrapicho). 

"Autor de quadrinhos é uma raça em extinção"

Um apaixonado pelas histórias em quadrinhos. Desta maneira, Wagner Augusto, 27 anos, editor do Projeto Tiras, da Divisão de Publicações Infanto-Juvenis, se define em relação à arte que, há quase um século, conquistou adultos e crianças, e que, a cada dia, ganha novos aficcionados. O Jornal da Abril dá o seu perfil e suas opiniões sobre os quadrinhos no texto abaixo. Acompanhe.

Jornal da Abril - Como você começou nos quadrinhos?

WAGNER - Comecei como desenhista, com 16 anos de idade, na Editora Pan Juvenil*, que hoje tem outro nome (Edrel), fazendo cartuns, caricaturas. O pessoal lá de casa não gostava muito da coisa, eles achavam desenhista um marginal, aquela coisa toda. Aí transei uma faculdade. Fiz Belas-Artes até o 3º ano, tranquei matrícula e nunca mais apareci por lá. Ao mesmo tempo, dava aulas de desenho em colégios. Parei tudo, fui fazer Publicidade e Propaganda na Alcântara Machado, FIAM, concluí e abri um estúdio de assessoria de propaganda, além de exercer um pouquinho, em agências, meus últimos conhecimentos. Daí fiz Jornalismo e fui trabalhar em jornal de empresa, o jornal da Agroceres, mas não parei de fazer quadrinhos, desta vez para o O Diarinho, suplemento do Diário de São Paulo (publicado em 1975, no qual colaborava com reportagens, entrevistas e resenhas relacionadas aos quadrinhos).

*Sobre isso, Gonçalo Jr. em seu livro "Maria Erótica e o clamor do sexo" (Editora Peixe Grande - 2010) escreveu: "A Edrel, nesse começo (1967), publicaria os primeiros cartuns do futuro jornalista e editor Wagner Augusto, então um adolescente que queria fazer quadrinhos".  

JA - Os quadrinhos sempre como um “bico"...

WAGNER - Mais ou menos, pois organizei congressos e encontros sobre quadrinhos nacionais várias vezes, editei uma revista em quadrinhos no Rio de Janeiro, a Klik (publicação da EBAL, Editora Brasil-América, da qual fui editor em uma das suas fases, em 1976), que conseguiu ir às bancas por três vezes. O sucesso foi relativo, já que estava uma situação engraçada: éramos um grupo de desenhistas paulistas fazendo humor para os cariocas. Mas, em 1977, o Perotti me convidou para trabalhar na Abril, no Centro da Criação. Comecei como assistente de redação; depois, finalmente, passei para o Projeto Tiras como editor. E aqui estou.

O personagem Giba já aparecia na revista Klik da Ebal, com editoria de Wagner Augusto, em 1977.

JA - Melhor impossível! Conte-nos uma coisa: como surgiram as histórias em quadrinhos?

WAGNER - Nasceram em jornais, já faz quase um século, através do personagem Yellow Kid (garoto amarelo), de autoria de Richard F. Outcault, um americano muito louco. Foi assim: os caras estavam testando cores nos jornais, e escolheram o boneco do Outcault para testar o amarelo. Pegou, fez sucesso e o resto a gente sabe

JA - Todo mundo começou a fazer também.

WAGNER - É, foi a febre dos quadrinhos.

JA - OK. E quanto à passagem dos personagens das tirinhas de jornais para revistas?

WAGNER - Bem, cresceu o número de leitores das historietas. O espaço das histórias, uma página completa, diminuiu para caberem mais autores e mais personagens, daí nascendo as tiras. Veja só: todas as histórias em revistas que não passaram, pela fase dos quadrinhos, foram frustradas. Em termos de Abril, temos o exemplo do Saci Pererê, Satanésio, Sacarrolha e Cacá e sua turma. Os bonecos do Maurício, para confirmar o que eu digo, são o sucesso que são, mas começaram em tirinhas.

JA - Não é isso que o Projeto Tiras pretende?

WAGNER - Exatamente: criar novos personagens, de autores nacionais, para publicação em tiras diárias de jornais, para, depois de difundidos, se tornarem revistas. É quase um processo natural, mas obrigatório.

