sábado, 30 de agosto de 2014

Diana, a caçadora - Diário da Noite - 1949



Apresentada por Mário Jaci (Mário Jaci Monteiro, 1923-2014) no Diário da Noite do Rio de Janeiro, no ano de 1949, Diana, a caçadora, fazia humor com uma visão bastante estereotipada do continente africano, bem ao modo daquela mostrada nos seriados e filmes da ação de Hollywood na época, como Jim das Selvas ou A Deusa de Joba.






Diana foi publicada em livro em 1993 em edição do autor, impressa pela Ebal. Eu seu prefácio, escrito por Naumim Aizen, podemos ler: 

"De "Capitão Blood" a "Diana"

Mário Jaci nasceu por um descuido, como ele mesmo diz, em Santa Catarina. Veio para o Rio de Janeiro com 15 dias de idade.

Aos 15 anos, levado por sua mãe,que o acompanhava nas andanças pelas redações dos jornais, ele apareceu no Grande Consórcio de Suplementos Nacionais. Era uma editora dirigi­da por Adolfo Aizen, pioneiro dos quadrinhos no Brasil, e que praticamente publicava uma revista a cada dia da sema­na - Suplemento Juvenil, Mirim, O Lobinho, sem contar Poli­cial em Revista e Contos Magazine, de textos. 

Foi justamente em Mirim que se lançou em capítulos a quadrinização de Capitão Blood, de Rafael Sabatini, adapta­da e desenhada por  aquele menino. 

DIANA é uma retrospectiva da evolução de Mário Jaci, como escritor e quadrinista: os enredos das historietas são ora sérios, ora humorísticos, levemente mordazes e satíricos; os desenhos, por sua vez, mostram estilos e tendências di­versas. Algumas ilustrações refletem a influência exercida por Alex Raymond e Saul Steinberg (romeno, radicado nos Es­tados Unidos). Quando os influenciadores são de primeiríssima qualidade, melhor para todos... 

Mário Jaci trabalha em engenharia, e contribui para a divulgação da Astronomia amadora no CARJ - Clube de Astronomia do Rio de Janeiro -, atualmente como Diretor de Publicações.

DIANA, editada por conta própria pelo autor, destina-se a desenhistas e leitores de quadrinhos de todo o país ­e também aos que agora se iniciam nesta art, aparentemente fácil.

Vale a pena ler DIANA. Como filho de Adolfo Aizen, o editor que em 1938 aproveitou o talento daquele molecote de 15 anos, posso dizer, sem a menor dúvida: meu pai ia se di­vertir muito com o livro, e ficar bem orgulhoso - como ficava toda vez que via as obras-primas de um ilustrador,"filho artístico" seu".

Mário Jaci destacou-se nos seus últimos anos de vida como renomado astrônomo brasileiro.

2 comentários:

marilia jaci disse...

Que Maravilha ver tudo isso sobre meu pai querido !!!!!Grande abraço! !!!Marilia Muniz Jaci Monteiro

Luigi Rocco disse...

Olá, Marília. Que bom que tenha gostado! Obrigado pela visita.