sexta-feira, 19 de abril de 2024

Maria - 1975

Maria surge em 9 de julho de 1975 por criação do cartunista e professor universitário paraibano, na época ainda estudante de arquitetura, Henrique Magalhães, sendo publicada diariamente ou em suplementos nos jornais de João Pessoa (PB) e região. Nesse período a obra é basicamente uma sátira de costumes, com piadas a respeito da busca por um marido de nossa personagem solteirona. Com o tempo o humor torna-se mais crítico, questionando passagens políticas e a própria situação do quadrinho nacional perante a invasão do material estrangeiro nas bancas.

Em 1984, Maria, que "vinha progressivamente transgredindo os limites da habitual crítica político-social que fazia nos quadrinhos diários", dá a sua grande virada. No álbum "A maior das subversões", a personagem assume sua paixão pela amiga Pombinha e passa a tratar das causas de gênero. Desde então, sempre com humor e delicadeza, Maria torna-se uma espécie de porta-voz das causas LGBTQIA+.

Maria teve várias revistas e álbuns editados, na maioria das vezes pela editora de Magalhães, a Marca de Fantasia.

Para saber mais sobre Maria clique aqui.

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Sobre o autorHenrique Paiva de Magalhães (João Pessoa, 17 de agosto de 1957) é professor da Universidade Federal da Paraíba, doutor em Sociologia pela Universidade Paris VII, desenhista, editor e pesquisador de história em quadrinhos brasileiro. Nascido em João Pessoa, Paraíba, em 17 de agosto de 1957, Henrique é o primeiro de seis filhos de Ulrico José de Magalhães e de Maria Darcy Paiva de Magalhães.

Em 1975, criou a personagem de quadrinhos Maria, que tinha caráter político e contestador. Também começou a desenvolver diversos fanzines. Em 1983, formou-se em 

Comunicação Social na Universidade Federal da Paraíba, entre 1985 e 1988, publicou o fanzine Marca de Fantasia, ainda na década de 1980, coordenou o suplemento "Leve Metal" da revista "Presença Literária", com trabalhos de quadrinista paraibanos, em 1990, criou a Gibiteca Henfil, como parte do projeto de extensão do Departamento de Comunicação da UFPB, no mesmo ano apresentou a tese de mestrado Os fanzines de histórias em quadrinhos: o espaço crítico dos quadrinhos brasileiros na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, em 1993, parte da tese foi publicada no livro O que é fanzine, parte da coleção Primeiros Passos. Em 1995, fundou a editora Marca de Fantasia com a intenção de publicar quadrinhos e livros teóricos sobre o tema. 

Em 1996, apresentou a tese de doutorado Bande Dessinée: rénovation culturelle et presse alternative na Universidade Paris VII, na França.

Em 2010, ganhou o Prêmio Ângelo Agostini na categoria "Mestre do quadrinho nacional".

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