Clóvis Vieira na revista Klik, da editora Ebal, 1976.

JA - O humor em tiras tem que ser curto. Em dois ou três, no máximo quatro quadrinhos, a graça tem que ser dada. O de revistas não, pode ser mais alongada. É melhor para o personagem, para o seu sucesso, a tira ou a revista?

WAGNER - Existem realidades diferentes. Nos Estados Unidos há uma pesquisa que comprova que os leitores iniciam os jornais pelas histórias em quadrinhos. E há dois tipos de humor: o humor fechado, quando a graça é dada ali e no dia seguinte os bonequinhos estão em outra situação. E há o humor de sequência, como o Flash Gordon, Mandrake, Nick Holmes. Alguns autores conseguem a proeza de deixar um clímax em cada tira para “segurar” o leitor para a próxima tira, no dia seguinte. Lá, eles gostam do humor em sequência. No Brasil, o leitor lê, de preferência, a tira de humor fechado, quase um cartum dividido em quadrinhos, certo? Há, também, o detalhe da criatividade do autor, que escolhe um tema e faz 30 tiras sem cansar o leitor, e a si mesmo também. Brasileiro não lê quadrinhos em sequência. O próprio autor nacional tem consciência disso. Pra exemplo, vale citar que o Projeto Tiras ainda não tem nenhum boneco com histórias em sequência.

JA - Mas, e a entrada dos bonecos já em revistas, é perigosa?

WAGNER - Trata-se de um projeto maior, uma revista gasta mais que uma tira, entende? É perigosa também por isso, mas não se deve esquecer que, nas tiras, o boneco tem chance e tempo de se firmar. Nas revistas, direto, não.

JA - E o humor estrangeiro, como vai?

WAGNER - Vai bem. Entra no país por um preço barato e tem boa qualidade. Só que, respeitadas as exceções, não condiz com a nossa realidade. Vamos tentar mudar essa escrita.

JA - Vocês estão enfrentando concorrência estrangeira?

WAGNER - Sim. Só o Hagar, aquele viking valentão que tem medo da mulher, é publicado em 2.500 jornais apenas nos Estados Unidos. Quer dizer, ele chega ao Brasil por um preço quase sem lucro, o lucro já foi obtido lá fora. Mas as nossas tirinhas já estão em 17 jornais - 16 de São Paulo e 1 do Ceará - e pretendemos aumentar, e muito, esses números.

JA - Pra finalizar, a qualidade das tiras estrangeiras supera as das nacionais?

WAGNER - Muitos editores ou proprietários de jornais com quem conversei, simplesmente não sabiam que se fazia nacionais, exceção ao Maurício de Sousa. Autor de quadrinhos é uma raça em extinção. Se mudarmos isso, com o Projeto Tiras, poderemos superar a qualidade do humor estrangeiro, dando condições ao autor nacional.

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Apresentação

Certamente não existem pesquisas oficiais, no Brasil, do que os leitores leem em primeiro lugar nos jornais, mas caso fosse feita alguma, uma decisiva porcentagem certamente optaria por duas seções: horóscopo e histórias em quadrinhos.

Pois a Abril, entrando em um nova mercado (embora diretamente relacionado a uma de suas atividades mais importantes - quadrinhos), passa a descortinar e oferecer novas opções para os ávidos leitores que atualmente se divertem com os personagens estrangeiros que pululam em nossos jornais.

E essa fatia do mercado, além de tentadora, parece ser fascinante. Afinal, exceção (honrosa)feita a Maurício de Sousa, não existe nenhum outro tipo de estrutura que permiia a criação e manutenção de personagens eminentemente tupiniquins. Felizmente, parece que essa situação começa a ser mudada: 12 novas (simpáticas) figurasjá começam a invadir o mercado dos quadrinhos (mais precisamente, as tiras) no Brasil, assentando um pouco mais os nossos costumes e cultura nacionais e abrindo novos pólos de trabalho aos artistas brasileiros, até então forçosamente marginalizados pela invasão das tiras alienígenas.

