Capitão Bandeira apareceu pela primeira vez em dezembro de 1974 no Suplemento Quadrinhos da Folha de S. Paulo. Criado pelo cartunista Paulo Caruso e pelo arquiteto e designer Rafic Jorge Farah, Bandeira era um malandro carioca com uma filosofia bastante particular, meio esperta, meio mística, de chapéu e terno brancos. Circulava pelo morro e pelo asfalto na companhia de seu amigo Agenor Pantera e do professor Mitologicus Contemporanius, um guru e feiticeiro com práticas mágicas peculiares.
Essa aventura foi republicada em preto e branco no nº 9 da lendária revista independente Balão.
Capitão Bandeira em 1975 na revista Balão.
Em 1983, já com traça mais elaborado que viria a caracterizar Paulo Caruso em seus quadrinho políticos das série Bar Brasil e Avenida Brasil, o personagem ganhou um álbum de luxo lançado pela editora L&PM chamado As origens do Capitão Bandeira. Nessa publicação podemos conhecer a gênese do herói, sua ligação com partículas espaciais denominadas 'bolas de fogo' e com um urubu de nome Urublues. A aventura conta com a participação de várias personalidades do meio artístico, como o apresentador Chacrinha, a cantora Gal Costa e a modelo e jurada de programas de auditório Elke Maravilha.

Capitão Bandeira em 1983 pela editora L&PM.
Existe um filme de 1971, dirigido por Antônio Calmon, com roteiro do ator Hugo Carvana, chamado Capitão Bandeira contra o doutor Moura Brasil. Paulo Caruso declarou que o filme serviu de inspiração para os quadrinhos, mas as aventuras desenhadas têm muito pouco a ver com as histórias de Caruso e Rafic, a não ser o fato de Carvana aparecer nos desenhos 'interpretando' o personagem Charles, o ladrão honrado.
O Capitão teve ainda mais duas aventuras publicadas na revista Circo, no número 03, "O Rapto de Ipanema", e no número 04, "Miragem", em 1987 pela Circo Editorial.

Acima, Capitão Bandeira na revista Circo nº 04, 1987.
Para saber mais sobre Paulo Caruso clique aqui.