Radicci (em italiano significa "raízes") é uma caricatura do colono italiano que aportou ao Sul do Brasil no final do século XIX. Verdadeiro anti-herói, faz um contraponto ao mito do italiano trabalhador, perseverante e culto: é um beberrão, vadio, grosso, machista e com péssimos hábitos de higiene. No entanto, Iotti, seu criador, consegue com Radicci um humor de costumes tão hilariante quanto refinado que faz dele um dos personagens mais queridos e carismáticos de nosso país.
Os outros personagens são:
Genoveva: Genoveva Marcon (nome de solteira, Genoveva Da Ré) é a mulher de Radicci e verdadeiro obstáculo, entre ele e o garrafão de vinho. Está sempre repreendendo o marido quando ele bebe demais.
Guilhermino: Guilherme Marcon é o filho hippie e naturalista de Radicci. Dá pouca importância aos estudos, demonstra muito interesse pelo rock'n'roll, tem o costume de denunciar o pai ao Ibama por caça ilegal.
Nôno: é o patriarca da família. Ex-combatente da Segunda Guerra Mundial, ele só não lembra para qual lado.
Tia Carmella: é a irmã do Radicci, viúva e religiosa fanática. Briga muito com o colono.
Brutto: cão de estimação do Radicci, costuma farejar animais para seu dono caçar.
Gigi: dono do bar que o Radicci frequenta.
Padre Domênico: o pároco da região.
As tiras de Radicci foram publicadas em vários jornais, como: Zero Hora, Diário de Santa Maria e Pioneiro (RS), Diário do Sudoeste, de Pato Branco (PR) e Jornal de Santa Catarina, de Blumenau (SC).
O personagem esteve em rádios, televisão e até na Copa do Mundo e teve até revista própria: o Gibizon do Radicci, além de vários livros reunindo suas tiras, principalmente pela editora L&PM. Em 1997 Iotti ganhou o HQ Mix, prestigiado prêmio de quadrinhos brasileiro.
Acima, Radicci n'O Estado do Paraná, 9 de fevereiro de 2003.
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