Esse novo campo - idealizado e desenvolvido pela Abril recebeu o nome de Projeto Tiras e tem sido espalhafatosamente abordado pela imprensa que reconhece, mais do que um novo mercado, um autêntico filão culturalpara a afirmação do nome do artista brasileiro. Prova disso foi a matéria publicada pela revista Visão, e abordando o Projeto Tiras.

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Projeto Tiras: a operação de sucesso!

Em setembro do ano passado, Ruy Perotti, diretor de criação do Centro de Criação e Produção das Publicações Infanto-Juvenis, formou uma equipe com o objetivo de oferecer uma alternativa aos autores de histórias em quadrinhos nacionais e seus personagens: o Projeto Tiras, com a finalidade de colocá-los em jornais diários e, no futuro, dependendo de seu sucesso, transformá-los em heróis de revistas em quadrinhos.

Segundo Wagner Augusto, editor do Projeto, “o próprio mercado não oferecia condições de trabalho para o autor nacional, uma raça em extinção. Mas agora, com o Projeto, ele terá condições de fazer, apenas, quadrinhos. E viver disso”. Essa falta de condições citada por Wagner também abrange o fato dos quadrinhos estrangeiros chegarem ao país por um preço muito baixo, em função de já ter auferido lucros no exterior. “Para se ter uma idéia”, completa Wagner, "basta lembrar que o Hagar, aquele viking violento que apanha da mulher, só nos Estados Unidos é publicado em 2.500 jornais".

Em novembro do ano passado, a equipe saiu a campo, esperançosa, com uma pesquisa para descobrir o potencial de interesse que o Projeto despertaria nos editores de jornais diários. O resultado foi animador e, em janeiro deste ano entrou, defmitivamente, em operação no mercado o Projeto Tiras. Hoje, os personagens estão em 17 jornais do país.

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Quem é quem no Projeto Tiras

Ruy Perotti Barbosa é o diretor de arte e criador do Projeto Tiras. O editor é Wagner Augusto; Irene Valéria Ribeiro Scheel é secretária de produção; Natanael Aleixo Soares é o letrista e paste-up; Sueli Aparecida Mazze é a revisora. Na parte comercial, Luis Carlos Corrêa é contato junto ao Depto. Comercial, do qual o gerente é Nivaldo Montingelli Jr.

Jornal da Abril - Publicação interna do Grupo Abril - Ano 6 - nº 130 - primeira quinzena de junho de 1979

sábado, 17 de novembro de 2018

Strego - Projeto Tiras - 1979

Strego foi criado pelo desenhista e animador Clóvis Vieira em 1979 para o Projeto Tiras da editora Abril.

Segundo o folheto promocional do Projeto:

"Strego - é um urso alegre e desastrado que, embora não domine toda a técnica da magia, costuma praticá-la assim mesmo, causando sempre enormes confusões. Ele possui três assistentes: um jaboti, um esquilo e um ursinho muito simpáticos.

As histórias não se prendem a temas regionalistas, nem a nenhuma epóca determinada. Na verdade, o autor procura aproveitar a cultura universal, criando um universo diferente e original. Assim, ao mesmo tempo em que surgirão bruxas, fadas e monstros nas histórias, Strego e seus amigos vão também viajar no tempo e no espaço, criando situações muito especiais e divertidas!".

"Clóvis - iniciou sua carreira de desenhista aos 17 anos como profissional de cinema de animação. Trabalhou para as mais importantes produtoras de desenhos animados de São Paulo, produzindo mais de uma dezena de filmes, alguns premiados no Brasil, Argentina e Estados Unidos.

Participou em 1975 do 11º Salão de Histórias em Quadrinhos e Cinema de Animação de Lucca, na Itália, representando o Brasil como animador do curta-metragem Amor Mor, de 1973, produzido pelo cartunista Zélio.

Dedica-se também a desenhos animados para publicidade, além de escrever e desenhar suas histórias em quadrinhos". Clóvis Vieira faleceu em 6/6/2019.

Strego chegou a ser publicado em 1987 no jornal Clik.

Em 1983/84, foram produzidos alguns curta-metragens de 20 segundos com piadinhas de Strego, mas que não tiveram continuidade por falta de patrocínio.

Clóvis Vieira notabilizou-se posteriomente por ter produzido Cassiopéia (1996), o primeiro longa-metragem em animação totalmente digital do Brasil e, em alguns aspectos, do mundo.
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Em 1979 Clóvis fez parte do projeto do que deveria ser o quarto longa-metragem animado brasileiro, junto com Luís Briquet e Walbercy Ribas Camargo. Um filme em 3 episódios de 23 minutos cada, do qual Clóvis participaria com as aventuras do morceguinho Pifft "que, uma madrugada, ao voltar para casa (a torre de uma igreja), se atrasa demais e, para eu espanto, descobre o nascer do sol, e decide conhecer o dia. Como todos os seres fora de seu ambiente, Pifft e seu companheiro Pofft fazem várias descobertas, passam muitos sustos e vivem boas aventuras". O filme jamais foi concluído.
Pifft no jornal Metrô News, 1986. 

Projeto inédito para um livro ilustrado de Pifft.

Clóvis Vieira em 1972 na revista Quebra Coquinho, a primeira publicação da lendária editora Minami & Cunha.

Clóvis na revista Recreio, editora Abril, 1972.

Cenas do curta-metragem Amor Mor (1973) de Zélio e Clóvis Vieira.

Clóvis Vieira na revista Klik, editora Ebal, 1976.



Agradecimentos ao editor e jornalista Wagner Augusto e ao desenhista Clóvis Vieira.

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Tuca - Projeto Tiras - 1979


Criado pelo desenhista Jorge Kato, para o Projeto Tiras da editora Abril, em 1979, "Tuca é um cachorrinho simpático que encara a vida de uma forma simples e singela. As vezes participa do mundo de seus donos, os seres humanos, encarando suas atitudes sob um ponto de vista diferente e engraçado, e vivendo histórias muito divertidas. Dessa maneira, as aventuras do Tuca conseguem mostrar sempre o lado positivo e o lado negativo da vida, sem que o personagem perca suas características originais de cachorro, o que lhe garante uma sensibilidade toda especial. E, através desse método, o humorista acaba fornecendo ao leitor um quadro original do mundo que o cerca, mostrando as situações absurdas do cotidiano".


Sobre Jorge Kato, o folheto promocional enviado na época aos potenciais clientes descrevia: "Kato nasceu em maio de 1936, na cidade de Bastos, no interior paulista. Veio à capital para fazer o curso de Belas-Artes. Como desenhista iniciou sua carreira como ilustrador de livros didáticos e infantis e desenhou capas para revistas. Desenhou também histórias em quadrinhos para a Argentina e para os Estúdios Disney nos Estados Unidos.

Foi instrutor da escolinha do Grupo Infanto-Juvenil da Editora Abril, criada para descobrir e formar novos desenhistas de histórias em quadrinhos. Dirigiu o Departamento de Arte de publicações de livros e atividades e atualmente é Diretor de Arte do setor de artes e ilustrações".

Jorge Kato em 1962 Historinhas Semanais, editora Abril.

Jorge Kato foi um dos pioneiros artista Disney no Brasil, lendo a Wikipédia ficamos sabendo: "Jorge Kato (Bastos, 1936 - São Paulo, 7 de novembro de 2011) foi o desenhista da primeira história em quadrinhos Disney brasileira, publicada em dezembro de 1959. O desenhista começou a trabalhar na Editora Abril em 1953, como letrista, passando em seguida a desenhar capas das revistas Disney publicadas pela editora.

Na década de 1960, Kato desenhou histórias e capas para diversos personagens Disney. A partir de 1962 passou a adaptar material oriundo dos EUA.

Na década de 1970, Kato foi editor das revistas Disney da Editora Abril e foi, também, professor da Escolinha Disney da Editora, tendo sido responsável pela formação de desenhistas como Euclides Miyaura e Eli Leon.

Kato faleceu no dia 7 de novembro de 2011, a causa da morte não foi divulgada. O desenhista vivia em São Paulo".

Revista Crás nº 2, editora Abril, 1974.

Tuca já havia aparecido no jornal Picolé nº 03 de dezembro de 1976 da própria Abril.


Agradecimentos ao editor e jornalista Wagner Augusto.